Entorpecida

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Ben levantou cedo. Não Conseguiu dormir mais. A noite passada o deixou mais atordoado do que imaginava. Ele fez uma vitamina, se vestiu e saiu pra correr. Esse era um jeito, além da alimentação, de se manter saudável e forte. Seu avô Anakin era militar, já falecido, e por causa dele, antes de ser professor, Ben serviu o exército por um longo tempo. Mas agora ele queria sossego e usar mais o cérebro que seus músculos. Porém, ele carregava consigo muito do que aprendeu na época em que estava em serviço. Ben era muito disciplinado, exigente e organizado. Seu apartamento refletia isso, pois estava sempre impecável. Agora, ele tentava se concentrar nas turmas, nos assuntos e nos planejamentos de aula enquanto corria. Ben não queria tornar seu relacionamento com Rey algo fora das possibilidades. Ele jamais pensaria em prejudicá-la, fora que, sua carreira também poderia estar em jogo. Os reforços mal tinham começado e ele não poderia estragar tudo. Depois de quase uma hora e meia, decidiu ir pra casa, precisava chegar na universidade em uma hora.

**

Rey acordou com o barulho do despertador do celular. Ela desativou o alarme e se sentou na cama com uma tremenda dor de cabeça. Ela se levantou, tentando se lembrar o que aconteceu. Viu o balde ao lado da cama e foi até a escrivaninha onde havia um bilhete com uma cartela pequena de comprimidos.

‘Se tiver dor de cabeça ao acordar, tome esse remédio que vai te ajudar! Depois precisamos conversar. Te adoro, seu irmãozinho Poe’.

Rey engoliu o remédio tomando um pouco da água que vinha de uma garrafa que ela sempre deixava no quarto para emergências. Ela sentou na beira da cama pensativa, tentando se lembrar. Ela viu que ainda estava com o vestido que usou para encontrar seus amigos. Se ela estava com dor de cabeça, então queria dizer que ela estava de ressaca. “Droga, espero não ter feito muita besteira”, pensou. Fazia tempo que Rey não se via daquele jeito. Ela juntou suas coisas e foi ao final do corredor no banheiro coletivo. Rey entrou em um dos boxes e tomou banho. Enquanto lavava o cabelo, ela se lembrou de um sonho estranho. Se lembrou que beijava um homem, mas não sabia quem era. Ela se esforçou para puxar da memória. Era alguém alto, de cabelos negros, por algum motivo ela dormia nos braços dele no sonho. Será que ela tinha transado com alguém, enquanto estava bêbada? Isso a preocupava. Mas se lembrou que ele foi gentil e a carregou para algum lugar, será que foi ele que a trouxe para a cama? Rey não sabia ao certo, não tinha certeza. Mas então se lembrou de um beijo, foi ardente, foi delicioso, parecia que ela podia sentir o gosto daqueles lábios agora mesmo. Mas era só isso. Ela não se lembrava de mais nada. Mas se ela estava tão bêbada, Põe jamais a deixaria sair com alguém nesse estado.

Rey se enxugou, se trocou e voltou ao seu quarto. Ela enxugou o cabelo rapidamente com a toalha, arrumou a mochila e saiu apressada. Se corresse, daria tempo de chegar ao refeitório para tomar café da manhã.

**

Poe e Finn estavam na mesa, quase terminando de comer.

- Ai Finn, a Rey não apareceu até agora! Será que ela ainda está dormindo? Ela não é de se atrasar.

- Depois de ontem Poe, acho que ela deve ter apagado!

- Eu preciso falar com ela sobre ontem e..

Rey se sentou abruptamente ao lado de Poe, respirando com dificuldade. Ela usava óculos escuros e trazia uma bandeja com misto quente e café com leite.

- Bom dia rapazes. Disse ela numa voz meio fraca. – Quase perdi o café da manhã.

- Oi Rey, que bom que você finalmente apareceu. Disse Finn aliviado.

Poe abraçou Rey. Ela ficou sem reação. Quando ele a soltou, ela disse: - O que foi isso? E começou a tomar seu café.

- Eu estava morrendo de preocupação, ontem você deu um susto na gente.

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