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Era bem cedo quando Yllime acordou. Seu corpo, um pouco dolorido da noite intensa, estava em baixo de Leo. Ele tinha seu rosto virado para o dela.

Yllime demorou para sair debaixo dele sem acorda-lo. Assim que conseguiu, ela pegou um travesseiro, uma blusa com um pouco de seu perfurme e colocou em cima do travesseiro perto de Leo.

Logo ele abraçou o travesseiro.

Ela se vestiu rapidamente. Pegou papel e caneta e escreveu uma pequena cartinha e grudou na porta.

Seguiu para o quarto onde a mae estava e a avisou que iria sair para comprar um presente para Leo.

-- nao vou demorar, mae. - avisou beijando a testa da mae.

Eram sete horas em ponto quando Leo acordou. Ele franziu o cenho e tateou o seu lado. Abriu os olhos e segurou um rugido ao ver um travesseiro e nao sua mulher.

Ele levantou-se zangado e foi para o banheiro. Fez suas necessidades, vestiu-se e estava pronto para sair quando viu um papel amarelo grudado na porta.

"Oi Leo,
Eu sai e volto logo. Peguei sua bicicleta. Estou indo em uma lojinha que vi aqui perto... Nao te acordei porque voce iria querer vir comigo, entao nao seria surpresa o que vou te dar. Além do mas voce parecia um anjo dormindo.

Nao fugi. Volto logo. ♡ "

Dessa vez ele nao conseguiu segurar seu grunhido. Ele respirou fundo várias vezes tentanto se acalmar.

Leo pegou seu celular e ligou para Bela. Ela era quem ficava em um lojinha mais perto dali.

Foi Shadow quem atendeu.

-- deixe-me adivinhar. Atras da sua fêmea?

-- sim. Ela esta aí?

-- estava. Saiu a pouco com uns... bem, é surpresa. Não brigue com ela, cara.

Leo grunhiu e se despediu do amigo. Saiu do quarto e foi para a cozinha beber um pouco de água.

Mary preparava o café.

-- oi, sogra.

-- oi. Yllime saiu e disse que voltava logo.

Leo assentiu. Ele a ajudou preparando sanduiches e, silencioso, preparou suco de laranja. Yllime chegou minutos depois.

Ela abriu a porta bem devagar e seus passos leves, tentando nao fazer barulho. Segurava um embrulho pequeno nas maos e um grande estava nas costas amarrado por uma cinta.

Ela estava distraída tentando tirar a cinta. Quando conseguiu, o embrulho caiu e ela virou-se para apanhar e colocar no sofá.

Ela virou-se, novamente, para ir a cozinha, mas parou ao ver um Len muito zangado a sua frente. Seus braços cruzados sob o peito.

-- espero que tenha lido minha mensagem. - ela sorriu fracamente. Deu um passo para beija-lo, porém Leo deu um passo para o lado, a rejeitando.

Ele se arrependeu no segundo seguinte quando a viu chateada.

-- acordei e voce deveria estar ao meu lado. Nao um travesseiro com o seu cheiro. - apontou para os embrulhos no sofá - mais travesseiros pra me enganar mais vezes.

Ela o olhou chateada, seu rosto sério.

-- já disse mil vezes que nao ira fugir. Nao precisa ficar com os presentes se nao quiser.

Leo tentou abraça-la quando ela tentou passar, mas ela se afastou rapidamente. Ele tentou segura-la mais uma vez, porém ela puxou seu braço com força, zangada.

Ela foi para a cozinha onde a mae estava. Escutava suas musicas antigas na rádio. Nem havia notado a pequena discuçao do casal.

Yllime mau havia se sentado ao lado da mae quando Leo sentou-se ao seu lado. Ele a abraçou, e ficou chateado ao ver que ela nao o abraçou de volta.

Um tempo depois, Mary levantou-se e foi para fora atender o celular. Yllime aproveitou isso e saiu do abraço de Leo.

Ele grunhiu.

-- quem devia estar zangado sou eu, nao voce.

-- por que? - escapou novamente dos braços dele.

-- devia estar ao meu lado quando eu me acordasse.

-- voce nao estava dormindo ao meu lado quando eu acordava nos ultimos dias.

-- eu acordava cedo para fazer nosso café da manha. - resmungou.

-- e eu acordei cedo pra comprar um presente pra voce. - ela retrucou de volta.

Ele suspirou. Leo levanto-se e a puxou para um abraço apertado. Beijou sua bochecha carinhosamente.

-- minha linda, eu nao preciso de presentes. Eu já tenho voce. - ele a encarou - se acontecer uma invasão eu quero estar perto de voce para te proteger. Há muitos grupos de ódio, eles sabem que o nosso maior ponto fraco são nossas companheiras. - ele beijou seu nariz e enconstou sua testa na dela - nao quero perder voce nunca.

Leo sorriu ao sentir os braços dela ao redor de si. Abaixou o rosto para beija-la e a estreitou em seus braços.

Ele estava pensando seriamente em fazer amor com ela na mesa, quando se lembrou que nao estavam sozinhos em casa.

Yllime, já sem fôlego, parou o beijo. Ela o olhou. Leo tinha as faces rosadas, seus olhos dilatados e sua juba bagunçada, o deixando mais sexy.

Leo nao queria parar de toca-la. Suas mao tocavam a barriga dela por baixo da blusa.

-- sua mae é muito legal, mas... Eu gostaria muito que ela nao estivesse em casa agora. - Leo murmurou baixo no ouvido de Yllime. Seu corpo grudado ao dela.

Ela riu, se controlando para nao fazer o que ele insinuava.

-- safado.

-- pensei que eu fosse fofo. - ele a beijou mais uma vez. A ultima palavra o fez lembrar dos presentes embrulhados no sofá da sala - voce comprou travesseiros pra mim?

Ela balançou a cabeça. Ainda estava abraçada ao corpo quente de Leo.

-- são ursos.

Ele ficou sorriu e abraçou mais apertado.

-- obrigado - sussurrou beijando-lhe seu ombro. - voce é a melhor companheira que um macho pode ter.

Ela achou divertido a reaçao dele ao ver os ursos. Leo parecia uma criança anciosa para ver o presente de natal.

Ele abraçou o urso panda enorme e sorriu alegre para Yllime e Mary.

-- o embrulho pequeno é o filhote deste urso? Acertei?

-- nao - Yllime riu.

Leo rasgou o embrulho com a mesma ansiedade do primeiro.

Era um tigre. O sorriso dele se ampliou mais e abraçou os dois ursos com um braço e com o outro a puxou para sentar ao seu lado.

-- minha linda.








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