Sol de Inverno POSTADO ATÉ O CAPÍTULO 15

Capítulo 1 POSTADO ATÉ O CAPÍTULO 15

POSTADO ATÉ O CAPÍTULO 15

Espero que tenha ficado bem claro o cronograma e tempo suficiente para todos conseguirem ler ele na íntegra, ou avisar as amigas.

Jonathan olhou para o relógio do celular e percebeu que tinha poucos minutos para resolver aquela situação toda. Uma dor de cabeça estava começando a se instalar e ele ainda tinha que aguentar uma sala de aula cheia de alunos, que burlavam a noção de higiene básica e a atenção deles mais voltada para uma formiga na parede do que no que ele falava.

Entrou na livraria do shopping, onde havia passado para comprar o presente de aniversário do seu sobrinho e atacou a primeira atendente que parou na sua frente.

- Em que posso ajudar, senhor. - A guria lhe recebeu com um sorriso bonito, mas Jonathan não estava interessado nele.

- Comprei um livro e veio faltando páginas. - Disse sem rodeios e sem prestar muita atenção na fisionomia da atendente em questão. Todas elas eram iguais, pensou Jonathan, estavam ali para ajudarem a resolver os problemas como aqueles.

- Eu imagino que seja esse livro, não é? - Ela apontou para uma pilha em destaque no meio da livraria.

- Sim, esse mesmo. Olha, estou com um pouco de pressa, será que....

Deixou subentendido que precisava sair dali com certa urgência, e ele estava impaciente. Ambientes lotados o deixava daquela forma. Por isso que cada vez mais estava optando a comprar coisas pela internet. Santa invenção que estava cada vez mais tomando conta da vida das pessoas antissociais como Jonathan. Não precisavam sair de casa para fazer certas coisas. Ele tinha grandes esperanças que a tecnologia chegasse a um ponto onde tudo era feito de dentro de casa, sem ter que depender de outras pessoas.

Depender era uma coisa que Jonathan abominava. Gostava de fazer tudo sozinho e sem ter que contar com ninguém.

- Eu entendo, senhor. Estamos com muitas reclamações sobre a edição que chegou. O senhor não é o primeiro hoje. Só preciso da nota fiscal e seu documento. O procedimento que nos informaram era de recolher os livros e manda-los para a editora novamente. Em poucos dias nos mandarão os exemplares corrigidos e....

- Dias? - Jonathan cortou a funcionária. - Moça, preciso resolver isso hoje! - Ele se recusaria a voltar àquela livraria.

- Desculpe, mas....

Jonathan revirou os olhos e sua dor de cabeça estava aumentando consideravelmente. Ótimo, agora teria que passar em uma farmácia e comprar medicamento para amenizar, ou não aguentaria dar aula.

A atendente hesitou. Jonathan nem percebeu a presença ao longe do gerente a observando.

- Simplesmente não posso pegar outra coisa e sair daqui o mais rápido possível?

A funcionária da livraria mexeu, milimetricamente, a cabeça indicando um não. Aquela era a quinta troca que faria àquela tarde. E pelas contas do pessoal do estoque, ainda haveria muitas nos próximos dias. Tudo por um erro na impressão da nova edição do livro. O controle de qualidade daquela editora não era muito confiável.

Jonathan xingou baixinho, mas a jovem não era tão surda e ruborizou de leve, um pouco envergonhada. Jonathan não era muito de xingar, havia aprendido com o seu pai a fazer isso, e não gostava de nenhum pouco. Mas ele estava chegando no seu limite.

Enfiou a mão no bolso e tirou a sua carteira, onde entregou a nota fiscal do livro e sua habilitação. A moça foi até o computador mais próximo, digitou alguma coisa no computador e entregou novamente a Jonathan. Ele a pegou, com uma certa agressividade excessiva e não hesitou em pegar um lenço úmido do seu bolso, limpar o documento e guarda-lo. Novamente não percebeu as feições da jovem atendente ao ver aquilo. Ele estava trabalhando desde às oito da manhã, não tivera nem quinze minutos para engolir o sanduiche amassado que estava na sua mochila, mas não acreditava que estava tão suja a ponto de um cliente precisar limpar o documento na sua frente. Ela esperava que o gerente não tivesse visto o que o cliente fez. Precisava demais daquele emprego.