XI

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-- vai com calma, Leo. Não precisa colocar muita força.

Leo grunhiu estressado e desistiu de mudar para próxima música. Parou de apertar o botão e se sentou ao lado de Yllime no sofá, tirou a camisa  e puxou Yllime para seu colo facilmente.

-- eu quero dormir agora  - ele sussurrou no ouvido dela, a fazendo se arrepiar.

-- sei muito bem o que quer, e não é dormir - brincou, se aconchegando mais a ele - voce não fica exausto com tanto sexo?

-- não muito. - Leo a apertou mais contra si - vamos fazer bolo?

-- agora? Já esta quase na hora do almoço.

-- almoçamos bolo - ele disse, sorrindo ao sentir ela o beijar rapidamente - ... ou talvez sexo primeiro e depois bolo?

-- vou estar exausta depois do sexo.

Ele gargalhou. Leo a segurou com mais firmeza e se levantou com ela em seus braços. Ele a levou para a cozinha e a pousou na mesa.

Ela pigarreou.

-- vai ser bolo de chocolate?

-- sim, linda. - ele pegou os ovos na geladeira e voltou para perto dela novamente - vamos fazer dois. Um é para nós, claro. O outro é para Shadow e Bela. É o anivérsário de casamento deles.

-- é mesmo?

-- sim. Vamos lá a noite. A essa hora eles devem estar compartilhando sexo... A noite vão estar exaustos, entao vao poder comer o bolo e dormir depois.

Yllime o puxou para um abraço, escondendo seu sorriso.

-- como é que voce sabe tudo isso?

-- no nosso aniversário de casamento só vamos tranzar, comer, dormir, tranzar mais um pouco... - ele beijou sua testa e apertou suas coxas depois de acaricia-las vagarosamente - vamos fazer logo os bolos... Antes que eu coma voce.

Ela assentiu. Yllime nunca foi uma boa cozinheira, mas sabia fazer um bom bolo.

Leo a ajudava animado. Ele gostava de vê-la fazendo comida para ele. Também gostava de ouvi-la cantar, mesmo que ela cantasse errado algumas vezes e desafinasse em outras.

Encostando-se na mesa depois de limpa-la, Leo olhou Yllime lavar a louça suja. Ela cantarolava uma música de rap e balança levemente o quadril.

Ele sorriu se aproximando dela e a abraçando por trás.

-- qual é o nome dessa música? - perguntou distraído, seu rosto enterrado na curva do pescoço dela. Ele riu ao vê-la se contorcer, tentando sair de seu abraço de ferro - o que foi?

-- sabe que eu tenho cócegas, Leo. - disse risonha. Virou-se para ele e continuou: - e o nome da musica é superman, do Eminem.

-- hum... - ele fez careta e grunhiu baixo - voce tem muitos homens no seu pendrive.

-- lá vem voce denovo com ciúmes. Já estava demorando. Tenho músicas de mulheres também...

-- poucas. - ele se afastou dela, indo para o quarto. - só tem eles porque são bonitos.

-- não é pela beleza, mas porque as musicas são legais - resmungou estressada.

-- hum.

Ela o seguiu, quase correndo para acompanha-lo. Yllime o ouviu resmungar algo que não pode compreender e pegar seu pendrive na caixa de som.

-- vou quebrar essa porcaria. - rosnou baixo.

-- nao. - ela esticou os braços, tentando pegar o pendrive, mas Leo era bem mais alto do que ela e ainda esticava o braço, tornando impossivel que ela pegasse o pendrive- nao ouse quebrar, Leo.

-- vai fazer o que se eu quebrar?

-- quebre e verá. - ela resmungou cruzando os braços. Estava com raiva e sem paciência para notar o olhar chateado de Leo. Ela continuou: - faço tudo pra voce, Leo, sem reclamar. Deixei de ver minha familia e amigos frequentemente, deixei de usar a maioria das minhas roupas, só pra voce nao ficar com ciúmes, mas nunca adianta. Se eu vou caminhar pergunta o por que do perfume, se eu sorrir pra alguém pergunta o por que e etc. Agora o bendito pendrive? São só músicas, e boas aliás. Agora me passe o pendrive.

Ele suspirou e a entregou minutos depois. Leo se sentou na cama e olhou para o chão vagamente. Não gostava de brigar com Yllime, mas nao conseguia parar de sentir ciúmes. Ele a viu colocar o pendrive de volta calmamente e depois voltar para perto dele.

Ela acariciou os cabelos dele e beijou-o na testa.

-- seus ciúmes não tem cura, não é?

-- só nao quero ver voce pensando em outro homem. 

Ela revirou os olhos e sentou-se ao seu lado, segurando sua mão esquerda.

-- eu nao vou te trair, Leo. Nem penso nisso. - ele ainda não a olhava. Ela suspirou - por que nao acredita em mim.

Leo grunhiu baixo e finalmente a olhou.

-- não acho justo eu ser viciado em voce e voçê não ser viciada em mim. Voce gosta, mas nao é o sofiente. Eu nunca tenho o suficiente de voce. Voce dificilmente me abraça primeiro, sempre sou eu que começo o abraço. Eu não reclamaria se voce me abraçasse o tempo todo.

-- tudo bem. Mais alguma coisa?

-- sim. Eu realmente gosto de chupar voce, entao nao fique sem jeito quando eu chupar voce.

Ela riu quando ele a deitou na cama e ficou sobre ela. Leo acariciou o rosto dela antes de beija-la. Amava quando ela sorria durante o beijo e acariciva seus cabelos.

Não demorou muito para ficarem nus, e em nenhum momento pararam de se beijarem. Leo puxou Yllime mais para o centro da cama, ajoelhou-se e abriu as pernas dela, a expondo mais.

-- vamos fazer amor, amor.

-- espera...

-- nada de esperar, minha linda. Preciso sentir voce.

-- o bolo...

Leo pulou da cama e correu para a cozinha. Tinha esquecido completamente do bolo. Tirou os bolos e sorriu satisfeito ao vê-los aparentemente bom. Ele os cobriu rapidamente e voltou para o quarto.

Yllime estava em pé ao lado da cama segurando um dos ursos que tinha dado a Leo. Ele se aproximou devagar e a abraçou.

-- o bolo está bom.

-- não vai tirar do plástico? - ela se virou para olha-lo - já tem formiguinhas de novo. Não sei como elas entram...

Ele balançou a cabeça levemente e a encarou. Queria ver como ela reagiria com o que iria falar.

-- só vou abrir para brincar com o nosso filho.

-- hum?

Ele a segurou com mais firmeza e a sentou na cama. Yllime estava pálida e parecia assustada.

-- um filho. É... Estou meio assustada agora. Eu meio que não sei segurar um bêbêzinho...

-- eu sei. Segurei o Forest e o Salvation quando eram bem pequenos. - ele acariciou sua bochecha e a beijou carinhosamente - voce está muito pálida, linda. - ele riu - esta assustada de verdade.

Ela se deitou na cama e riu quando ele se deitou em cima dela. Leo a beijou, ainda a olhando, e sorriu divertido.

-- vamos brincar de fazer nenem.

LeoOnde histórias criam vida. Descubra agora