Volteeeei anjos! Ai que saudades q'eu estava de ler uma boa história e de postar uma boa história; essa vida de estudante é um saco, é horrível, não recomendo de jeito maneira, tudo tende a piorar de acordo com os dias. Cancela, não gostei! Mas eu estou de férias, e vou fazer as férias de vocês uma das melhores com atualizações frequentes e espero que vocês estejam bem e se alimentando bem. Vou deixar de falar? vou.
boa leitura meus anjinhos
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Seulgi.
- Coloque um sorriso no rosto – pediu sua mãe de um modo gentil – hoje vai ser divertido, você vai ver.
Do carro, olhou para a escola mais a frente e soltou um suspiro. Não aguentava mais a escola, odiava a pressão que sentia, odiava os olhares maldosos sobre si, odiava como era tratada feito uma louca por alguns professores, mas tudo bem, ela também se achava uma louca e também se olharia com um olhar maldoso sobre si caso fosse alguma daquelas pessoas. Ela nem precisava ser nenhuma daquelas pessoas para poder olhar pra si mesmo de um modo feio e enojado, estava tudo bem, sempre compreendia, mas era cansativo.
Despediu-se da sua mãe com um beijo na bochecha, ao observa-la com atenção, percebeu como a mulher tinha envelhecido nos últimos anos: a pele enrugada, as olheiras cada vez pior, a tensão no corpo. Vez ou outra, ao sair de madrugada para alimentar seu vício, encontrava a mais velha no sofá assistindo algumas fitas antigas, umas de ocasiões especiais e outras não, gravadas no quintal da casa ou até mesmo na sala. Em alguma dessas vezes, ainda parava para assistir um pouco do portal da sala, e então saia com mais cede de conforto. Saia apenas com um casaco quentinho e sua tão carteira florida, caminhava uns bons dez minutos até chegar á primeira loja de conveniência 24hrs e saia de lá com maços de cigarros e litros de bebidas. Era assim, quase todas ás vezes, e quando chegava, sua mãe ainda estava no sofá, em um sono profundo enquanto a televisão transmitia felicidades passadas. Muitas vezes se perguntava se poderiam ter felicidades futuras, mas apenas dava de ombros e aceitava a realidade na qual vivia.
As primeiras aulas foram tranquilas, tirando o fato de sua cabeça está doendo, ela conseguiu absorver todo o conteúdo passado a turma, mas quando finalmente tocou, foi uma das últimas a sair da sala e ao chegar ao final do corredor, sentiu a necessidade de espiar pela janelinha do terceiro D. E lá estava ela, escrevendo alguma coisa importante no seu caderno, balançou a cabeça e foi na direção da quadra, ou melhor, atrás das arquibancadas. Onde ficava era reservado, nunca tinha ninguém, por isso sentia-se segura.
Aquela ainda era seu primeiro maço, abriu e de lá tirou o primeiro cigarro, que acendeu com desgosto, afinal, sua vida estava acabando na mesma intensidade do cigarro a cada longa tragada. Ela sabia que deveria parar de fumar, mas era um vício. Vício não é algo que você pode considerar bom ou de se orgulhar disso, independentemente do que seja o vício têm efeitos temporários e te faz querer mais e mais e quando você percebe você já está morta.
Sabia dos riscos que o cigarro causava, conhecia as piores mortes, não apoiava o uso de cigarros, mas fumava. Seria ironia ou hipocrisia? Deu uma grande e demorada tragada, conseguindo se engasgar pela pressa, olhou ao redor vendo a movimentação dos jogadores e algumas pessoas sentadas, sabia que estava na hora de partir. Tirou o vício dos lábios e jogou no chão, pisando logo em seguida.
Ao andar pelos corredores, sentiu uma saudade bater no peito, uma saudade já bastante conhecida, que fazia seu interior queimar e um bolo formar na garganta. Pensou que se pensasse em algo ou corresse para conversar com alguma das amigas poderia esquecer a dor, pensou em até mesmo perder um pouco da aula pra ver a Joohyun no horário de almoço, inventando qualquer desculpa que lhe desse a oportunidade de ganhar um oi ou apenas um olhar. Pensou em jogar os dois maços, que até agora ainda estava intactos, no lixo. Mas não o fez, não jogou os cigarros, pelo contrário, os guardou no bolso do moletom escuro, como se algo dentro de si falasse que deveria guardar como garantia de uma futura recaída.
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Cidade Estrelada • Seulrene
Fanfiction(CIDADE ESTRELADA VERSÃO SEULRENE) Seulgi convivia com a culpa de algo que nunca fez, e aquilo a consumia a cada dia, chegando ao ponto de pensar em desistir várias vezes. Irene também convivia com uma culpa que nunca teve, mas mesmo assim, consegu...