Diário Z

Por um fio

  Caro leitor,consegui!Ainda não me contenho com esse acontecimento,consegui!Bem,nesse capítulo irei contar como foi essa operação que realmente mexeu comigo...Agora vejo que nossas vidas são realmente fracas, e qualquer coisa pode fazer com que tudo isso acabe,o que é a realidade?A sociedade nos faz ir para a escola para aprendermos e para logo depois trabalharmos, e depois,no fim da vida,quando estamos impossibilitados de vive-la é que temos o direito de desacançar e de "viver" o que não conseguimos por não ter tempo,trabalhamos e gastamos nossa saúde para conseguir dinheiro, mas quando adoecemos gastamos nosso dinheiro para conseguir saúde...Esse é nosso objetivo? apenas ser mais um em uma multidão?Bem,acho que você leitor, não quer ler meu depoimento ideológico,afinal,se quisesse leria machado de assis e outros grandes,mas não leitor,você me escolheu!escolheu ao meu livro,por quê?Caro leitor...Sei que seu tempo é importante,e se esta gastando seu tempo com meu livro,quer dizer que está admirando minha obra, e agradeço por isso,mas voltando ao enredo...

   Resolvemos sair de manhã,já que esses bixos não dormem e sería melhor vê-los de dia,fui eu e meu pai,colocamos as coisas que precisaríamos na mochila e passamos o repelente por todo o corpo,seguimos pelas pontes improvisadas que nossa família contruío e levamos dois dos meus dez tios,Isso mesmo dez tios...Pegamos a caminhonete de meu tio que tinha espaço para todos nós e mais uma caixa de munição de pistola,eu levei um facão e uma pistola,meu pai um rifle e

meus dois tios pistolas,incrível como em momentos como esse nós pulamos nossos conceitos como se fossem limitações,minha família, que até então era pácifica e abominava armas estava segurando elas.

  Uns 5 minutos na estrada e tivemos nosso primeiro problema, uma orda de zumbis pulou em cima da caminhote e dois ficaram presos na parte de trás da caminhonete,meu tio que estava dirigindo acelerou até uns 60km/h e virou dando uma cavalo-de-pau,fazendo os zumbis serem lançados a 7 metros de distância e caírem de jeito na estrada, isso fez suas pernas se soltarem,mas mesmo assim continuavam vindo,rastegando-se,seguimos o mais rápido o possível deixando os dois zumbis para trás, e em 4 minutos chegamos na primeira loja,que estava cheia de zumbis,saímos atirando na orda que vinha em nossa direção e de um em um os monstros iam caindo;enquanto atiravam em ficava atrás,vendo se algum zumbi vinha por trás, e o que eu temia aconteceu,vi um se aproximando a uns 6 metros,lento,sem um braço, na hora do pânico fiquei paralisado,enquanto ele se aproximava cada vez mais,quando estava quase tocando em mim,voltei a realidade e atirei a queima-roupa em seu peito, mas só serviu para derruba-lo,enquanto tal tentava falhamente em sua tarefa de se levantar,ví á uns 10 metros um homem,velho,com barba grisalha,usando um chápeu de cowboy e com uma espingarda se aproximando.

  Quando estava a 4 metros de mim ele mirou para a cabeça do zumbi, e encerrou a partida pessoa do zumbi de se levantar com um tiro certeiro.

-Menino,você podía ter morrido

-Ei,quem é você?-perguntou um dos meus tios,matando o último zumbi do grupo...

-Zé Carlos-Disse ele,fazendo um sinal com o chápeu marrom

-Obrigado pelo que fiz,mas precisamos ir-Disse meu pai

-Posso ajudar?-completou o velho-Não sou muito forte,mas sou bom de mira...

  Um silêncio soou entre nós até meu pai fazer um sinal de sim com a cabeça.

-Obrigado-Disse o velho

  Entramos na loja,e fomos pegando tudo que víamos pela frente, enquanto o velho espreitava a porta em busca de zumbis.

passamos vinte minutos esvaziando o local,enquanto o velho conversava comigo

-Moro sozinho,minhas filhas não moram comigo, e não sei como estão elas ou meus netos...Vi vocês aqui...e tive que ajudar,sabe...sou velho e talvez não sobriverei a isso..

Uma lágrima caiu de mim,aquele velho era honrado,e me fez perceber que o bem mora em todos os lugares e se veste de todas as formas.

-Pode morar conosco-sugeri

-Agradeço,mas não;Tenho que cuidar da Betsy-falou o velho apontando para a casa

-Foi a casa em que morei com minha esposa,não posso deixa-la!-completou

acenei que sim com a cabeça e me levantei para ajudar meus tios...

  Quando terminamos de encher a caminhonete vimos uma multidão gigante de zumbis por todos os lados,não iriamos sobreviver...Era o fim,lembrei o que tinha escrito no dia anterior aqui nesse livro/diário, e fechei os olhos,quando senti um toque em meu ombro;Abri os olhos e era o velho,que pegou seu chápeu e colocou em minha cabeça depois me entregou um destintivo:

-Acho que agora você que vai ter que ser o xerife!-Disse em voz baixa

Levantou-se e andou em direção a  multidão...

-Não!-gritavamos,mas ele continuava a ir em direção a morte...

-Vão!-gritou para nós enquanto olhava pela a última vez sua querida betsy...

Entramos no carro e ligamos o motor enquanto obsevarmos o honrado velho

-Vão!-gritou mais uma vez

Dessa vez seguimos nosso caminho cantando pneu a uma velocidade incrível...atropelando os poucos zumbis que não foram para a refeição de velhinho...Olhei para trás e vi os últimos minutos de um bom homem que morreu ao lado de sua casa,a velha betsy...