Árduo Caminho. . .

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   Desesperado pela mata André procura por algum sinal de seu antigo conselho sobrenatural, mas não consegue encontrar nada, apenas árvores e mais árvores, comia mal já faz dois dias, a comida que roubou de um posto de gasolina no meio da estrada na noite passada não iria durar para sempre, mas para a alegria dele finalmente encontra sinal de civilização.

   Cambridge estava a sua frente, banhada pela neblina, mas visível a ele que correu desesperado para a cidade, usou toda a sua força restante para alcançar a cidade, era tudo que precisava para finalmente encontrar-se seguro novamente. Antes mesmo que pudesse chegar na entrada da cidade o cansaço o venceu e com isso caiu desacordado ainda longe de alcançar seu destino. . .

   Eis que os caçadores aparecem novamente na casa de Victória, estavam furiosos pois se passou longas horas após o repentino sumiço de André, todos queriam a cabeça de Manuel caso não deixassem André voltar.

   — Eu não sei lidar com isso, sinceramente não sei - Mauro brada enfiando a faca na mesa de madeira com tremenda força, a ponto de enterrar boa parte da lâmina

   — Mauro se acalme - Rogério surge na cozinha rindo da situação

   — O pior que estamos só eu, você e Helena aqui, e se esses desgraçados não saírem da porra da porta eu farei banho de sangue - levanta-se indo em direção a porta da sala

   — Mauro você terá que limpar tudo antes da fúria de Victória nos atingir se realmente fizer isso - Helena aparece encarando-o com um olhar irônico

   — Como vou me livrar dessa cambada de desocupados? - grita

   — Ei! - faz uma longa pausa após gritar com ele — Eu posso resolver, não precisa gritar e muito menos pressionar para que uma decisão seja tomada - Helena o olha furiosamente

   — Como? - diz incrédulo

   — Simples, eles só precisam me dar algo que pertenceu ao André - revira os olhos por conta da pergunta de Mauro

   — Com coisa que eles irão dar algo que pertenceu ao André assim de mãos beijadas - anda de um lado a outro

   — Eu sinceramente não sei por que você não consegue enxergar minha capacidade de conseguir as coisas, que custa tentarmos hã? - lança furiosa

   Mauro nada diz apenas a olha repreensivo, mas isso não a impede de seguir com o plano, rapidamente vai até a porta e a abre vagarosamente.

   — Eu sei o que querem, vocês querem uma prova de que eu não estou com o André, ótimo eu vou lhe dar essa prova - Helena diz enquanto levanta as mãos em sinal de rendição

   — Diga logo então - um deles brada furioso

   — Preciso de algo que pertenceu a ele, só assim poderei localizar ele - os homens entreolharam-se duvidosos da intenção de Helena — Eu vou usar magia pra isso, se realmente eu quisesse acabar com vocês já teria feito não? Vocês estão na porta de minha casa, e eu sou uma bruxa muito poderosa - todos lançam olhares inicialmente duvidosos, porém não tinham outra opção

   — Vamos confiar nas palavras dessa jovem bruxa, se estiver mentindo todos vocês morrerão - o tom de voz autoritário do homem que respondeu-a fez com que ela estremesse de cima a baixo

   Eles entregam um objeto que pertenceu a André, e com isso Helena começou a se concentrar para localizar André. . .

   Eduarda recebe uma ligação e corre para o seu quarto.

   — Ficou maluco? E se eu não estivesse com o meu celular em mãos? - ao dizer isso ela rapidamente nota que a voz do outro lado ficou furiosa

   — Você anda brincando com fogo, está mais do que na hora de você pegar esse livro Eduarda - o homem lhe diz tomado pela fúria

   — Acontece que eu ainda não tenho plena convicção de que o livro Milenar esteja aqui com Victória - o homem bufa furioso

   — Descubra, você enrolou demais, se continuar com isso iremos chegar até aí e só sairemos quando todos estiverem mortos, inclusive você. . . - desliga a ligação

   — Maldito! Desligou na minha cara - grita jogando o celular longe

   Não demorou muito e logo pensou na possibilidade de conseguir se aproximar de Helena e Victória por serem até agora as únicas a não estarem suspeitando de suas atitudes, logo foi conversar com Helena sobre André.

   — E o feitiço? Deu certo? - interrompeu Helena

   — O fluxo de energia do André está muito fraco e quase imperceptível, eu não estou conseguindo localizar a energia dele - diz nervosa

   — Helena eu posso ampliar a sua capacidade, se nós duas juntarmos nossas magias e com isso poderemos ampliar a nossa busca - sugiro estendendo a mão para ela

   Helena demora a responder, mas depois de muito demorar acaba aceitando a proposta de Eduarda, ambas buscam novamente por André e por fim sentem a energia de André.

   — Localizamos André - ambas dizem juntas

   — Bom! Nos passe onde ele está, vocês virão conosco - propõe um dos mais velhos do grupo, ele tinha cabelos em tons cinza

   — Por que quer nos levar?

   — Simplesmente por que não confiamos nas duas - diz apontando uma faca para elas

   — Está nos ameaçando com uma faca?

   — Tem noção que está falando com duas bruxas? - Eduarda responde ironicamente

   — OK então! Se não vão por bem iremos matar todos aqui - ele a encara sarcástico

   — Nós duas vamos com vocês, já que não temos outra escolha - diz séria, fazendo sinal para eles irem em frente.

   Seis homens acompanham os três em direção ao local onde André estava, eles entram na vã um a um e por último as duas bruxas

   — Se estiverem blefando iremos matar as duas - diz em um tom sério sentando-se próximo a elas

   — Tente a sorte bebê! Tente! Garantimos que faremos um estrago em você - faz uma longa pausa — Principalmente eu em sua mente

    — Para a sorte de vocês, eu não as matei ainda por que precisamos de vocês

   O silêncio paira sobre todos enquanto seguem viagem acompanhando as instruções de Helena e Eduarda.

   — Você acha que mesmo que encontrem André eles irão nos deixar partir? - Helena pergunta mentalmente para Eduarda

   — Mesmo que não deixem, temos que bolar um plano para conseguirmos fugir caso seja necessário - responde encarando Helena

   — E você já tem algum plano?

   — Por enquanto não, eu vou pensar num enquanto não chegamos no local onde André se encontra - olha rapidamente para o velho que as obrigou entrar na vã

   — Teremos que nos livrar dele? - pergunta curiosa com a suposta ideia de Eduarda

   — Provavelmente, mas só faremos isso se for preciso. . .

   Eles seguem viagem em busca de encontrar André. . .

  













Livro IV: Sob o Olhar do Alpha Onde histórias criam vida. Descubra agora