Era uma manhã bem movimentada, alunos voltando a escola, pais com pressa para ir ao trabalho... Aqui em casa esta tudo tranquilo, como moro sozinha não teria porque haver barulho algum, a não ser pelo barulho dos carros lá fora, costumo acordar muito cedo porque adoro dormir com a janela do meu quarto aberta, gosto de acordar e ver a luz do sol invadindo cada centímetro do meu quarto é como se estivesse dando cor e vida em tudo que "toca". Pego meu celular, ao qual costumo deixar ao meu lado na cama e logo vejo uma mensagem do Jace.
Jace♥: BOM DIAA! Dorminhoca, vamos lá, levanta e vai trabalhar.
Olhei a hora e eram apenas 6:30am, fala serio Jace.Clary Fray: Vou dar minha corrida matinal, porque ao contrário de "certas pessoas", eu cuido da minha saúde.
Jace♥: Kk, OK, você sabe muito bem que eu me cuido, até mais, porque você sabe né, ao contrário de "certas pessoas" eu trabalho. Bj, até mais, se cuida.
Clary Fray: Kk, até. Tenha um bom trabalho.
E logo depois recebo mensagem da Izzy e do Simon.Izzy♥: Então né, voltar aquela velha rotina. Já já passo ai, Bjs.
Simon♥: Claryzinhaa, esta bem? Hoje farei uma apresentação no clube dos pais da Maia, por favor esteja lá! Sabe que é importante pra mim, é minha oportunidade de mostrar para o Raphael de que sou bom, te adoro.
E logo o respondo.Clary Fray: Claro! Vou estar lá com toda certeza! Pode contar comigo. Te adoro, e não perderia sua apresentação por nada. Até mais.
E de uma vez por todas tomo coragem e me levanto da cama, vou ao banheiro e faço minhas higienes, coloco uma calça leg, um top e uma blusa regata. Quando estou calçando o tênis Izzy grita na frente da minha casa.
- Vamos lá Clary, não temos a manhã toda.
Desso as escadas e vou ao seu encontro.
- Bom dia - falo - Acordou animada hoje em?
- Não mesmo, apenas cai da cama- fala com um certo humor - E você, ta mais lerda que o normal hoje, olha só, até trocou as meias.
Olho pra baixo na esperança de que ela estivesse brincando e sinceramente, não gostei do que vi, uma meia verda ao avesso e uma rosa. Ri interiormente de mim mesma.
- E então, vamos ficar de papo furado ou vamos correr? - Falo.
- Vamos - diz ela ainda tentando reprimir um sorriso pelo desastre que sou.
Corremos 10km em 40min, gostei, cada vez melhor. Me despeço dela com um abraço bem suado e ela vai para sua casa que é apenas 1 rua depois da minha, não da nem 600m de cá pra lá.
Tomo outro banho, visto uma roupa qualquer e tranco minhas janelas do quarto e vou direto fazer meu café da manhã, já eram 8:30am, vou aproveitar esse tempo livre para ir na casa dos meus pais, meu irmão Jonathan estará partindo para New York na segunda que vem e quero aproveitar o máximo de tempo possível com ele.
Depois de tomar café da manhã, pego minhas chaves do carro, e vou direto para a garagem, ao som do rádio tocando uma música da qual desconhecia, mas era boa. Não custa muito tempo até eu chegar, apenas uns 10min. Toco a campainha. Minha mãe abre.
- Bom dia filha, como esta? - ela fala logo após eu entrar.
- Estou bem mãe, e a senhora? Esta bem?
Ela pensa e logo responde.
- Estou, só um pouco preocupada com seu irmão.
- Por que? Ele vai desistir de ir?
Logo uma felicidade culposa se apossa de mim, só de pensar que ele talvez desistisse dessa ideia maluca de me deixar aqui!
- Não - ela fala - É que, você sabe... Ele é meio atrapalhado... Tenho medo de que ele não saiba se...
Logo após meu irmão aparece interrompendo nossa mãe.
- A mãe, por favor, eu sei me cuidar muito bem sozinho, sei tudo e tenho tudo do que preciso para sobreviver. - e logo depois de ter falado revira os olhos. E eu vou correndo lhe dar um abraço e depois me viro para olhar pra mãe.
Ela o olha com um olhar afiado.
- Primeiro que você sabe que não gosto que me interrompam enquanto estou falando e segundo, meu filho você ainda tem muito a aprender.
