Capítulo 6

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[ Taylor Caniff ]

Eu estou simplesmente cansado. Não aguento mais! Ninguém confia em mim, ninguém acredita que sou capaz de ser responsável pelo menos uma vez na vida e isso dói no fundo do meu coração. Sou retardado? Sou. Faço idiotices? Sempre. Mas ser considerado incapaz de cuidar da minha própria filha eu não aceito.

De todas as pessoas ao meu redor, a Day era, com toda certeza, uma das únicas que eu achava que não iria me decepcionar. Mas ela decepcionou.

Ela passou apenas algumas horinhas fora de casa porque foi para a escola e deixou nossa filha sobre meus cuidados durante esse tempo. Eu, trouxa, pensei que isso fosse um modo de demonstrar que ela confia em mim, mas eu estava enganado. Ela não confia em mim, nunca confiou.

Faço tudo ao meu alcance pela minha família, faço tudo pelo meu cristalzinho de apenas seis meses e minha própria namorada não percebe. Se ela soubesse o quanto eu me esforço...

Tudo era extremamente calculado. Eu olhava o relógio de cinco em cinco minutos para ter certeza que iria dar a mamadeira para a neném na hora certa. Checava a frauda de meia em meia hora. Pedi ajuda de Lis, de minha avó. Tudo porque eu tinha medo de fazer alguma coisa de maneira errada e acabar machucando a Luísa.

Antes de levar a bebê para a piscina, liguei para a pediatra dela e perguntei se havia algum problema nisso, perguntei qual era o melhor protetor solar para passar nela e aprovetei para tirar outras dúvidas sobre como cuidar de bebês.

Sou pai há exatos seis meses, fiz junto com a Day diversos treinamentos para pais de primeira viajem e mesmo assim ninguém parece me levar a sério. Acho que eles não se lembram que quando levamos a Luísa para casa pela primeira vez quem quase a deixou cair foi a Day e não eu.

Era finalzinho de tarde e eu dirigia sem rumo. Não tinha ideia de com quem desabafar, de o que fazer, eu estava simplesmente confuso e a única coisa que me veio em mente foi beber, então dirigi até um pub. Quando adentrei o lugar que estava praticamente vazio, fui direto ao balcão pedir uma garrafa de uísque. Garrafa que eu tomei sozinho em apenas 15 minutos. É como dizem... Azar no amor, sorte no álcool.

– Auora eo queru vódika. – digo meio alterado.

– Tem certeza, cara? – o barman me pergunta. – Você já bebeu demais...

– Ki nada, eo tou suavi! – digo rindo.

– Oi. – ouço uma voz sexy feminina sussurar ao meu ouvido. – Está sozinho?

– Istô! – respondo olhando a moça. Era uma bela ruiva.

– Poxa, que pena! – ela lamenta. – Que tal se eu te fizer companhia? Tenho certeza que você vai gostar...

Então a ruiva dos olhis azuis começou a beijar meu pescoço, me causando arrepios. Logo ela passou a me dar alguns leves chupões, o que me fez soltar alguns gemidos. Mas quando senti sua mão em meu membro, foi como se eu despertasse de um transe. Olhei para a mulher e me toquei de que ela era ruiva e de olhos azuis, totalmente diferente da minha morena de olhos castanhos. A afastei de mim. Ela não era a minha garota.

– O que foi, gato? – ela pergunta confusa.

Junto todas as minhas forças para conseguir falar claramente com ela.

– Olha, eu não posso! – suspiro.

Não importa o quanto eu estivesse bêbado ou chateado com a Day, eu jamais a trairia.

– Por que não? – a mulher questiona.

– Sou comprometido. – respondo.

– E quem se importa? – pergunta revirando os olhos.

– Eu me importo e acho que você também deveria se importar. Me respeite e se dê respeito.

– Seu babaca! – ela mal terminara de falar e já atingia meu rosto com un forte tapa. Senti a região queimar.

Peguei meu telefone e disquei o número da pessoa que eu sabia que poderia contar para qualquer coisa, minha irmã mais nova. Ela me atendeu no terceiro toque.

"Alô" disse animadamente.

"Lis, está ocupada?" pergunto.

"Pra você? Nunca." minha irmãzinha responde prontamente.

"Que bom. Posso ir para o seu apartamento?"

"Claro. Mas... Onde você está? Sua voz está meio alterada."

"Tô em um pub."

"Você tá muito chapado?"

"Quê? Não. Eu só tomei uma garrafa de uísque..."

"Oi? Sozinho ou dividiu com alguém?"

"Sozin..."

"Droga, Taylor! Em qual pub você tá?"

"Cavernum Dracis."

"Ah, sim. Eu sou qual é. Estou indo te buscar, me espera aí!"

"Ok. Até daqui a pouco, maninha!"

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Nota da autora: Capítulo curtinho do ponto de vista do Tay para vocês entenderem melhor como ele está se sentindo. Espero que tenham gostado e não tenham ficado tão chateados assim com a Day...

Ah, e força na peruca, queridos leitores! Vocês irão precisar haha

PS: "Cavernum Dracis" foi um nome criado por mim, então se existir mesmo é mera coincidência.

Até a próxima atualização! 🐍❤

Taylor's ChildOnde histórias criam vida. Descubra agora