A maldição das irmãs da morte.

Capítulo 13

Edward sentou-se e olhou para o lado, haviam dois homens trajados de terno a umas três mesas da sua. De todas as vezes que esteve ali nunca havia visto tipos como aqueles, eram advogados ou executivos em um restaurante de beira de estrada.

Tomou um gole de seu uísque e olhou o relógio: 3 para as 22:00h . "Onde está aquele quatro olhos do inferno" - pensou consigo – Começou a analisar o local e logo parou quando viu uma cliente ao fundo do salão, outra novidade ali; uma mulher naquele local era até mais raras que aqueles homens. Não era linda, mas recebia sempre um segundo olhar do sexo oposto com sinais de aprovação, ao notar que era observada baixou a cabeça como que envergonhada, dando assim para Edward mais vontade de conhecê-la, arrastando sua cadeira para trás, apoiou os braços para levantar, mas parou ao ouvir a voz que menos queria naquele momento.

-- Desculpe-me pela demora Sr. Edward, mas tive que refazer parte da agenda de compromissos do Sr. Lúcio após a ligação do Sr. - falava com olhar de poucos amigos por trás das lentes, talvez a lembrança do sermão que recebeu por culpa de Edward ou talvez somente por antipatia – Ele não anda contente com as últimas notícias sabia? - ameaçava um riso no canto dos lábios.

-- O que quer dizer com isso? - titubeou levemente.

-- Diga-se de passagem, que ele achou que sendo o filho do capitão de polícia seriam contornados facilmente e as suspeitas contra você.

-- Isso não tem lá muita lógica, ainda mais que meu pai era um exemplo entre os outros policiais, ele seria o primeiro a me condenar se eu cometesse algum deslize.

-- Bem, Sr. Lúcio achou que você havia dado um jeito nisso, afinal é tão fácil encontrar maus policiais hoje em dia.

-- E agora o que vamos fazer? - estava um pouco abalado.

-- Bem Sr. Lúcio dará um jeito de tirar o próprio nome desse negócio e, diga-se de passagem ele é bom nisso.

-- Mas e o que eu faço?

-- Sugiro que dê um jeito de fazer com que tudo saia como o combinado no início, pois Sr. Lúcio odeia perder dinheiro e colocar seu nome em evidência, faça isso senão...

-- Senão? Vamos fale logo se tem outro jeito de resolver isso.

-- Senão trate de sumir ou tratarão de sumir com você, como já disse Sr. Lúcio não quer se sujar com esse negócio.

-- Preciso de um tempo para conseguir arrumar as coisas. Quanto tempo acha que ele espera?

-- Ele sabia que pediria um tempo e por gostar de você lhe deu uma semana.

-- Uma semana? Não existe a menor chance de conseguir, preciso de um plano novo e sem erros dessa vez.

-- Desejo que consiga logo, desejo muito mesmo que consiga Sr. Edward.

-- Ah! Deseja? Porque iria você querer me ver bem depois de tudo que ouve? Está estampado na sua cara que me odeia – explodiu perante o sarcasmo do secretário.

-- Me desculpe, mas falo sério quando digo isso, pelo simples fato de eu mesmo ter intermediado esse negócio todo e com certeza serei eu que terei de encontrá-lo caso resolva desaparecer.

-- Ah! Então é por isso, caso contrario gostaria que eu me ferrasse – estava mais irritado.

-- Perdoe-me, mas cada um sabe onde seu calo aperta, concorda? - levantou-se estendendo a mão – Até mais Sr. Edward, nos vemos em uma semana.