Livro IV: Sob o Olhar do Alpha

Remorso

P. V. O. Narrador

   Emilly andava de um lado a outro totalmente ansiosa e nervosa, pois está acabara de receber uma ligação de Gael, há dias que não atendia, Helena a flagrou recebimento essa ligação de Gael

   — Eu de você atendia, se ele realmente for um Goulart podemos estar correndo perigo sem saber

   — As coisas não são assim tão simples

   — Não podemos permitir que eles cheguem a nós, se você não atender esse maldito telefone iremos entrar numa enrascada

   Emilly sai totalmente nervosa, sem perceber que havia deixado o celular para trás, num ímpeto incontrolável Helena não esperou muito e logo pegou o celular, com isso observou o número do estranho que ligou para Emilly.

   — Se você não tem coragem pra enfrentar isso, eu farei por nós - Helena diz convicta de que está no caminho certo

   Emilly volta e quase flagra Helena mexendo em seu celular, ambas se entreolham e Emilly se retira, Helena corre para o quarto trancando a porta pouco depois, parecendo uma criança que fugia da mãe depois de uma traquinagem, Helena apenas pega o celular e disca o número desconhecido.

   — Alô! - Helena diz assim que percebe que havia outra pessoa na linha

   A pessoa nada fala, ela consegue escutar a respiração do outro lado da linha, porém ela desliga antes mesmo que Helena saiba de mais algo, andando de um lado a outro não sabe se fará algo mais ou se deixará isso quieto. Sua decisão final foi deixar tudo para lá, mas antes decidiu que falará com alguém sobre isso, não demorou para ir para o quarto de Victoria.

   Sem ser vista Eduarda seguiu Helena de seu quarto até o de Victoria, e assim que Helena entrou no quarto Eduarda colou suas orelhas na porta para escutar a conversa delas.

   — A Emilly está trazendo problemas para nós - ao dizer isso Victoria a encara séria

   — Por que pensa isso?

   — Por que simplesmente ela continua com laços com os Goulart e não quer resolver isso

   — Se essa situação continuar tudo pode piorar, os Goulart podem chegar perto de nós e roubar o livro

   — Victoria não podemos permitir isso, temos que pensar numa maneira de driblar tudo isso antes que fuja de nosso controle

   Antes mesmo de continuarem a conversa ouviram Eduarda derrubando um objeto no chão, com isso foram até a porta, e quase a flagraram ali, Eduarda conseguiu se esconder no quarto ao lado, seu coração estava a mil por conta do risco, havia corrido um risco desnecessário para saber mais sobre os planos de Helena e Victoria.

   — Curioso que você está agindo estranho Eduarda - Manuel a interrompe, fazendo-a dar um pulo com isso

   — Você como sempre Manuel, chegando de mansinho nos locais

   — E você como sempre com a guarda alta, por que você tem agido assim Eduarda? - a pressiona, rapidamente ela lança um olhar frio e distante para ele, tentando parecer não entender nada

   — Do que está falando Manuel? Eu não entendi nada - o encarando assustada

   — Eduarda eu tenho percebido que você e Mauro andam estranhos. . .

   — Coisa de sua cabeça, eu tenho mais o que fazer

   Rapidamente sai do quarto deixando Manuel com suas indagações sobre ela. . .

P. V. O. Manuel

  
   Logo que Eduarda saiu voltei a pensar sobre como ela tem sido estranha, ela sempre foi uma pessoa questionável, mas agora percebi que com o tempo se tornou pior. Helena rapidamente chega no quarto, ela bate na porta me encarando séria, as coisas pareciam ter ficado ruins.

   — Manuel as coisas não estão boas - Helena diz fechando a porta

   — O que está acontecendo? As coisas nessa cidade parecem ainda mais caóticas do que de costume

   — Manuel eu tenho péssimas notícias a você

   — Não gosto quando as coisas começam assim. . . - antes de continuar Helena apenas me lança um olhar sério

   — Emilly o colocou numa situação muito complicada, você pode estar na mira dos Goulart, e consequentemente se tudo continuar assim todos aqui estarão nessa lista deles - dou um forte tapa na própria testa

   — Emilly o que você fez? - digo pensativo

   — Suspeitamos que Gael possa ser um dos Goulart - ao dizer isso agora tudo fez sentido para mim e logo comecei a andar de um lado a outro

   — A Emilly não tem noção do que fez, as coisas que ela fez para supostamente nos proteger nos entregou nas mãos dessa família que ninguém nunca viu a face

   Helena me lança um olhar afirmativo para mim, ambos ficamos em silêncio por um tempo

   — Eu não aceito o que ela fez comigo, essa situação não pode continuar dessa maneira - ao dizer isso logo abro a porta e vou caminhando ferozmente ao quarto de Emilly

    — Manuel pra onde você vai? - Helena diz assustada tentando me segurar pelo braço

   — Resolver tudo isso, Emilly vai pagar por tudo isso eu juro

   — Manuel não resolva as coisas de cabeça quente pelo amor de Deus - Helena diz em um tom suplicante

   — Eu preciso fazer com que tudo isso se resolva de uma vez, as coisas não podem continuar desse modo eu vou resolver tudo isso

   — Mas não assim de cabeça quente, Manuel se acalme primeiro e depois vamos resolver as coisas, não se pode resolver tudo no seu estado

   Não demorou muito para eu tentar me soltar de Helena, ela logo me impediu puxando-me pelo braço

   — Calma, você não pode fazer isso

   — OK! - respiro fundo e vagarosamente, e pouco a pouco vou ficando mais calmo, tudo isso me fez ficar cego de raiva, Emilly nos afundou num poço sem fim em relação a isso tudo, mas em breve irei resolver esse problema de maneira definitiva. . .