O Roubo do Grimório Milenar

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P. V. O. Narrador

   Todos perceberam que o Grimório Milenar havia sumido e o pior de tudo era saber que quem o roubo só poderia ser alguém de dentro da casa de Victoria, a desconfiança pairava no ar de tal modo que todos podiam sentir ela como algo palpável, o maior alvo dessas desconfianças era Manuel pois o teu sumiço durante o tempo que se transformou em lobisomem rompeu velhas certezas que existiam em relação a ele.

   — Até mesmo você Victoria desconfia de mim? — Manuel a questiona sério

   — Não, eu sei que você não tem a ver com o sumiço do livro, se não já teria dado no pé — diz convictamente, fazendo o mesmo olhar pra ela sorridente

   — Pelo menos alguém ainda confia em mim, mas Mauro e Helena pensam que eu possa ter pegado o livro e dado a Emilly pra ela se salvar — Manuel a encara profundamente

   — As coisas não são mais como antes, você realmente tem estado numa posição não tão agradável, mas espero que as coisas mudem pra você — seu tom sincero o faz se aproximar velozmente dela, sentia seu coração pulsar como da primeira vez que possuiu aquele corpo cheio de curvas que o seduziu

   — Eu sei que não são mais como antes, eu queria que fossem melhores, mas não tem jeito mesmo — diz tentando conter o desejo que tomava conta de si naquele momento

   Algumas horas antes. . . .

   O cair da noite mesclado com a chuva repentina que caia sobre os telhados da cidade fez com que todos na casa de Victoria caíssem no sono, todos menos Eduarda que estava pensativa se realmente valeria a pena fazer o que estava há dias se preparando para fazer, roubar o Grimório e o levar para um local onde pudesse estudar seus poderes, estava disposta a chegar ao limite pra finalmente se ver livre dos indesejáveis dos Goulart e com isso salvar a própria pele.

   Andando vagarosamente por entre os cômodos da casa, parecia um lince se preparando para o bote perfeito na presa que há tempos estava se ajeitando na posição certa para o ataque, a cada passo que dava seu coração pulava exasperado no peito, pois se fosse flagrada roubando o Grimório não poderia fazer muita coisa além de fugir.  Assim que chegou de frente da grande porta dourada que a separava de sua salvação, levantou as mãos totalmente trêmulas e suadas até a maçaneta e vagarosamente tentou abrir a porta, porém a mesma estava trancada

   — Óbvio que esteja trancada sua tonta — diz enfiando a mão na testa

   Rapidamente olha para os lados com medo de que tenha falado isso alto demais, mas ao ver que não tinha ninguém por perto e som estranho nenhum foi ouvido continuou com o seu propósito, usou seus poderes telecinéticos e conseguiu abrir a porta. Rapidamente foi ao centro da sala e encarou o grande altar que estava diante dela com o Grimório aberto, não esperou um segundo se quer e pegou o livro fugindo dali com ele.

   — Me desculpem! Eu não tenho escolha — encara a escadaria a sua frente e rapidamente corre até a porta da sala

   Não tardou muito e ela irrompeu pela sala ao empurrar a porta com seus poderes. . . . .  .

   Horas depois. . . . . .

   Manuel tentou se afastar de Victoria, mas ela se aproximou dele rapidamente.

   — Victoria não podemos começar o que você está pensando! — diz em tom repreensivo e triste ao mesmo tempo

   — Manuel há tempos venho tentando me conter — seu tom saiu tomado de tristeza e desespero

   — Tô vendo mesmo, correu para os braços de Rogério — se afasta dela rapidamente, mas ela o puxa pelo braço

   — Não jogue indireta, eu fiquei com o Rogério por que queria tirar você da cabeça. . . — antes que ela continuasse ele a interrompe

   — Não há justificativa pra isso

   Victoria não resiste e puxa Manuel com toda a sua força beijando-o com grande intensidade, Manuel não a afastou, apenas desceu as mãos até a cintura dela e a puxou para mais perto de si. Os dois sentiram o desejo inundar ambos os corpos

   — Melhor não continuarmos, alguém pode se arrepender depois — Manuel diz acariciando o rosto de Victória

   Assim que ele sai Victória leve os dedos a boca e fecha os olhos lembrando-se do beijo que teve com Manuel, e também com isso sentiu o desejo novamente vir a tona ao lembrar-se dos prazeres que teve com Manuel anos atrás. Descendo a mao por seu corpo e se entregando ao prazer, pois essa era a única forma de sentir o prazer que Manuel te provocava no passado.

   Voltar a ter Manuel dentro de si se tornou um objetivo que ela iria alcançar, mesmo correndo riscos estava disposta a se arriscar por prazer novamente, assim que terminou de se masturbar caminhou devagar até o quarto de Manuel, pois sabia que ele estaria lá para arrumar as coisas pra ir embora dali, pois não estava se sentindo disposto ali dentro. . .
  

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⏰ Última atualização: Aug 19, 2018 ⏰

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