A VERDADEIRA HISTÓRIA DE KATRIN MALLEN A MENINA DO CORREDOR
A lenda se deu início em 1946 na cidade de Santen. Enila, Ceron e Katrin formavam uma família simples e batalhadora que moravam num sítio, onde Ceron procurava fazer de tudo para nunca deixar faltar nada para sua esposa Enila e Katrin sua filha única. Enila era uma dona de casa que procurava, apesar das dificuldades que tinham manter a união de sua família, e ajudar na renda da casa fazendo trabalhos manuais que vendia aos moradores próximo a sua casa. Mas com o tempo as coisas começam a ficar cada vez mais difíceis. A pequena cidadezinha estava em desenvolvimento, e, Ceron ao perceber que as dificuldades aumentavam, precisou vender parte de suas terras deixando cada vez menor sua propriedade, mas mesmo assim continuava sua luta. O tempo foi passando e as dificuldades aumentando, então, para evitar que faltasse o essencial a sua família Ceron se vê obrigado a carregar sua carroça com um barril de pólvora, uma carabina e um dos seus cavalos para vender na cidade. Era próximo o aniversário de sua filha Katrin e a menina ao ver o pai sair pediu que ele comprasse a ela uma boneca. E, mesmo sabendo que o dinheiro era pouco ele disse que se conseguisse traria o presente de sua filha.
O tempo estava nublado, mas mesmo assim Ceron saiu pela manhã, retornando somente próximo das 18:00 horas quando o tempo já formava um temporal.
Chegando próximo à porteira de seu sítio, a chuva começou cair intensamente, era uma tempestade, com trovões e raios fortes, quando perceberam o barulho da carroça, Enila e Katrin saíram na porta para esperar o pai chegar, mas qual não foi a surpresa de todos ao verem que de repente um raio atinge a carroça lançando alguns objetos para longe e o barril de pólvora que Ceron havia levado a cidade e que não conseguiu vender começa a vazar provocando assim uma explosão, onde naquela altura do campeonato não havia mais nada a se fazer a não ser observar o fogo consumir a carroça e Ceron.
Katrin então saindo de perto da mãe corre em direção a uma caixa que havia voado da carroça no momento da explosão. Era a boneca que ela tanto pedira ao pai. Ela abriu a caixa, sentou-se no chão abraçada com seu brinquedo novo e ali ficou até que a mãe a colocasse para dentro, uma vez que não havia mais nada que elas pudesse fazer para salvar seu pai em chamas.
Deste dia em diante a alegria de Katrin acabara. A menina comum passa a ser silenciosa e triste. Já não falava com mais ninguém, nem mesmo com a mãe. Deixou de frequentar a escola e não saia de casa para absolutamente nada, vivia trancada em seu quarto abraçada com sua boneca, que era a única coisa que lhe trazia recordações de seu pai.
Algum tempo depois Enila recebe uma proposta de venda das terras, porque ali seria construído um hospital novo e grande para cidade que aumentava a cada dia.
E, sem pensar, Enila vende a propriedade e se muda para uma pequena casa no centro da cidade, onde poderia viver tranquilamente com sua filha sem precisar trabalhar para sustenta-las.
Mas esta mudança foi muito dolorosa para ambas. Mas já não havia como voltar atrás, então se mudaram.
E neste momento Katrin mudara totalmente seus trajes, vestia apenas preto, não falava com ninguém e vivia abraçada a sua boneca. Como a menina não saia de casa, sua pele foi tomando um aspecto pálido e olheiras foram surgindo. Sua mãe ofereceu ajuda de várias formas, mas Katrin se fechou no seu mundo recusando todo tipo de ajuda vindo de qualquer um.
Enila ouvia sua filha conversar todas as noites com sua boneca,e começou a observá-la. Uma certa noite notou que Katrin chorava muito e chamava pelo pai.
Correu para o quarto da filha pensando ser mais um pesadelo, e quando entrou se deparou com a filha gritando e chorando muito, acalmou a menina e reparou que sua boneca estava cheia de sangue, questionou a menina, mas como ela nada disse, pegou a boneca e foi para o quintal limpá-la para devolver, quando a cena que vê, choca Enila. O gato da família estava morto, e com uma abertura no peito e seu coração havia sumido. No início todos achavam que havia um ladrão por perto até mesmo a polícia foi chamada, mas nada havia para ser encontrado.