Justin Bieber POV:
Apesar de me sentir esgotado, estava tranquilo. Haden sairia do May Petterson em breve e não seria nenhum tipo de Justin, quero dizer um peso para os malditos responsáveis por esse orfanato. Hylda havia feito muita coisa por mim quando resolveu me manter aqui, mas o fato de precisar de alguém me vigiando era perturbador pra mim. Eu cresci aqui e todos eles assistiram isso. Vi funcionários e crianças entrarem e saírem desse lugar tanto quanto a própria Hylda. Eles sabem quem eu sou. Sabem que eu nunca faria nada pra prejudicar ninguém dentro desse inferno.
Talvez agora não sabem mais. Mas não importa. Haden e eu vamos sair. Ele vai ter uma vida melhor, na verdade ele vai ter uma vida. Já eu, bem, não faço a mínima ideia do que vai acontecer comigo.
—Onde está a porra do meu lápis?
Resmunguei olhando a cama a minha frente. Encarei o caderno em meu colo. O desenho do que eu me lembrava da casa da Morgan estava quase pronto. Só precisava de alguns ajustes.
Por que eu desenhei a casa da Morgan? Bem, se a minha teoria de que Claire Watters mora perto da Morgan estiver certa, isso ridícula e pateticamente seria o meu mapa.
—O que você disse? —Haden parou a minha frente com os olhos arregalados. —Não pode ficar falando essas coisas.
—Eu sei pai. E nem você.
Brinquei enquanto ele observava o caderno em meu colo.
—Já tem dois lápis aqui Justin.
—Preciso de outro.
—É tudo lápis!
—Não é. Uns são mais fortes que os outros. Deixa o desenho diferente.
—Que casa é essa?
—Uma casa que eu fui quando sai.
—Não vai sair de novo, não é?
—Talvez, dessa vez quem saia seja você.
Apertei de leve seu nariz.
—Eu?
—Sim.
—Mas você vai comigo?
—Depois conversamos. Agora você precisa ir estudar.
—Depois e depois. Você só fala isso. —Reclamou pegando a mochila em sua cama. —Quando eu voltar...
—Conversamos, senhor rabugento.
O respondi antes que ele continuasse. A porta se fechou em suas costas me deixando sozinho. Suspirei jogando o caderno de lado. Não iria consegui passar a tarde lendo como costumava fazer. Tudo estava mais chato.
O que a Barbra pode estar fazendo agora? Talvez naquele quarto se pegando com o Chaz. E eu aqui. Que merda. Quanto tempo já havia passado? Passei as mãos já suadas por minha calça. E acabei me lembrando daquele maldito dia. Ah merda, as mãos dela me apertando e me dando uma das melhores coisas que senti. Talvez não sinta aquilo nunca mais. Mas uma vez ela me disse que eu poderia tentar, usar as mãos. Não deve ser a mesma coisa. Mas não vou perder nada se tentar. Desci a mão esquerda por dentro da minha calça achando meu membro já meio rígido por entre minhas pernas. Arfei me recostando na cabeceira. Mas ao olhar ao redor me senti meio, nervoso e culpado. E se alguém entrasse e me pegasse? Seria horrível. Não seria nada bom. Talvez fosse melhor voltar aos velhos hábitos. Levantei pegando minha toalha e fui ao banheiro. Tirei as roupas abrindo a porta e liguei o chuveiro deixando água gelada cair em meu corpo. Merda. As coisas estão realmente ruins. Eu não tenho a mínima ideia do que vão fazer comigo. Talvez eu não vá mais pra orfanato nenhum. E se eu tiver que me virar? Arranjar um emprego, e ter que ter a minha própria casa. Talvez não seja tão ruim assim, mas, o que sei fazer? Onde eu trabalharia? A única coisa que eu sei fazer é, tocar piano e desenhar. Talvez eu pudesse trabalhar com isso. E poderia até adotar o Ad quando começasse a ganhar dinheiro.
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Us Against The World
FanfictionMay Petterson, um orfanato para meninos, abrigava um cujo qualquer expectativa de melhoras em seu futuro havia sido aniquilada. A esperança de ser adotado já havia sido esgotada do generoso, porém solitário, Justin. Se já não bastasse todo o vazio e...