XVII

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-- para onde pensa que vai, Leo?

Ele não respondeu, toda a sua atenção na porta a sua frente. Mais alguns passos e estaria frente a frente com o homem que quase matou Yllime.

Ao pensar nela, no hospital e inconsciente, o fez estremecer. Não queria perdê-la. não queria viver sem ela. Não suportaria olhar para seu filho e não vê-la ao seu lado. Leo ficou ao lado dela todo o tempo.
Junto com Lyon. Mesmo que ansiasse por vingança e torturar o homem que machucou sua mulher, Leo não conseguiu soltar o pequeno nova espécie nem por um segundo. Não conseguiu parar de olhar para Yllime e segurar seu filho com firmeza contra seu peito. Rezava para que ela abrisse os olhos logo e lhe abrisse um grande sorriso também.

Mas decidiu logo eliminar os humanos que quase tiraram Yllime dele para sempre. Tinha que fazer isso logo, e só assim ficaria tranquilo.

True apareceu em sua frente, franzindo o cenho.

-- o que faz aqui, Leo?

-- sabe o que vim fazer aqui. - Leo grunhiu.

-- sei.

-- então saía da minha frente.

-- não posso, Leo. Tenho ordens para não deixar você entrar. Não pode matar aquele verme.

-- eu vou fazer isso.

True manteve-se parado, impedindo a passagem do amigo. Não podia deixar o amigo entrar ali tão descontrolado. Leo tremia muito de tanta raiva, e seus olhos furiosos mantiam-se fixos na porta atrás de True.

True se preparava para receber o ataque de Leo, quando Darkness saiu pela porta. Segurava uma pequena tesoura de unhas. Leo farejou cheiro de sangue, e logo soube de quem era.

-- quero ver o humano. - Leo disse baixo, pronto para insistir e possivelmente lutar contra os amigos.

-- claro. - Darkness guardou a tesoura - só me fale como passou pelos cinco seguranças?

-- são humanos. Fracos. Desviei dos tiros e atirei neles.

Drakness empalideceu levemente.

-- matou os humanos? - grunhiu.

-- não. Foram tiros de tranqüilizantes. Agora deixe-me passar.

-- só mais uma pergunta : como esta a situação da sua fêmea?

Leo engoliu em seco, sua garganta apertada. Queria se vingar logo e voltar para perto de sua família o mais rápido possível. A distância estava o matando, mas ele precisava se vingar. Eliminar quem oferecia perigo a eles.

-- Yllime está desacordada por uns tempos. Para se recuperar melhor. Estão colocando remédios que a deixam com sono e sem dor. - murmurou - e o meu bebê precisa de... Daquela máquina de oxigênio de vez em quando. O tiro direcionado a barriga da minha fêmea não atingiu Lyon.

True e Darkness trocaram olhares, deixando a situação ainda mais desconfortável. Leo ignorou o olhar de pena dos amigos. Não queria pena, queria vingança.

E a teria.

Empurrando Darkness para o lado, passou por True e entrou. Sentiu vontade de vomitar ao ver o humano sentado em uma cadeira de plástico sangrando levemente. três unhas arrancadas, um olho inchado e a boca cortada. Sentia nojo e raiva do homem.

Andou até o homem e o puxou para cima, segurando seu pescoço. Apertou mais, o sufocando. O homem se remexeu, tentando sair, mas em vão. Leo tinha um aperto firme.

Leo grunhiu ao ver a aproximação de True.

-- esta o sufocando, Leo. - resmungou.

-- eu sei.

LeoOnde histórias criam vida. Descubra agora