Capítulo 4 - Iogurte e Nicotina.

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Notas do Autor


socorrooo eu tô com vergonha dessa minha demora. eu sempre disse pra mim mesmo: você não vai atrasar cap, você ira postar nos dias certos. e aka estou eu. mas o que importa é que eu voltei, e logo logo tem mais cap quentinhos.

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Joohyun.

Sempre era calmo ali, nunca tinha mais de cinco pessoas vivas, o resto era tudo matéria e melancolia. Tinha algumas flores colorindo ainda mais aquele campo esverdeado e vazio. Vez ou outra aparecia um gatinho esbranquiçado, que foi nomeado carinhosamente por Cat, um nome meio que óbvio para o bichano, mas foi dado com muito carinho pela Joohyun, que sempre depois da aula, passava ali. Já tinha até feito certa amizade com o gatinho, ao ponto de se tornar rotina levar alguma coisa enlatada para o animalzinho saciar sua fome.

Naquele dia não foi diferente, tinha levado uma lata de atum e de quebra um pacotinho de ração vitaminada especializada para gatos, fez questão de comprar a melhor ração da lojinha de rações perto da sua casa, deu uma grana, mas não tinha preço ver a felicidade do pequeno ser. O felino sentiu o cheiro de longe e enroscou-se em suas pernas, uma forma de chamar a atenção da humana, essa que apenas sorriu e caminhou até o tumulo conhecido, sendo acompanhada pelo bichinho de cor alva. Sentou-se ali, na grama verde, tirou sua velha e companheira mochila das costas e abriu, tirando a comida que tinha comprado para o gatinho pondo ao seu lado, vendo Cat saborear o sabor do peixe enlatado.

- Está gostoso, não é? - perguntou, mesmo sabendo que não teria respostas por parte do bichano, mas era legal conversar com o antigo amigo. – A minha mãe gostava também, sempre dava um jeitinho de colocar Atum no carrinho do mercado, assim como eu fazia com o meu cereal favorito.

O gatinho soltou um miado manhoso, fazendo a Bae soltar uma risadinha e alisar os pelos - que apesar de ser um gato de rua, rua entre aspas, já que vivia apenas dentro do grande cemitério – macios. Quando terminou de comer, com toda a ousadia, o gato aninhou-se em seu colo, ronronando com o carinho em sua barriga e esquentando-se com o tecido do vestido da menina.

- Cat – chamou, recebendo um miado – obrigada por cuidar da mãe por mim. Sei que com você aqui ela não se sente completamente só. Sei que isso não é politicamente possível, mas é basicamente isso.

Sorriu com seus pensamentos, afinal, sempre passava por ali, sempre cuidando do pobre gatinho, porque não o levar para casa? Só assim teria uma companhia quando estivesse longe da Seulgi, já que seu pai nunca estava em casa e sempre que seu irmão tinha algum tempinho, caia no sono devido ao cansaço. As duas tinham feito uma amizade legal, dificilmente se viam na escola, já que eram de salas diferentes e consequentemente de horários diferentes, porém do mesmo ano, já que Seulgi era um ano adiantada. Uma sempre dava um jeito de se encontrar com a outra, passar um tempo juntas, dividindo balinhas e pacotes de salgadinhos.

- Mamãe, eu conheci alguém parecida com você – disse, tocando na lápide de mármore com a foto de uma mulher de cabelos negros e sorriso bonito – eu pude a salvar, desculpa não ter corrido quando você estava prestes a ir. Eu quero a ajudar, sabe? Não sei, eu apenas quero ficar ao lado dela e poder protegê-la e abraça-la, cuidar dela. Ela tem um sorriso tão lindo quanto o seu. Sorrisos bonitos jamais deveriam perder o brilho.

Deu uma pausa alisando os pelos macios alheios, seu peito doía e aquele bolo na garganta já se mostrava presente novamente. Joohyun não era de ferro, sempre prometia a si mesmo que seria forte daquela vez, mas sempre deixava escapar uma lágrima, mostrando que ainda era humana.

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