Capítulo 36

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Depois de comer algo e tomar o que pareceu litros e litros daquele chá fortalecedor, eu me sentia melhor. Minha cabeça já não doía tanto e meu corpo apesar de rígido estava menos dolorido.

Deixamos Liv no sofá já que os quartos estavam ocupados por minha avó e Nick.

Amy foi embora pouco depois de ajudar a curar Liv, ela parecia realmente exausta e tive que agradece-la antes que fosse.

Meus pais também foram para casa, se trocar, se renovar, talvez apenas queriam ficar a sós ou nos deixar a sós. Meu avô ficou no quarto com minha avó, o tempo todo com ela mesmo sabendo que ela não acordaria tão cedo.

Andy tomou um banho e pegou uma roupa minha, o fiz ligar para Leo e garantir que estava bem mesmo que ele tivesse insistido que não precisava. Quando ele saiu por um instante, fiquei ao lado de Liv, a observando.

Ela parecia dormir tranquilamente agora, o rosto sereno estava pálido, porem mais vivo do que antes. Ao olha-la daquela forma senti como se todas as minhas estruturas caíssem, senti que de nada havia adiantado o que fiz naquela madrugada, eu não havia a protegido, não a havia salvado. Ela estava ali, frágil e só Deus sabe o que havia sofrido...

- Jemy? – sua voz me tras de volta.

Ela está olhando para mim como se eu fosse uma alucinação, os olhos mais opacos do que de costume.

- oi. – digo lhe oferecendo meu melhor sorriso tranquilizador. Ela tenta se levantar e eu a ajudo a sentar com delicadeza.

Tão frágil...

Lívia olha ao redor, perdida, depois para mim.

- estamos na sua casa? – pergunta como se pudesse ver através de mim, seus cachos caem para frente e os tiro dos seus olhos com cuidado.

- sim. Você está segura. – sei que minha voz me traiu, porque soo preocupado demais.

Ela olha de novo ao redor e depois para mim.

- o que... o que aconteceu comigo? – soa confusa. – achei ter ouvido... – ela faz uma careta para si mesma, como se seja la o que tivesse ouvido era muito absurdo para acreditar.

- Hey, você acordou. – Andy diz ao descer as escadas. Ele soa descontraído, mas sua preocupação é evidente.

Liv olha para ele e seu rosto suaviza, os ombros relaxam quando ele a abraça e preciso conter a pontada de ciúme com a cena.

- você está aqui. – ela disse a ele como se fosse muito difícil acreditar.

Ele sorri para ela ao se afastar. Um sorriso genuíno, lindo em seu rosto recém banhado com os cachos ruivos pingando.

- claro que sim. – diz ele antes de suspirar e analisa-la. – como está se sentindo?

Liv olha para ele, como se tentasse achar algo que respondesse apropriadamente aquela pergunta.

- confusa. – confessa por fim. – tenho... trechos de memoria. – seus olhos âmbar vão para mim. – o que houve?

Hesito, não sei como ou o que contar a ela. Então toco seu ombro magro.

- venha comer primeiro, você deve estar faminta. – digo esperando que ela concorde para pega-la no colo e leva-la até a mesa da cozinha.

Sei que ela é incapaz de andar no momento, está fraca demais.

Preparo o que posso, o que sei que ajuda. Chá das melhores ervas para recuperar energia, pães, carne, ovos, frutas, sucos. Faço um banquete para Liv e ela come como se não houvesse amanhã. Como se não comesse a dias e não duvido que seja o caso.

Símbolos de Sangue (Livro 2 da saga "Anjos da Terra")Onde histórias criam vida. Descubra agora