Capítulo 12

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[ Jack Gilinsky]

Quer saber? Sem chance, eu não vou atrás da Nik. Eu a machuquei, parei de falar com ela há quase oito meses e não faz sentido que agora eu tente voltar para a vida dela como se nada tivesse acontecido.

— Deixa de ser bichinha, Gilinsky! Vai logo falar com ela! — Day me empurra para a pista de dança.

Ando entre as pessoas que dançavam procurando por Nik e alguns minutos depois a encontro dançando funk com algumas amigas. Ela estava envolvida na batida da música e tinha segurava um copo, parecia estar se divertindo e não seria eu que iria atrapalhá-la.

Viro me preparando para ir embora e dou de cara com Taylor.

— Vem cá, você tá esperando Jesus descer e dizer que vocês combinam e deveriam ficar juntos para tomar finalmente tomar vergonha na cara e ir falar com ela? Deixa de ser gay, cara.

Assim como a namorada, Taylor me empurra. Ah, pronto! Por acaso hoje é o "Dia de jogar o G para cima da crush dele"?

Por ter sido empurrado, acabo tropeçando e esbarrando em uma garota e quase a deixando cair. A seguro com força, impedindo que se machuque, mas infelizmente o copo da garota vai com tudo para o chão.

Olho para a garota que eu segurava e percebo que era Nikolli. F-U-D-E-U! Agora eu definitivamente não tenho como fugir dela.

— Você tá bem, Nik? — pergunto preocupado. A morena não me responde, parecendo brisada, o que me deixa assustado. — Nik. Nik. Nik. — a chamo, mas ela não responde, o que me deixa preocupado. — Ai, Senhor! NIKOLLI!

— Ah, desculpa. Tô bem sim. — ela finalmente responde. — Eu estava tentando descobrir quem é você. Tipo, não que eu não saiba quem você é, porque, assim, eu sei. Só não me lembro. Sua voz não me é estranha, tenho certeza que já a ouvi em algum lugar antes. —a explicação que a morena me da é confusa e suas palavras saem emboladas. — Mas não consigo ligar sua voz a voz de ninguém que eu conheça... Desculpa.

Perfeito! Quando eu enfim tomo coragem (na verdade, eu fui duplamente empurrado) de chegar na Nik ela está bêbada e não me reconhece. Que maravilha!

— Sou eu, o Gilinsky. — digo a ela.

— Ah... Oi, G. — ela diz envergonhada.

— Oi, Nik. — respondo sorrindo.

— Hm... Acho que você já pode me soltar. — Nik diz.

Só então percebo que eu ainda a segurava. Tamanha era a saudade de abraçar, de estar perto e cheirá-la que eu não havia nem percebido que ainda a segurava com força.

— Ah... Ok, me desculpe. — digo a soltando e coçando a nuca.

— G, eu não tô muito legal. — a baixinha diz. — Pode me levar lá pra cima? Eu tô em un dos quartos de hóspedes.

— Claro. — Pego a garota no colo e subo as escadas com ela.

— É a terceira porta a direita. — ela informa quando entramos no corredor do segundo andar.

Quando coloco Nik no chão em frente a porta que ela informara, ela me empurra pra dentro e tranca a porta. Olho em volta do pequeno cômodo e percebo que é um banheiro. Antes que eu pudesse tomar uma atitude, Nikolli me beija.

No início do beijo eu fiquei em choque, mas logo me entreguei e pedi passagem para que minha língua pudesse explorar cada canto da boca da minha morena. Aperto a cintura da garota e ela morde meu lábio inferior em resposta.

Deus do céu, como essa garota beija bem! Como eu senti falta dela! Naquele momento eu me sentia o cara mais feliz do mundo. Mas, infelizmente, a realidade me antigiu com tudo para me lembrar que eu não posso ficar com a Nik. Pelo menos não agora e nem desse jeito. Me afasto dela e respiro fundo. Ela tentar me puxar, mas resisto.

— Caramba, G! — Nik revira os olhos, descendo da bancada. — Eu corri tanto atrás de você desde que nos conhecemos que eu desisti, sabia? Aproveita que eu estou bêbada e não vou lembrar de nada disso amanhã.

— Não. — digo firme. — Esse é o motivo pelo qual eu não quero ficar com você agora. — tento explicar. — Quero muito ficar com você, Nik. Mas não assim. Quero que você se lembre de cada detalhe.

Todo mundo que me vê pensa que sou um canalha insensível, um conquistador sem coração... Mas eu jamais me aproveitaria de uma garota bêbada. Principalmente se a garota em questão fosse a Nik.

— Não preciso que seja fofo comigo, Gilinsky. — sinto desprezo vindo da voz de Nik. — Eu conheço você e sei o grande canalha que você é, não precisa fingir que se importa com meus sentimentos. Eu só quero ficar com você. E só por agora mesmo porque tenho certeza que amanhã quando eu acordar não vou querer te ver nem coberto de chocolate.

—Day falou que você tinha me perdoado... — sussurro, mas ela ouve.

— E eu perdoei, mas isso não significa que eu te queira de volta na minha vida.

Assim que termina de falar, Nik faz uma careta e coloca a mão na barriga. Ela bebeu tanto que agora deve estar com vontade de vomitar. Levanto a tampa do vaso e falo para ela se aproximar. A morena se senta no chão e começa a colocar tudo pra fora enquanto eu seguro seus cabelos.

Taylor's ChildOnde histórias criam vida. Descubra agora