Arriscado

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Poe se levantou espreguiçando-se. Viu Finn deitado ao seu lado e sorriu. O dia anterior foi perfeito. Ele estampava um sorriso bobo. Olhou pro celular e viu que já eram 10 horas da manhã! Que droga, tinha aula, estava atrasado! Estranhou o fato de seu despertador não tocar. Entrou nas opções do aparelho, até achar o ícone de alarme, que estava programado para tocar de Seg a Sex. Então se o despertador não tocou... Ele olhou o calendário no celular e constatou que era Sábado! Ele havia esquecido completamente. Ainda bem que ele não tinha acordado seu companheiro da noite. Finn dormia de barriga pra cima com a boca meio aberta. Poe riu ao ver o jeito engraçado que ele dormia. Voltou a se deitar, mas se lembrou de Rey. Queria contar as novidades pra ela. Tentou ligar no celular, mas ninguém atendeu. Ele ficou preocupado. Resolveu então mandar uma mensagem e aguardar um pouco.

**

Rey acordou. Se espreguiçando e sentou na cama. Já tinha amanhecido? Não. Ela tinha certeza que só tirara um cochilo. Se levantou pegando o celular e confirmou suas suspeitas. Eram 11 horas da noite. Se corresse daria pra pegar um Uber e daria tempo de dormir no seu próprio quarto. Ela se trocou colocando suas roupas, dessa vez ela vestiu o casaco e o fechou, arrumou sua bolsinha e saiu a procura de Ben. Ela queria encontrá-lo para se despedir e perguntar onde ficava o banheiro. Rey saiu do quarto e foi em direção à entrada. Encontrou um Ben sem camisa, com calça de pijamas, sentado numa cadeira alta, encostado na bancada da cozinha olhando algum tipo de livro ou revista. Ela pigarreou para que ele percebesse sua presença. Ele se virou dando um sorriso.

- Que bom que você acordou!

Rey foi direta: - Onde fica o banheiro?

Ben estranhou a atitude dela, mas respondeu normalmente:
- Na primeira porta a esquerda.

Rey foi ao banheiro, lavou o rosto para tirar um pouco da maquiagem borrada, prendeu o cabelo num coque alto e frouxo, urinou. Enquanto isso Ben estava esperando por ela, pensativo. Será que ela havia se arrependido? Sentiu que Rey estava estranha e isso o incomodou. Quando ela voltou, disse:
- Preciso ir, está tarde! Vou chamar um carro, ok?

- Se quiser, pode dormir aqui. Amanhã é Sábado.

A proposta era tentadora, mas ela seguiria o conselho de Poe e faria o possível para não se apegar.

- Eu preciso estudar amanhã. Logo, chegam as provas finais Ben.

Percebendo que ela estava decidida, ia pelo menos tentar fazê-la ficar mais tempo. Pedi comida chinesa, yakisoba pra gente. Porquê você não vai depois? Eu te levo.

Rey pensou em dizer não, mas estava faminta. Não ia achar nada aberto próximo a universidade, além do Porg’s bar. Então vencida pela fome ela aceitou. Rey se sentou ao lado dele. Um silêncio constrangedor pairou no ar.

- Então...

Ben estava nervoso, seria mesmo necessário ter aquela conversa? Mas prosseguiu rindo sem jeito.

- Devíamos falar sobre o que aconteceu?

- Talvez...

Rey estava tão nervosa quanto ele. E acabou soltando :

- Foi bom... Muito bom, mas é melhor não fazermos outra vez.

- Eu concordo! Ben respondeu de imediato. – Não quero que nosso relacionamento atrapalhe seus estudos e nem os nossos encontros depois da aula.

- Ótimo! Que bom que pensamos igual! Ela respondeu dando um sorriso amarelo.

Foram salvos pelo tocar da campainha, a comida havia chegado. Ben liberou a entrada, depois de poucos minutos atendeu a porta; pegou a comida, e colocou as caixinhas em cima da bancada. Depois ele foi até a geladeira, pegou suco e dois copos.

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