No dia seguinte eu acordei com zero disposição para ir à faculdade. Minha cabeça doía um pouco e tinha alguns pontos estratégicos do meu corpo que doiam também, esses por conta de Tiago e seu jeito maluco de fazer sexo.
Tateei a cama a procura dele, mas o lugar onde ele dormia estava vazio. Peguei seu travesseiro e apertei junto a mim sentindo o cheiro de seu perfume amadeirado.
Assim que criei coragem levantei da cama e fui tomar um banho gelado. Depois do banho coloquei uma roupa qualquer que tinha no armário e fui na cozinha procurar um remédio.
Chegando perto do cômodo eu senti um cheiro de queimado. Imaginei que Tiago tinha deixado algo ligado antes de sair e que a casa estava em chamas.
Sai correndo e quase tomei um susto quando vi ele tentando tirar um pão queimado da misteira. Tinha uma água quase secando no fogão, acredito que para fazer o café. Tinha uma coisa encima da mesa também, acho que era um bolo.
– Precisando de ajuda? – perguntei escorando no balcão.
Ele virou para trás e me mostrou um pão mais do que queimado.
– Espero que goste de pão bem passado. – foi inevitável não rir dele, o jeito como olhava do pão para mim. – Não é pra rir. Essa coisa queima tudo que a gente coloca dentro.
Ele apontou para a misteira e jogou o pão no lixo. Me aproximei dele.
– Essa coisa não queima tudo que você coloque ai. Só queima se você não souber usar... O que é seu caso. – Passei a mão no cabelo dele para tirar um pedaço de pão que tinha ali. – Porque não me acordou? Pra fazer o café.
Ele tirou minha mão de seu cabelo e a fez passar por de trás da sua cabeça, me puxando para mais perto.
– Queria fazer uma surpresa.
– Não deu muito certo, né!? – eu disse saindo de perto dele. – Vou tomar café na faculdade mesmo. Já tô meio atrasado.
Quando eu ia saindo Tiago me parou pelo braço e me fez voltar.
– Vou te levar hoje. – apenas concordei com a cabeça e já ia saindo de novo quando mais uma vez ele me puxou. – Acho que você está se esquecendo de algo. – e me deu um beijo quente, daqueles que são capazes de te esquentar em um dia frio de inverno.
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– O que acha de um jantar hoje? – Tiago perguntou quando parava o carro na entrada da faculdade.
– Não sei. Não gosto muito de restaurantes... Que tal uma pizza em casa mesmo? – peguei minha mochila no banco de trás e abri a porta. – Aliás, quero pastelão. Daqueles de feira. Vê se acha em algum lugar pra comprar. Uns 4 da pra mim. – Sai do carro e entrei no prédio.
Antes de começar a aula eu fiquei parado em frente ao balcão, sozinho. Os outros alunos estavam atrasados. Pensei em como Tiago havia mudado, foi de água à vinho em questão de dias. Se continuasse assim eu não reclamaria, estava disposto a deixar tudo para trás.
Assim que a aula acabou eu recebi uma mensagem de Rodrigo, Um convite para almoçar. Na mensagens dizia que era urgente e que deveria ser hoje. Estranhei aquele tipo de sms e decidi ir almoçar com ele.
"Na mesma pastelaria que nos reencontramos." dizia a mensagem.
Liguei para um taxista já conhecido e aguardei na frente da faculdade. Alguns minutos depois Beto encostou o carro perto de mim.
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O Monstro (Romance Gay)
Storie d'amorePode o amor superar tudo? Até o pior dos monstros?