Mudanças.

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Provas finais chegando... Parecia que Rey estava num pesadelo. Na última semana, ela e Ben decidiram não se ver de jeito nenhum, nem no final de semana, salva as exceções em que ele levava a marmita pra ela no final do dia. Mas costumavam ser rápidos, depois do último ocorrido, Rey prometeu pra si mesma que iria maneirar... Pelo menos por enquanto... Poe, Finn e Rey resolveram fazer um pequeno grupo de estudos na matéria de cálculo, que era a única disciplina que compartilhavam. Rey tirava de letra, mas seus amigos nem tanto. Ela acaba passando mais tempo ensinando a matéria a eles do que de fato estudando. Apesar que, repassar o que se sabe para outras pessoas, não deixa de ser uma boa maneira de exercitar o que se aprendeu.

Ela andava extremamente ansiosa. Não conseguia dormir direito, não conseguia comer direito. Nem a refeição que Ben deixava, lhe faltava apetite. Olheiras brotaram embaixo dos olhos de Rey. Estava sempre muito acelerada ou muito calada, porém Poe não deixou de notar a situação em que a amiga se encontrava e resolveu conversar com ela. Estavam no pátio sentados embaixo de uma árvore.

- Rey, você precisa relaxar um pouco.

- Aí Poe... Não enche, está Bem?

- Vou te encher sim... E olha só pra você, agindo estranho... Eu sei que são as provas finais antes das férias, mas não precisa ficar desse jeito.

Ele se aproximou tentando conseguir uma abertura. Mas Rey estava realmente muito estressada. Ela se levantou, saindo de perto do amigo com a cara amarrada. ‘porque ele não entende? Não é assim que funciona pra mim’, pensou consigo mesma.

E então uma coisa estranha aconteceu, Rey se sentiu tonta, uma dor no peito se instalou, uma falta de ar, vontade de chorar. Tudo de uma vez como uma avalanche. Poe ficou observando a amiga se afastar, viu ela parar de repente, ele estranhou e levantou-se indo em direção a ela.

- Reyzinha você está bem? – Poe pegou em seu ombro e olhou o rosto da amiga que estava branco como papel. – Rey! – agora Poe segurava no rosto dela, sentiu a amiga gelar, até ela finalmente falar com uma voz fraca.

- Eu não... Consigo... Respirar...

- Rey... Faz junto comigo... Inspira, expira.

Poe fazia os movimentos de respiração, repetitivamente, até que Rey começou a acompanhá-lo, para seu alívio.

- Vou te levar para enfermaria.

Poe colocou o braço de Rey no seu ombro e foi carregando ela pelo caminho.

- Eu vou morrer Poe?

Ele ouviu ela sussurrar. – Não Reyzinha, hoje não.

- Mas eu sinto tudo girar... – Ela responde com uma voz fraca.

- Calma Reyzinha, estamos quase lá!

Poe levava ela com dificuldade, sentiu o corpo dela pesar ainda mais. Rey talvez desmaiaria e isso o preocupava. Ao chegar finalmente no corredor, viu um grupo de professores e decidiu que pediria ajuda. Mas antes que o fizesse, por sorte, Ben estava naquele meio e o viu com Rey. Ele veio correndo.

- O que houve?

- Precisamos levar ela na enfermaria, me ajuda? Não foi necessário ele pedir duas vezes. Ben a pegou em seus braços, seguiram ao destino, enquanto Poe contava o que aconteceu.

- Ela está estranha Ben. Acho que é stress por causa das provas.

Mas Ben estava preocupado que pudesse ser outra coisa. Mas era melhor não tirar conclusões precipitadas. Ele sugeriu que a levassem direto ao hospital ao invés da enfermaria. Poe concordou de imediato e no meio do caminho, passou na sala de Rey e pegou as cosas dela. Foram juntos para o estacionamento. Poe abriu a porta do carro, enquanto Ben a colocava para dentro com cuidado.

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