XIII

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-- fique quietinha aí. - Leo rosnou.

Yllime tentou se mexer, mas o peso de Leo nao permitia, e ele segurava firmimente suas mãos acima da cabeça. Leo já havia recebido alta do hospital a dois dias e já estava um pouco melhor. Na medida do possivel. Ele, na verdade, pediu pra voltar para casa, quase implorando. Ele precisou jurar para Justice, Alli e Trisha que iria tomar todos os remédios e que nao faria muito esforço.

Ainda faltava alguns minutos para as cinco da manha, e eles já estavam acordados. Yllime tentou beija-lo mas ele se afastou um pouco, a olhando desconfiado. Seus olhos brilhavam levemente no escuro do quarto.

-- quer me beijar para me distrair, mas nao vai funcionar.

-- nao vai me beijar entao? - ela perguntou. Ele nao respondeu, mas parecia ponderar quando olhava para a boca dela fixamente - ... sabe, eu queria muito beijar agora.

-- sim?

-- sim. Mas já que voce nao quer vou procurar alguem que queira- brincou.

O grunhido veio bem alto. Sad, o nova espécie híbrido que morava ali perto, provavelmente o havia escutado.  O aperto nas mãos dela intensificou e Leo rosnou baixo perto de sua boca, a encarando sériamente.

-- odeio essas suas brincadeiras.

-- eu sei, mas é que voce fica muito sexy quando esta com raiva.

-- nao fale isso novamente. - ele resmungou. Sabia que ela nunca o traíria, mas só de pensar nela com outro...

Ele grunhiu e balançou a cabeça. Ela é só minha.

-- nao vou falar. Agora pode, por favor, sair de cima de mim? Tenho que limpar suas feridas e fazer o café da manha... E já está quase na hora de voce tomar os remédios.

Ele se moveu sobre ela, mas nao para sair. Leo abaixou o rosto para beija-la e sorriu quando ela o correspondeu carinhosamente. Ele soltou as mãos dela e logo as sentiu afagar seu cabelo. Amava o fato de ela ser tão amavél com ele, carinhosa e atenciosa.

Ele rosnou quando ela parou o beijo minutos depois.

-- eu te amo, Leo.

-- eu te amo mais, minha linda - ele sussurrou sorrindo, beijando sua testa.

-- e quem ama cuida. - Yllime acariciou o rosto de Leo -... E eu vou cuidar de voce agora.

Ele grunhiu baixo e balançou a cabeça. Não queria dar trabalho a ela. Leo deixou seu corpo pesar totalmente sobre ela e sorriu satisfeito. Sabia que ela nao conseguiria sair dali, afinal, quando ele fazia isso antes, ela nao tinha conseguido.

Mas antes ele nao estava fraco, cansado e ferido.

Yllime conseguiu empurra-lo um pouco para o lado. Ela firmou uma perna e se impulsionou para frente, o derrubando ao seu lado. Ela subiu rapidamente em cima dele.

Leo resmungou um palavrão e tentou coloca-la para baixo novamente, mas ela o empediu segurando suas mãos e o beijando.
Ela entrelaçou seus dedos aos dele e puxou as mãos a cima da cabeça de Leo. Estavam na mesma posição de antes, só que agora Yllime estava por cima.

-- vou cuidar de voce, gato - ela murmurou durante o beijo. - mesmo que eu nao tivesse prometido que cuidaria de voce.

-- voce prometeu isso quando? - ele franziu o cenho - nao lembro.

-- quando nos casamos. Esqueceu?

Ele sorriu. Na saúde e na doença. Na alegria e na tristeza. Até que a morte nos separe. Concerteza se lembrava disso.

LeoOnde histórias criam vida. Descubra agora