Capítulo 4

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Chegamos a empresa, ele parou em uma vaga e disse que ela seria minha. Entramos na empresa e vi Mia em sua mesa, quando nos aproximamos ele nos apresentou e subimos para sua sala.

Chegamos ao último andar, Theo me apresenta a sua secretaria, uma simpática senhora chamada Vera e entramos em sua sala. A sala é ampla e de extremo bom gosto, tudo em bege e marrom e uma vista de tirar o folego.

- Aquela ali, - disse apontando uma pequena mesa no canto direito de sua mesa. - é a sua mesa.

- Ok. - Respondo sem muito entusiasmo.

- Aqui pegue, - ele disse esticando um cartão de crédito – compre roupas para trabalhar. Pode ir espero você na frente da minha casa amanhã as sete.

Peguei o cartão de sua mão e fui as compras. Comprei o básico: saia, calça, camisas e sapatos sociais, duas bolsas e só.

Fui pra casa e fui preparar algo pra gente comer. Mia chegou no horário de sempre e foi logo fazendo milhares de perguntas.

- Ei.... calma... respira – disse em um tom de brincadeira. - Vá tomar um banho no jantar te conto tudo.

De banho tomado ela se juntou a mim a mesa, comemos enquanto eu contava tudo a ela.

- Perfeito agora é só seguir com o planejado e em pouco tempo teremos o que queremos. - é o que Mia se limita a dizer.

Terminei de comer e fui para o meu quarto arrumar as coisas enquanto Mia lavava a louça, logo fui me deitar porque o dia amanhã começa cedo.

Acordei, tomei um banho, coloquei uma saia, uma camisa, um salto. Prendi meu cabelo em um rabo de cavalo, fiz uma maquiagem básica e coloquei meus óculos (já que terei de fingir ser secretaria eu preciso conseguir enxergar bem). Coloquei um coldre com uma faca na parte interna da minha coxa. Na bolsa coloquei um bloco de anotações, caneta, carteira e minha glock.

Mia ainda não tinha levantado então eu peguei uma maça e fui para a casa de Theo. Cheguei era 5:45 e fiquei esperando ele no portão.

Vi ele me sondando por uma janela que acredito ser de seu quarto. Olhou para mim e depois para o relógio caro em seu pulso, logo depois fez uma cara de satisfeito e sumiu de minha vista.

As seis em ponto ele sai de sua casa em seu terno feito sob medida e com uns óculos de sol aviador que o deixava extremamente sexy, ele entra em um carro esportivo e abaixa o vidro para falar comigo.

- Bom dia Nany, chegou cedo. Gostei! - falando isso me arremessou algo – esse é o controle do portão, pode me esperar aqui dentro ok.

- Ok. Tenha um bom dia senhor.

Dito isso ele levantou o vidro do carro e arrancou e prontamente o acompanhei. Chegamos antes de quase todos os funcionários exceto pela moça do café, o pessoal da limpeza e os seguranças. Nem mesmo Mia havia chego.

Subimos e me acomodei em minha mesa. Logo ele estava olhando para alguns papéis bastante compenetrado.

- Acredita estar seguro aqui dentro senhor?

- Obviamente Nany.

- Então não se incomodaria em me autorizar a dar uma volta, para fazer um mapeamento e reconhecimento do local. Está sob minha responsabilidade e preciso garantir que nada saia errado.

- Fique à vontade, leve o celular posso precisar falar com você, e por favor não demore.

- Sim senhor.

Peguei o celular como ele ordenou e sai. O lugar era muito bem monitorado. Câmera em lugares estratégicos e muitos seguranças. Não havia somente uma área sem proteção, aqui dentro pouco provável ele sofrer qualquer tipo de ataque.

Resolvi sair e sondar a parte externa do lugar e percebi dois ou três pontos cegos das câmeras só precisava verificar os monitores para ter certeza. A vizinhança era bastante tranquila, se bem planejado seria um bom lugar para dar o bote.

Voltei e avistei Mia sozinha na recepção e fui falar com ela

- Fazendo o reconhecimento do lugar?

- Sempre né, minha prioridade é o manter em segurança. Nada dará errado eu prometo.

- Se conhecem? - escuto atrás de mim a voz que já sei identificar.

- Sim senhor – Mia responde – Dividimos o apartamento, eu quem entreguei o currículo dela para Klaus.

- O sim! Nany venha comigo. Temos um almoço de negócios. Trouxe um notebook pra você, só preciso que tome anotações, nada específico, somente para disfarçar.

- Sim senhor.

Fomos em seu carro com ele dirigindo, conferi minha bolsa e a derrubei nos meus pés. Fiz uma cara como quem estivesse pedindo desculpas e coloquei um rastreador acoplado em seu extintor de incêndio. Logo chequei meu celular e está tudo funcionando perfeitamente.

- Chegamos. - Ouvi ele dizer quando paramos em frente a um grandioso restaurante. Ele estacionou um pouco longe da entrada, na única vaga que havia. Descemos do carro e entramos.

Ja na mesa dois homens esperavam por Theo. Discretamente verifiquei o local tudo parecia normal.

- Boa tarde Theo e essa linda moça quem é?

- Boa tarde Marcos, Sílvio – disse olhando para o homem na outra cadeira – Esta é Nany, minha secretaria.

- Trocou Vera por um modelo mais novo foi meu amigo?

- Está enganado Marcos, Vera ainda está comigo. Como sabem é uma senhora de idade então Nany está como apoio.

- E que apoio – foi a vez do tal Sílvio se manifestar.

- Podemos começar? - Theo disse puxando para mim a cadeira ao lado de Marcos, onde estava claro que seria ele quem sentaria. Apenas me sentei e sorri.

Fizemos nosso pedido e comemos. Fiquei em silêncio e eles falavam sobre o mundo nos negócios. Assim que de fato iam começar a reunião eu abri o meu note e comecei a fazer breves e resumidas anotações sobre o que diziam, vai que um deles pede para ver.

Minutos se passaram e eu percebi uma movimentação um pouco diferente. Um garçom que ainda não havia visto estava rodeando nossa mesa, e um outro homem, vestido como segurança olhava da gente para o garçom. Eu continuei atenta ao meu redor o máximo possível sem levantar qualquer tipo de suspeita.

Enquanto os homens estavam concentrados em riscos e números eu percebia que o tal garçom e mais um prestava muita atenção em nós, mas nada que parecesse um perigo eminente.

A reunião enfim acabou e seguimos para fora do restaurante, percebi que um deles estava nos seguindo, o "segurança", preciso de respostas e vou ter. Encostei no carro e puxei Theo pra mim, beijei sua boca e sussurrei no seu ouvido:

- Tem uma faca na parte interna da minha coxa, pegue como se estivesse me agarrando e a entregue a mim, rápido. - e voltei a beijar sua boca e puxar seu cabelo. Theo enfia sua mão e o sinto alcançar a faca que está na minha mão bem no momento em que o cara tira ele de cima de mim e o joga no chão.

Em um movimento rápido, antes do cara alcançar oTheo, o agarro e o prenso no carro encostando a faca em seu pescoço.

O Golpe - CONCLUÍDO Onde histórias criam vida. Descubra agora