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Leiam as notas finais e votem no capítulo

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Diante da preocupação de Jimin quanto à febre persistente de Kwan, ele e Yoongi acabaram indo até a clínica médica com a criança. A princípio a doutora aparentou estar um pouco perdida, pelo fato da febre ter sido inusitada, segundo os relatos iniciais, mas logo ela se deu conta de que Kwan tinha um comum caso de febre emocional.

Ela explicou aos dois que o aumento de temperatura indica que algo não estava bem no seu corpo, geralmente as pessoas associam isso a doenças físicas, mas a inquietação emocional, gerada pelo acúmulo de problemas, também pode causar esses efeitos no corpo. As doenças da mente se manifestam com frequência no físico, mas os sinais são mal interpretados às vezes.

Ela orientou que eles deveriam tentar controlar a temperatura com banhos em temperatura ambiente, nada gelado e nem quente, podendo fazer o uso de paninhos úmidos. A medicação era para casos em que nenhuma das alternativas anteriores funcionassem, recomendando também a busca por profissionais da Psicologia e Psiquiatria.

Antes de liberá-los, administrou um antitérmico, que resolveria aquela febre e garantiu que tudo ficaria bem. Aparentemente, esse quadro afetava muito as crianças, principalmente as que tinham muitas atividades, ou que passavam por mudanças drásticas de vida, além de perdas significativas. Yoongi e Jimin se sentiram culpados por acharem que eram os responsáveis por aquilo, mesmo que não tivessem falado em voz alta.

De volta para casa, eles optaram por banhar Kwan rapidamente e colocá-lo na cama, saindo do cômodo, mas deixando a porta entreaberta. Jimin encostou na parede contrária a porta e suspirou, antes de pegar o telefone, mas o que iria fazer foi interrompido pela fala de Yoongi.

— Jimin, a febre já está passando, agora ele está de banho tomado e dormindo tranquilamente, sei que tinha algo programado para hoje, pode ir sem problemas. Cuidarei bem dele e, se algo acontecer, te ligo imediatamente. — tentou pela última vez argumentar, mas a verdade é que ele não queria que Jimin fosse, ao mesmo tempo gostaria de vê-lo feliz. — É sua folga, por favor vá se distrair um pouco!

— Yoongi, eu não vou conseguir me divertir e nem me concentrar. Ele passou a tarde inteira molinho, melhorou quase agora. E se a temperatura subir demais de repente? — questionou cruzando os braços. — A senhora Yang-mi não está aqui para te ajudar e os tios dele também não, seu pais estão há alguns minutos de distância. E se você ficar aperreado e se perder?

A verdade é que Jimin já havia perdido a vontade de sair com Jong-suk, desde o momento em que sentou na cama e participou do mini café da manhã em família, aquela era a realidade que ele queria. O fato de Kwan ter adoecido foi só mais um motivo para querer ficar. Ao mesmo tempo, se sentia culpado por não poder corresponder às expectativas de Jong-suk, mas tentaria explicá-lo a situação depois, principalmente porque era assim que se sentia bem, conversando as coisas.

— Assim você me deixa triste, Jimin-ah, está lembrado que ele é meu filho também e eu estava no consultório? — exclamou soando chateado. — Se houver algo que eu não saiba como fazer, te ligo imediatamente, mas peço que vá por favor!

Realmente Yoongi tinha um ponto, ele era pai de Kwan e, do seu próprio jeito, cuidou do filho muito mais tempo que Jimin, que era apenas o babá, mas estava tratando toda a situação como se tivesse algum direito sobre.

— Por que você quer tanto assim que saia com outra pessoa? — questionou com os olhos pesarosos, sentindo tristeza por saber que aquilo significava que seus desejos mais internos jamais seriam realidade.

— Porque sim! — Yoongi respondeu sem olhá-lo, só depois percebendo a dor refletida nos olhos dele. — Mas que porra... — exclamou ao se dar conta de que ele era quem estava jogando Jimin nos braços de Jong-suk, mais uma vez.

Redemption (Obra sendo Revisada/Reescrita)Onde histórias criam vida. Descubra agora