Quarteto de Noivas - II
Ruby fugiu depois de seu coração ser despedaçado. Então cinco anos depois ela está decidida a retornar para a vida da pessoa que deixou para traz. Mas essa decisão não é tão simples, já que com a vontade de ver a unica pessoa...
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Na minha frente está uma garota esguia, nervosa e dona de olhos tão redondos e azuis que nunca vi iguais, nem mesmo Angeline tinha olhos tão meigos e fácil de perceber o que tem por detrás deles. A jovem ragazza, torce as mãos e suas pernas parece que treme. Tenho consciência que minha expressão fechada está forçando ela a seguir alguma maneira de se manter calma, mas sua tentativa não parece estar dando certo.
Ela não veio por indicação de Amelie, e as outras candidatas estavam muito focadas em outra coisa, exceto em minha filha recém-nascida. O cansaço se apodera do meu corpo como um trem desgovernado, e estou fazendo o possível para não desmoronar. Não agora, tenho que focar em minha Hope.
Olho a ficha, Rubyann é seu nome, não tem experiência com crianças e sabia que não tinha. Era só olhar para ela que você veria. Seu curriculum não tem nada especifico, diz que ela estuda ainda no colegial. Olho para sua idade e tento não demostrar minha surpresa.
Dá para notar que ela é jovem, porém, não pensava que tinha somente dezesseis anos. De todas as candidatas ela é de perto a menos qualificada em todos os requisitos. Deixo o papel sobre a mesa e junto as mãos sobre a mesma, olhando diretamente para seus assustados e arregalados olhos. Vejo que ela está tentando com muito esforço não chorar.
Espreito os olhos e verifico seu físico atentamente. Ela tem braços delgados, rosto extremamente fino, sua pela parece seda – embora que não a tenho tocado para saber. Somente sei que sua mão é tão delicada quanto uma rosa. Ela está em volta de um vestido florido entre o branco e rosa com tons de verde. Ruby parece uma boneca, tão delicada quanto uma.
Ponho minha atenção em seu rosto novamente. Buscando alguma maneira mais agradável de dizer que ela não é apropriada.
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MINHA CONCENTRAÇÃO está no computador. Entretanto, é somente meus olhos que estão focados. Minha mente está longe daqui em vários graus. Ela está tão próxima de mim, tão perto. Mas não consigo tomar coragem e ir até ela sem pensar no que acontecerá. Eu sei que ela me odeia, eu consegui atrair isso nela e não foi somente naquela noite. Não sei como fui tão idiota ao ponte de não mandar tudo para o inferno e simplesmente a manter ao meu lado. Ao lado pelo menos de Hope.
Amelie tem toda razão, eu consegui atribuir as duas espiritualidades das mulheres que já amei, na minha filha. As duas foram forjadas especialmente para acompanhar a vida de Hope. Angeline com toda a sua garra a trouxe para o mundo, enquanto Ruby era para encaminhá-la em toda sua jornada por esse mundo. Mas eu tive que estragar tudo.
Assumi um relacionamento que estava fadado ao fracasso, e consequentemente seria minha ruina, logo após, a pessoa que foi enviada por Deus para me ajudar a vencer as diversidades da paternidade foi embora, porque fui muito preconceituoso com relação ao que sentia por ela. Eu tinha vinte oito ano e ela dezoito, era incompativelmente um amor impossível.