- Mãe, não se preocupe, já tenho 23 anos, sei me cuidar e arranjei um emprego muito bom por lá, a senhora sabe que vou ficar bem.
- Ta certo, mas se precisar de qualquer coisa, eu digo qualquer coisa mesmo, me liga, ta?
- Esta bem, esta bem, eu ligo. Ala ele para tranquiliza-la. Ela o beija e logo vai para a cozinha.
- Eae pirralha, oque ta fazendo aqui tão cedo? - ele fala bagunçando meu cabelo que já não estava tão arrumado. Lhe dou um leve empurrão e respondo:
- A você sabe, irmão indo embora... Minha mãe histérica... E o pai.. Espera, cadê o pai? - pergunto, porque até onde eu saiba hoje deveria ser seu dia de folga, ele combinou!
- Ele teve um pequeno imprevisto, mas a tarde esta chegando. - fala Jonathan um pouco indiferente. Escutamos o som de vidro se quebrando e viramos para nossa mãe assustados.
- Essas porcarias nunca estão da maneira certa! Foi você não foi Jonathan!? - fala Jocelyn(mãe).
Nos apenas nos entreolhamos e saímos com passos largos e não muito silenciosos e fora de casa soltamos a gargalhada que estávamos prendendo lá dentro.
- E agora que eu vou embora, em quem sera que ela vai por a culpa pra tudo? Já que seus dois filhos vão estar fora de casa? - nos dois rimos novamente.
- Sinceramente, não faço ideia talvez em pai. - mais risadas e então fico seria - estou preocupada porque você sabe... Afinal nosso pai viaja muito a negócios e nem sempre vou poder esta vindo dormir com ela aqui, não gosto de imagina-la sozinha. - falo com preocupação e tensão.
- Não se preocupe, ela sabe se cuidar, afinal ela tem o Guto seu gatinho, ele vai cuidar bem dela também. - ele fala tentando acreditar em suas próprias palavras.
- E então eles discutiram esses dias? - pergunto.
- Não, creio eu que estão tentando se acertar ou pelo menos tentando evitar algum clima pesado antes de eu ir. - fala suspirando.
- Você sabe que pode desistir, aqui tem empregos maravilhosos também. - falo fazendo biquinho.
- Vamos lá irmãzinha, facilita o sofrimento desse pobre homem, não seja tão egoísta, sabíamos que esse dia já tava pra chegar, era questão de tempo e é lá que quero começar uma nova jornada da minha vida, já passei muito tempo aqui. - ele diz finalizando o assunto.
Andamos silenciosamente até uma pracinha, estava praticamente deserta. Chuto uma pedra, o som dela se distanciando e barrando em outras pedrinhas me fez lembrar.
- Vamos para o clube dos pais de Maia comigo? Hoje haverá uma apresentação da banda do Simon, e ele quer que a gente vá.
- Eu sei, ele me mandou uma mensagem, não sei se quero ir... Não estou no clima. - fala e nos dois nos sentamos em um banquinho que por sinal estava quente, mas meu cansaço pela corridinha de hoje falou mais alto que o desconforto do meu traseiro.
- Vamos lá Jonathan, não sabemos quando será a próxima saidinha que daremos juntos depois que você for embora. - falo olhando pra ele que me encarava com uma certa cara de quem não estava nada afim, eu faço cara de cachorro pidão ele acaba cedendo e aceitando ir, mas com uma condição, só se ele dirigisse meu carro e então eu repensei a situação.. Meu xodó, acabo aceitando só porque ele vai embora mesmo, caso contrário não tocaria no meu xodózinho.
Já são 11:30am, voltamos pra casa em silêncio e abraçados, só... Aproveitando a presença um do outro, ele me da um beijo na testa, finjo passar a mão na mesma e faço cara de nojo, ele rir e eu o abraço. E então nós nos despedimos, ligo meu carro e vou para minha casa me preparar para ir ao trabalho, chego lá e vejo uma mensagem de Jace.
Jace♥: Como estão as coisas? Você está bem?
Por algum motivo, sorrio ao ver sua mensagem e logo respondo.
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Dias turbulentos
General FictionAcordo assustada, tudo aquilo para mim pareceu um pesadelo, está tudo desfocado mas ainda assim consigo perceber a presença de alguém, onde estou? Cadê o Jonathan? Perguntas e mais perguntas se formavam em minha mente e então sinto a mão de alguém q...