[ Nikolli Bongiovani ]
Poucos minutos após tomarmos o café da manhã, eu e o pessoal fomos arrumar a casa e por incrível que pareça, conseguimos fazer isso antes dos donos da casa retornarem.
Como ficamos sem nada para fazer, Aaron sugeriu que fôssemos para piscina. Gilinsky colocou pegou uma caixa de som, colocou música eletrônica para animar o lugar e ligou para Johnson e Sammy e Aaron ligou para sua irmã mais nova, Gabriela, enquanto Matthew e Hayes foram comprar mais bebidas.
Era mais ou menos uma hora da tarde quando Dayana e Taylor retornaram e os meninos estavam bebendo e jogando vôlei aquático, Matt e Mandy estavam tendo um momento casalzinho e eu e as meninas estávamos tomando sol na beira da piscina.
Logo depois que Tay e Day entraram na casa e foram trocar de roupa, G saiu da piscina dizendo que ia pegar mais cerveja. Com vergonha, me ofereci para ajudá-lo.
— Então, Gilinsky... Você por acaso tem algo pra me contar? — pergunto quando chegamos na cozinha.
— Hum... — pondera. — Não. — dá de ombros e me entrega duas garrafas de cerveja.
— É mesmo? — pergunto desconfiada. Tenho certeza que Day não me aconselharia conversar com ele se não houvesse algo por trás.
— É. — ele fecha a geladeira e vejo que ele está segurando duas garrafas assim como eu.
– Você é um péssimo mentiroso, sabia? – tento me aproximar dele, mas ele dá dois passos para atrás.
– Não estou mentindo. – ele afirma.
– Mesmo? – estreito os olhos. – Então olha no fundo dos meus olhos e me diz que não aconteceu nada ontem a noite.
– N-não... – ele fica nervoso. – Olha, Nik, eu só estou tentando te proteger.
– Me proteger de que? – pergunto confusa.
– De mim. – responde.
– Como assim? Aconteceu algo ontem, não foi? Se sim, acho melhor você me falar agora mesmo, Jack Gilinsky.
– Por favor, deixa isso pra lá. É melhor que você não saiba.
– Eu preciso saber, então começa a contar.
Jack tenta passar por mim para sair da cozinha, mas fico parada em sua frente.
– Você não vai sair daqui até me contar o que quer que esteja me escondendo.
– Não me faça perguntas difíceis, Nikolli. Talvez você não goste das respostas que vai receber.
– Para de ficar fazendo mistério e me responde.
– Você realmente não lembra do que aconteceu? – ele me olha triste e eu nego com a cabeça. – Isso não me surpreende, bebeu tanto que quase caiu na pista de dança e eu tive que te segurar.
– Uau, que cavalheiro! – ironizo. – Muito obrigada pelo favor.
– Ah, é assim? – me olha irritado. – Na próxima eu te deixo lá a própria sorte.
– Ok, desculpa. – reviro os olhos. – Conta o resto.
– Bom, fomos para o segundo andar e você me levou pra um banheiro e começou a me beijar...
– O que? – solto um pouco alto. – Eu não te beijei!
– Beijou sim. – ele ri. – E beijou muito, aliás.
– Tem provas? Se não tem, não aconteceu.
– Não tenho provas, mas posso te fazer lembrar... – ele ri e tenta se aproximar, mas eu o afetado, irritada.
– Sai fora. Aconteceu algo mais?
– Nada muito relevante. Eu te afastei porque já imaginava que você não fosse lembrar, o que de fato aconteceu e a prova disso é que você está aqui me perguntando o rolou, e não queria que você pensasse que eu me aproveitei da sua bebedeira. Ah, e depois que eu te rejeitei você começou a me xingar e logo em seguida vomitou.
– Meu Deus! – sinto minhas bochechas queimarem.
– É... Aí eu segurei seu cabelo e te dei banho. Mas relaxa, como eu falei, não aconteceu nada demais. Não que faça diferença, já que não tem nada aí que eu já não tenha visto.
Se antes eu já estava vermelha, depois desse comentário com certeza eu devo estar um verdadeiro tomate!
– Tá, mas se você cuidou de mim, por que quando eu acordei estava no mesmo quarto que a Namaria e não em um quarto com você?
– Porque eu sabia que você não iria lembrar de nada e queria evitar que acordasse achando que eu te abusei ou algo do tipo. – ele explica. – Eu só estava tentando evitar um momento constrangedor.
– Nossa, como se essa conversa que estamos tendo agora não fosse nada constrangedora!
– Você me entendeu, Nikolli.
– Ok. – suspiro. – Isso é tudo?
– É.
– Então é melhor voltarmos pra lá com o pessoal...
Viro para ir embora, mas tudo acontece muito rápido. Jack coloca as garrafas que segurava em cima do balcão e me puxa para um beijo urgente. Tento recuar, mas não consigo. Cada átomo do meu corpo clama por cada átomo do corpo dele. Não sou capaz de afastá-lo quando ele pede passagem com a língua, então apenas me entrego.
Se realmente nos beijamos ontem a noite, eu não lembrava. Mas de uma coisa tinha total certeza: Eu estava morrendo de saudade dele.
Quando Gilinsky parou de falar comigo e começou a namorar com a Madison meu coração se partiu em mil pedaços. Foi um choque e tanto. Em uma hora éramos cúmplices, na outra ele sequer me olhava. G cortou todos os laços comigo e até hoje, quase 8 meses depois, eu não consigo compreender porquê ele fez isso.
Durante os três primeiros meses de namoro de Jadison, até tentei ir atrás de G. Fiz minha parte, tentei manter contato, tentei salvar nossa amizade, ligava sempre que podia, o enchia de mensagens... Mas foi tudo em vão. Eu não podia fazer sozinha algo que dependia de nós dois.
Parte de mim queria muito recusar o beijo e sair correndo, ficar o mais longe possível dele. Mas era difícil, eu era dependente, precisava dele e não podia e nem queria acreditar que ele conseguira me apagar da vida dele tão facilmente depois de tudo o que passamos juntos.
Tudo o que pude fazer foi ceder, aproveitar cada segundo daquele momento maravilhoso. A língua dele explorando cada canto da minha boca e a minha fazendo o mesmo. Era a melhor sensação do mundo. E o mais incrível é que mesmo depois de todo esse tempo nenhum dos meus sentimentos por G mudou. Mesmo com todas as decepções, raivas, mágoas e lágrimas derramadas, eu ainda o amava e queria estar com ele.
Sem interromper o momento, coloco as garrafas que eu ainda segurava em cima do balcão e direciono minha mão direita a nuca dele, o que faz com que ele se assuste e me afaste.
– Droga, eu senti tanto a sua falta! – G sussurra, mas eu consigo ouvir.
O chamo, mas ele apenas me ignora e desvia o olhar, pegando todas as garrafas que estavam no balcão e saindo apressado, me deixando atordoada.
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Taylor's Child
Fanfiction"Eu olhei o teste mais uma vez apenas para ter certeza de que eu não estava alucinando e, para meu total desespero, ele continuava positivo. Eu, Dayana Espinosa, estava grávida de Taylor Caniff."