Capítulo 8

2.9K 259 18
                                    



Não dormi a noite. Klaus me mandou um e-mail com tudo o que eles sabiam sobra a ameaça.

Sabemos que: um tal Falcão quer a ruína de Theo. Joana seu braço direito está por trás de cada ataque. Três seguranças mortos. Inúmeros ataques diretos e indiretos a Theo. Quatro capangas capturados, todos com a mesma informação "fomos contratados por Joana a mando do Falcão para acabar com ele". Não foi identificado nenhum dos capangas. Nenhum dos contatos de Klaus disse conhecer essas pessoas.

Não temos muito!

Tomei um banho, hoje faz frio. Coloquei uma bota, calça, camisa e casaco. Bem confortável e quente.

- Já acordada gatinha? - Questiono ao ver Mia colocando café na minha xícara.

- Sim, fiquei pensando em tudo o que me contou ontem. Você precisa de uma nova pista, um avanço na investigação, assim ganhará mais confiança. Não que a visão dos bagos do teu chefe não tenha proporcionado isso a você...

-Idiota! Mas como sempre você tem razão. Preciso procurar minhas próprias fontes.

- Tome seu café e vá, não quero que se atrase. Te vejo mais tarde. - Ela beija meus cabelos e vai para o seu quarto.

E aqui estou eu encostada em meu carro na frente da entrada da casa do meu chefe o esperando sair.

- Bom dia Nany! - Sua voz veio de perto da porta da entrada. - Pode olhar estou vestido.

- Vejo que está de volta chefe. Pensei que tinha o perdido depois do último atentado. Mas aí está a piadinha.

- É bom estar de volta – disse fazendo aspas com os dedos - vamos a empresa, hoje além de Segurança/secretária será minha motorista.

- É sempre bom servi-lo chefe.

Chegando próxima a rua da empresa avisto o "garçom" parado como se estivesse com o carro quebrado a alguns metros.

- Merda! - disse diminuindo um pouco a velocidade. - Theo se abaixe por favor.

- Abaixar?

- Isso gato abaixe, ainda bem que sempre viemos em carros separados e os vidros do meu carro são bastante escuros. Vou parar o carro e por favor não faça barulho, não acredito que será necessário mais se me ouvir gritando agora alcance a pistola em baixo do banco, já está engatilhada.

Paro o carro e desço normalmente.

- Precisa de ajuda amigo?

Faço cara de quem não sabe quem ele é, em contrapartida sei que ele sabe quem sou. Corro o olho ao redor e não vejo nenhuma movimentação.

- Oi dona, não precisa, o guincho está para chegar. - Ele disse como se estivesse procurando alguma coisa, muito provavelmente o carro do Theo.

- Tem certeza que está tudo bem?

- Sim, se não for atrapalhar gostaria de pedir o seu celular emprestado, preciso avisar ao meu patrão que vou me atrasar um pouco para chegar ao trabalho.

- Claro. - Passo o celular para ele que faz uma ligação rápida e me devolve – Muito obrigado moça.

- Eu trabalho naquela empresa ali – digo apontando o prédio da Gaya – me chamo Nany, se precisar de mais alguma coisa pode me procurar.

Ele assente e eu volto para o carro. Acelero em direção a empresa e paro na vaga mais longe o possível da entrada do prédio, automaticamente mais longe das vistas do homem.

- Pode me explicar agora o que aconteceu? - Theo diz se ajeitando no banco.

- Sim senhor, aquele homem é o tal cara que estava disfarçado de garçom. Aparentemente ele estava sozinho, talvez tentaria alguma abordagem se seu carro estivesse atrás do meu. Boa notícia ele usou meu celular e posso rastrear a ligação. Má notícia eles podem fazer o mesmo, digo nos rastrear.

- Como você não me avisa? Sabe que se colocou em perigo a toa. Deveria ter passado reto... - meteu a mão nos meus peitos – Sem colete porra? Já te disse o colete faz parte do seu uniforme. Morta você não me serve de nada.

- Calma meu, não aconteceu e nem vai acontecer nada. Estou aqui para te proteger e farei isso nem que seja com minha vida.

Theo não responde, fica em silêncio me olhando profundamente. Do nada começa a rir.

- Você é maluca! E tem belos peitos.

- Haha engraçadinho. Vamos preciso de um funcionário de T.I. competente e uma boa xícara de café.

O Golpe - CONCLUÍDO Onde histórias criam vida. Descubra agora