Encruzilhada. . .

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P. V. O. André

   Não demorou muito para que eu escutasse e soubesse qual seria o meu destino, aqueles embustes dos Goulart estavam realmente na região, para mim só pode significar uma coisa, será o fim de tudo que conheço em Cambridge

   — André não será mais útil para nós, o que devemos fazer com ele? - uma voz familiar diz isso, tento lembrar de onde a ouvi, mas todo o esforço foi em vão

   — Eu pretendo fazer bom uso desse jovem, não é possível que ele seja tão inútil assim - o tom de voz bem grave me assustou, ele parecia ser uma pessoa bem cruel

   — Ótimo, então iremos fazer o que é certo

   Não demorou muito e logo tentei fugir, não podia permitir que eles fizessem isso e me usassem para algo torto, consegui depois de muito esforço me soltar das amarras de ferro, já enferrujadas e logo depois comecei a procurar por algum lugar para escapar.

   Eles continuam conversando e eu rapidamente procuro por uma janela ou porta, assim que encontro eles acabam entrando na sala.

   — Não deixem ele escapar! - grita Gael assustado, logo começo a correr desesperadamente em busca da porta

   Não demora muito e consigo chegar a porta, Gael tenta me puxar pelo braço porém o empurro para longe e consigo abrir a porta, fecho em seguida e vejo que estou diante de uma ante-sala enorme e ao olhar na parede me deparei com algo surpreendente.

   Várias fotos pregadas na parede, fotos minhas, de Manuel, Helena, Mauro, Victória e até mesmo Eduarda, fotos de tudo que cada um nessas fotos fez nesses últimos anos, estava tudo interligado, haviam várias anotações, mas nem deu tempo de eu ver muita coisa eles já arrombaram a porta, parti para outro lado, dei um soco na cara de Gael que tentou revidar, porém não conseguiu, desviei rápido do soco

   A cada segundo minhas chances de conseguir sair daquele antro que me encontrava era ainda mais difícil, não sabia mais o que fazer, estava ficando cada vez mais sem saída..........

   P. V. O. Manuel

   Eu andei de um lado a outro, nervoso com tudo que aconteceu, já havia se passado algumas horas que eu quase briguei com Emilly por conta do que ela tem feito com Gael, as coisas estão fora de sintonia entre ambos os lados, mas hoje chegou em seu ápice se tornando impossível de continuar mais desse modo, apos ter acalmado os ânimos fui conversar com Emilly.

   — Emilly eu preciso falar com você - ao dizer isso percebo seu olhar assustado

   — Me desculpe. . . - ela começa, mas a impeço de continuar encarando-a tristonho

   — Emilly eu tô querendo saber qual o lado que você está, sinceramente não sei o que está acontecendo conosco - digo sério enquanto observo cada reação dela com o que digo

   — Manuel já faz um tempo que não estou seguindo o caminho certo e tomando decisões boas, mas eu quero pedir perdão por tudo que fiz, eu quero que saiba que estou disposta a cortar meus laços com Gael e resolver tudo isso - sinto sinceridade em suas palavras

Livro IV: Sob o Olhar do Alpha Onde histórias criam vida. Descubra agora