Prólogo

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     Tento ao máximo minimizar o barulho de minha ofegante respiração, fecho meus olhos sentindo tudo ao meu redor girar pela falta de ar que estou sentindo, minhas pernas não aguentam mais ficar em pé ou dar mais algum passo, me encosto cada vez ...

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     Tento ao máximo minimizar o barulho de minha ofegante respiração, fecho meus olhos sentindo tudo ao meu redor girar pela falta de ar que estou sentindo, minhas pernas não aguentam mais ficar em pé ou dar mais algum passo, me encosto cada vez mais nesse gigante pinheiro desejando entrar dentro dele.

     Droga, amaldiçoado seja este dia que eu decidir vim fazer essa trilha, olho ao meu redor a vasta e úmida floresta de pinheiros, um tom de escuridão misturado com a neblina dá um ar de terror nela, estou aqui a horas tentando não morrer.

     Olho para o céu já na sua cor alaranjada do entardecer e para piorar a situação não sei usar ou controlar a minha magia e na correria eu acabei me separando dos meus amigos.

   Escuto um ruído logo atrás de mim em seguida de folhas sendo pisoteadas, sinto meu corpo todo entrar em pânico, cada célula, cada osso, cada músculo me pedem para eu correr, mas meu cérebro não consegue obedecer, estou paralisada de medo.

     — Então aí está você. — Erick gritou dando uma risada fria em seguida. — Estou sem paciência já, não irei mais me conter. — Escuto ele começar a correr logo em seguida.

     — FIQUE LONGE DE MIM. — Gritei me forçando a sair dessa paralisia e reunindo a mínima força que eu tenho agora, começo a correr em desespero tentando não sucumbir ao cansaço e a falta de ar.

     Rapidamente olho através de meus ombros e vejo que ele se transformou novamente em um lobo negro gigante mais precisamente em um lobisomem.

     — Mo... Motus! — Recito o feitiço, mas em vez de o atingir vejo um tronco de uma árvore ser arremessada a mais de cinco metros passando de raspão nele. — Merda. — Sussurrei em raiva por não saber usar magia ainda.

     Assim que direciono meu olhar para a minha frente vejo de imediato outro lobisomem com a pelagem mais clara puxado para o marrom correndo em minha direção e saltando bem em cima de mim, me derrubando no chão, sinto minha respiração falhar de vez com o impacto e uma forte dor em minha coluna fazendo minha visão escurecer por alguns minutos.

     — Nã... não — Tento sair debaixo dele, mas meus esforços são inútil, ele abre a sua boca dando para ver cada presa, cada dente afiado já prestes a adentrar em minha pele. — SOCORRO! — Gritei usando minha última centelha de força.

     — Eius devoravit ignis! — Escutei a voz do meu irmão recitar um feitiço e em segundos o lobo começa a entrar em combustão espontânea saíndo de cima de mim correndo de um lado para o outro tentado apagar as chamas de seu corpo, mas os esforços dele não serviram de nada pois as chamas aumentaram cada vez mais e o seu corpo que a um segundo atrás estava em perfeitas condições agora não passa de cinzas. — Você está bem? — Peter perguntou se aproximando de mim.

     — Eu acho que sim. — Sussurrei abraçando ele com todas as minhas forças.

     — Vem, temos que... — Começou a falar mas, não conseguiu terminar caindo por cima de mim desmaiado, o seu corpo antes que estava quente, agora está frio como o gelo.

     — Peter? PETER! — Gritei aos prantos, ele não acorda de jeito nenhum, não, ele não pode estar morto, meu irmão não, sinto algo em suas costas e assim que o viro mais para mim vejo uma adaga negra completamente cravada perto de seu ombro — NÃO, NÃO, NÃO, PETER. — Começo a chorar desesperada, isso não pode estar acontecendo não com o meu irmão, sinto pontadas em meu peito cada vez mais forte como de milhares de agulhas estivessem me perfurando só por pensar que ele pode estar morto, olho para cima tentado ver se vejo alguém para ajudar, mas o que eu vejo é bem pior... em cima dos pinheiros lá estavam eles, os bruxos nigrums.

 em cima dos pinheiros lá estavam eles, os bruxos nigrums

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Coven: Bruxas CelestiaisOnde histórias criam vida. Descubra agora