XIX

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Constrangida, e perplexa, Yllime encarou os pais. Eles estavam sentados a mesa da cozinha, olhando curiosa e furiosamente para Leo, que parecia muito mais furioso e visivelmente chateado.

— eu nunca bati nela! - Leo grunhiu.

— Leo, eu nunca pensei que você seria desses cafajestes... - a mãe de Yllime começou, mas Leo a interrompeu com mais um grunhido.

— não termine a frase, mãe - Yllime resmungou, sentando-se na cadeira. Ela sentiu Leo se posicionar atrás dela. Ela subiu as mangas da blusa e mostrou onde tinha os curativos nos braços — foram tiros. De um cara maluco anti espécie.

Ela não mostrou as pernas, nem a barriga, preferindo não assusta-los mais com os outros ferimentos. E também não contou como aconteceu detalhadamente.

— compreendemos mal você, Leo. Mas você não se explicou muito. - o pai dela falou - desculpe.

— okay. - Leo murmurou.

— Leo nunca me machucou. Na verdade ele é um amor comigo e com o bebê. -Yllime sorriu, acariciando o braço esquerdo dele- E, por incrível que parece, ele é paciente...

Mary arqueou as sobrancelhas finas, e olhou rapidamente para seu marido. — você disse bebê. Que bebê?

Foi Leo quem respondeu.

— temos um filhote. - Leo sorriu e apontou para cima. - o quarto dele é ao lado do nosso.

— filhote? - Arnold sussurrou, pálido.

— um filho! - Mary se levantou. Um sorriso largo em seu rosto. - mostre-me meu neto. Finalmente um neto!

Arnold também se levantou.

— como se chama?

— Lyon North. — Yllime se levantou devagar - venham, vou levar vocês.

Calmamente ela os levou até o quarto. Leo a acompanhou ao lado dela. Sorriu ao ver os pais de Yllime se derreterem ao ver Lyon. Este que dormia tranquilamente, alheio aos olhares amorosos.

— ele se parece comigo - Leo disse orgulhoso, passando os braços ao redor de Yllime.

Arnold pigarreou, olhando para o grande nova espécie. — pensei que não podiam ter filhos.

— também pensávamos isso. Mas podemos ter filhotes. - ele encarou longamente seu sogro - é uma informação confidencial. Não contem a ninguém. Nem para um parente ou amigo próximo, mesmo que sejam de confiança. É importante para manter nossos filhotes seguros.

Arnold assentiu, voltando a olhar Lyon. Mary continuava se derretendo para o pequeno nova espécie. Mesmo não vindo para visitar a filha com muita freqüência, nem tendo vindo para seu casamento, Leo percebeu que eles gostavam mesmo da filha. Yllime sorria quase o tempo todo perto dos pais.

— ta na hora do remédio - ele sentou ao lado dela no sofá e passou um copo com água e uma pílula.

Ela fez uma careta e engoliu de uma vez, bebendo um gole de água.

Leo a admirou um pouco.

— você é linda.

Ela revirou os olhos.

— você anda me contando essas mentiras com muita freqüência, Leo.

— não minto para você, Yllime - grunhiu baixo ameaçadoramente.

— okay...

— esta sendo irônica?

Ela o olhou longamente. Seus olhos cansados fixos nos de Leo. — por que anda me elogiando tanto?

LeoOnde histórias criam vida. Descubra agora