"only fools fall for you,
only fools do what i do."Lá estava eu, fazendo as provas do terno enquanto minha mente só pensava em Taehyung e se ele estaria em boas condições. No meio tempo em que ficou ali, eu havia arcado com todas as despesas do maior, deixando ele num quarto maior e mais confortável.
— Você está bem? — ouvi a voz de Joohyun perto de mim e sorri ao sentir o toque em meu ombro.
Ela parecia estranhamente normal mesmo com as fotos, ela nem pediu uma explicação plausível. Ela, apenas, deixou pra lá e agiu como se nada tivesse acontecido.
Falta só mais um dia até o meu casamento e eu não estava preparado. Não mesmo. Me arrependi internamente de um dia ter pedido a mão de Joohyun em casamento, mas em partes, eu não teria o reencontrado.
É uma palavra estranha de se usar, até porque ele nunca me viu antes disso.
Mas, eu já. Eu costumava o admirar diversas vezes pela televisão da minha casa e muitas delas, escondidas pois meu pai preconceituoso não aceitava que eu gostava de um pouco de moda.
Foi assim que eu, infelizmente, me tornei dono de uma revista mesmo sendo contra a minha vontade. Eu não era totalmente gay, eu só fui apaixonado por um homem em toda a minha vida irrelevante e agora, continuo sendo.
— Você quer sair para comer algo? — Joohyun disse, depois de trocarmos de roupa. — Estou com fome.
— Claro. — eu sorri de lado, e peguei suas mão me dirigindo até a saída e entrando em meu carro.
Dirigi em silêncio, apenas a respiração ofegante de Joohyun no ar e Monsta X tocando no rádio do carro.
Cheguei no restaurante tentando fazer a melhor cara de felicidade possível. Pessoas me encaravam como se eu fosse um bicho e eu sabia o porquê. Eu gostava de homens.
— Tem certeza que quer ficar aqui? Podemos comer em casa se quiser. — neguei com a cabeça e ela deu de ombros.
Na mesa mais distante, o garçom que já nos conhecia trouxe o meu vinho favorito. O mesmo que eu bebi com Taehyung na nossa primeira noite. Engoli o choro e evitei as lágrimas que insistiam em sair.
No meio do almoço, recebo uma mensagem e imagino ser de Seokjin.
[27.04.18 — 12:34pm]
park jimin: taehyung teve uma parada cardíaca, corre pra cá por favor, kook.Meu coração apertou na hora e eu não pude evitar deixar as lágrimas caírem.
— É ele, não é? — ouvi a voz dela dizer, baixinha.
Assenti.
— Vá.
— C-Como? — eu gaguejei, sem entender o que ela quis dizer.
— Não fale nada. Só vá. — eu levantei sem hesitar e sibilei um pedido de desculpas, saindo do estabelecimento.
Pisei no acelerador sem piedade, atravessando sinais de trânsito e ignorando limites de velocidade. Eu não podia perder Taehyung, não assim.
— Não me abandone, Tae. — estacionei o carro e entrei no hospital com toda velocidade.
Vi um pequeno ser de cabelos laranjas na porta do quarto 054 chorando e eu me desesperei.
— Por favor, não me diga qu-
— Não, nem diga algo assim. — ele me interrompeu e eu suspirei aliviado. — Você quer vê-lo?
Assenti, sem forças para dizer uma palavra. Taehyung parecia tão fraco. Sua pele não era mais morena como antes. Seus lábios tinham um tom fraco e seu corpo estava magro. Doía meu coração em pensar que a culpa dele estar nessa situação é toda minha.
Segurei sua mão e tomei coragem de me aproximar do rosto dele, deixando um selar nos lábios do mesmo sentindo um choque percorrer todo o meu corpo. Almas gêmeas.
— Eu amo você.
[...]
— Estou cansado desse lugar, espero que as pessoas mudem, eu preciso de tempo para substituir aquilo que eu dei e as minhas esperanças, elas são altas. — eu cantava baixinho, enquanto fazia um leve carinho na mão de Taehyung.
— Eu deveria mantê-las pequenas, apesar de eu tentar resistir, eu ainda quero isso tudo. — eu chorava enquanto cantava a minha música favorita.
— Eu vejo piscinas, salas de estar e aviões, eu vejo uma casinha na colina e nomes de crianças, eu vejo noites quietas derramadas sobre gelo e gin, mas tudo está estilhaçando e o erro é meu. — Apertei sua mão com força e deixei as lágrimas caírem com tudo.
— Apenas tolos se apaixonam por você, apenas tolos fazem o que eu faço, apenas tolos se apaixonam. — abaixei a cabeça quando comecei a soluçar entre o choro.
— Eu já te disse que amo sua voz, amor? — ouvi aquela voz rouca e grave ecoar em minha cabeça e só podia ser coisa da minha imaginação.
— Taehyung! — eu gritei, chamando a atenção dos enfermeiros do lado de fora. — Eu não acredito nisso, você está aqui.
Eu chorava, mas agora de felicidade. O mesmo fazia a mesma coisa enquanto eu beijava todas as partes de seu corpo. Jimin apareceu trazendo o doutor junto com ele.
— Fique calmo, sr. Kim. — ele advertiu Taehyung, logo dirigindo o olhar a mim.
— Eu fiquei quanto tempo desacordado, doutor? — Taehyung parecia suplicar por respostas. — Eu vou ficar bem?
— Vai. — foi tudo o que ele disse, e escreveu algo em sua prancheta. — Será que pode me acompanhar?
— Doutor? — Taehyung disse, com a voz entrecortada começando a chorar. Jimin já chorava desesperadamente e eu não entendia nada. — Eu não sinto minhas pernas.
all the love, pietro.
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SEX & MARRIAGE | VKOOK
Fanfiction"sem sentimentos, apenas sexo" na qual jeongguk está noivo de joohyun, que se recusa a ter relações sexuais e quando ele se sente fisicamente atraído por taehyung, o organizador de seu casamento, ele se vê preso numa armadilha feita por si próprio. ...