Capítulo 12

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-- Você disse falsas? - recobrando sua normalidade – Mas como assim falsas?

-- Como assim falsas? Ora só existe um jeito de qualquer coisa ser falsa, quando não são verdadeiras. Eu mandei que fossem feitas réplicas perfeitas das peças roubadas através dos catálogos dos museus. Das poucas peças que não foram roubadas "as adagas do imperador" ou como são conhecidas atualmente "as irmãs da morte" são as cópias mais perfeitas que se poderia conseguir, depois disso as enviei ao Brasil para um conhecido, dando instruções para que só as entregassem para nosso pai...

-- E nem por um minuto pensou que nossos pais corriam risco? – perguntou insatisfeito com o que ouvia.

-- Desconfiamos que haja um espião dentro da equipe, ainda não sabemos quem; desconfiei que atacariam na rodovia, não esperávamos que o roubo fosse feito no metrô e mesmo assim por segurança coloquei dois homens seguindo nossos pais, mas a maior parte da equipe esperava pegar os bandidos na rodovia.

-- Quer dizer que agora nosso pai está morto e nós em perigo. Sim, pois quando os bandidos notarem que foram enganados, vão querer as facas verdadeiras, não acha? E por falar nisso onde elas estão? Digo as verdadeiras amaldiçoadas?

-- Primeiramente não são amaldiçoadas e segundo isso por enquanto é meu segredo.

-- Exijo que diga, pois se estiverem com você vai tirá-las daqui, não quero nossa mãe e nem a mim mesmo correndo risco de morrer no meio da noite com o pescoço cortado ou com o coração atravessado.

-- Desisto de você. Bem o que importa agora é que teremos de trabalhar rápido antes que toda a história vaze para a imprensa.

-- Você quer dizer que vai atrás desses assassinos?

-- Eu não, nós! Você conhece melhor tudo aqui ou se esquece de que há muito tempo não piso nesse País.

-- Até ajudo você mais com a condição de não ser sua secretária, não anoto nada nem carrego suas coisas, certo?

-- Teremos que arranjar alguém para fazer isso então.

-- E por onde pretende começar?

-- Hoje pela manhã estive com amigos do nosso pai, eles me deram a ficha de um dono de restaurante num bairro nobre da cidade chamado Campolim.

-- E o que tem um dono de restaurante a ver com o caso?

-- Nada além de o restaurante ser uma construção luxuosa, num terreno alugado e uma clientela bem pequena.

-- O cara não pode simplesmente ser um milionário jogando dinheiro fora?

-- Poderia, mas não é o caso, receberam a informação de que ele estava tratando de algo um tanto suspeito pode ser que tenha alguma ligação com o caso. A fonte da informação é segura e eles me pediram para averiguar isso.

-- Mais alguma coisa? - perguntou curioso.

-- Teremos que passar na delegacia quando estivermos voltando, pedi a ficha policial de uma pessoa e o Cap. Responsável dificultou o acesso e só agora a tarde vão liberar. Provavelmente só amanhã poderemos fazer essa visita, por enquanto vamos nos concentrar no ... - parou ao ver a empregada subir a escada – Já vai acordá-la? - perguntou Andrew.

-- Sim Sr., em 5 minutos o almoço estará na mesa – respondeu eficiente.

-- Obrigado, vamos nos preparar e já descemos. Faça-me um favor de preparar um prato para mais tarde. Albert não consegue se habituar rapidamente com fusos horários.

A maldição das irmãs da morte.Onde histórias criam vida. Descubra agora