Capítulo 15

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[ Taylor Caniff ]

Eu e Day combinamos de ir buscar Luísa na casa de meus sogros às 11:30 da manhã na intenção de mostrar que somos pais responsáveis e não iriamos ficar bêbados demais e acordar com ressaca, mas como estavamos cuidando de nove crianças essa manhã e decidimos esperar todos estarem prontos para enfim tomarmos café juntos, acabamos saindo e casa faltando dez para as onze, o que nos faz chegar em nosso destino cinco minutos atrasados.

— Ei, fica calmo, eles não vão brigar com a gente. — Dayana me tranquiliza. — Só nos atrasamos cinco minutos. O que é, de certa forma, uma coisa boa considerando que a média de tempo da nossa casa até aqui são vinte minutos.

— Eu sei, amor. — suspiro. — É só que... São seus pais, quero impressioná-los.

— A única pessoa que você tem que impressionar sou eu, Tay. — ela me dá um selinho. — Ah, e outra: meus pais te conhecem há quatro anos, nós namoramos há quase três e você é pai da neta deles. Creio que eles já te conheçam o suficiente. — ela ri e sai do carro.

Eu saio do carro e vou para a porta da casa com ela, que toca a campainha. Rapidamente a porta é aberta.

— Que bom que chegaram, queridos. — minha sogra, Laura, nos recebe. — Entrem, Rafael está dando banho na Maria Luísa.

Confesso que acho um pouco estranho quando os avós maternos de minha filha a chamam de Maria Luísa, eles são os únicos que usam o nome completo dela, todos as outras pessoas, sem exceção, a chamam de Luísa ou Malu. Mas não reclamo, pois acho fofo, deve ser coisa de avós mesmo.

Dona Laura nos leva até o antigo quarto de Dayana, que agora é o cantinho de Luísa.

— Ela não deu trabalho, né? — Day pergunta receosa quando adentramos o cômodo.

— Ah, não. Ela é um anjinho, não deu trabalho algum. Comeu direitinho e por incrível que pareça dormiu a noite inteira.

Seu Rafael estava colocando a fralda em Luísa e assim que ele terminou, dona Laura a pegou e colocou um vestidinho azul claro e uma sandália branca nela e em seguida passou a escova nos ralos cabelos da bebê para alinhá-los.

Assim que os Laura e Rafael terminam de arrumar a neta vou até ela e a pego no colo.

— Sentiu saudade do papai, meu amor?

Faço algumas caretas e ela sorri.

— E da mamãe, sentiu? — Day se aproxima de nós dois e faz cócegas em Luísa.

— Vocês são o casal mais fofo que eu já vi. — minha sogra diz encantada.— Dayana tem muita sorte de ter você, Taylor.

Sinto minhas bochechas queimarem, então viro o rosto.

— Tá com vergonha, Tay? — Day me pergunta rindo.

Entrego Luísa para Dayana e nós dois nos despedimos de Rafael e Laura que nos chamam para almoçar com eles, mas nós preferimos ir para nosso carro e voltar para casa.

Quando eu e Day voltamos pra casa, por volta de uma hora da tarde, o pessoal estava na piscina. Aaron, Hayes e G estavam bebendo e jogando tipo um vôlei aquático. Matthew estava passando protetor solar nas costas da namorada e Namaria e Nik estavam tomando sol.

— Ei, venham pra piscina com a gente! — Aaron nos chama.

— Vamos só trocar de roupa e já voltamos, tá? — Day responde e me entrega Luísa, em seguida saindo correndo e me deixando confuso.

Tento acompanhá-la, mas por estar com a neném no colo, não posso fazer mais do que dar alguns passos rápidos. Tomo o máximo de cuidado possível ao subir a escada e quando chego em nosso quarto, Dayana está sentada na cama de cabeça baixa.

— Um beijo por seus pensamentos, Mulher Naja. — pergunto sentando ao seu lado e levantando seu rosto para que ela me olhe.

— "Mulher Naja"? — a morena me olha confusa.

— Mulher Maravilha, Mulher Naja. — explico.

— Seguindo seu raciocínio, ao invés de ser Super Homem você poderia ser o Super Naja.

— Eu já sou o Super Naja. E você, minha gotinha de amor, — aponto para Luísa. — Você com certeza não é a Super Girl, é a Naja Girl. Sabe, somos a família Naja, acho que deveríamos nos vestir como tal.

— Nem vem. — Dayana nega. — Quando o Hayes falou que você talvez vestisse a Luísa de cobra eu pensei que ele estivesse brincando.

— Ah, então ele te contou? — estreito os olhos.

— Contou o que? — desconfiada.

— Sobre as fantasias. — dou de ombros, brincando com Luísa.

— Que fantasias, Taylor?

— As fantasias de cobra que eu comprei pela internet pra Luísa, pra você e pra mim... — explico. — Pelo meus cálculos, elas devem chegar daqui uns dois dias.

— Você tá brincando, né? — minha mamorada pergunta incrédula.

— Não. — respondo. — Eu as comprei mês passado, estava esperando elas chegarem para poder te contar, mas já que o Hayes contou parte dos meus planos melhor que você saiba tudo logo.

— Meu Deus, Taylor. Tem mais? — ela pergunta.

— Tem. Então, como as fantasias chegarão terça, marquei um ensaio fotográfico para nós três na sexta a tarde. Esse ensaio vai ser aqui em casa e sim, nosso "figurino" serão as fantasias de naja.

Day se aproxima de mim, segura meu rosto com as duas mãos e olha no fundo de meus olhos.

— Você é louco, sabia? — diz sorrindo. — Mas é o louco que eu escolhi amar.

O beijo que recebo de Dayana é intenso, mas ao mesmo tempo calmo e doce, o que me transmite paz e segurança.

A morena para de me beijar, vai até o armário e pega um biquíni verde. Assim que ela termina de se arrumar, entrego a ela Luísa e troco minha calça jeans por uma bermuda e tiro minha camisa enquanto Day coloca uma roupinha de banho em nossa filha.

Quando descemos a escada e chegamos na sala, Day me entrega Malu.

— Você que vai cuidar dela na piscina.

— Oi?! — pergunto sem entender. – Tá falando sério? Pensei que não confiasse em mim.

— É, não confiava... Sempre fui muito medrosa e insegura. As vezes não confio nem em mim. Mas você é um bom pai, Taylor, merece toda a minha confiança.

Assim que a morena termina de falar, coloco minhas mãos em sua cintura e a puxo para mim, selando nossos lábios.

Taylor's ChildOnde histórias criam vida. Descubra agora