Capítulo 14

36 2 4
                                    

Eram 6:30hs da manhã quando o despertador de Edward tocou, pulou da cama rapidamente, tinha que falar com seu irmão cedo, caso ele resolvesse sair. Deu uma péssima escovada nos dentes, passou um pouco de água no rosto e desceu correndo os degraus da escada e a passos largos chegou à cozinha, parou aliviado ao ver que Andrew ainda estava começando seu café da manhã.

-- Vejo que resolveu me acompanhar no café.

Albert puxou uma cadeira antes que Edward sequer falasse.

-- Traga um pouco mais de leite, Albert – e voltando-se para Edward disse – O que você quer?

-- Gostaria de saber por que cargas d água você acha que quero alguma coisa? - respondeu titubeante.

-- Diga-se de passagem, que o conheço suficientemente bem para saber que você não levantaria de sua cama as 06h30min depois de ter chego mais ou menos a 01h00min da manhã, e ainda escovou os dentes e lavou o rosto às pressas para me encontrar antes de eu resolver sair – olhou para Edward e continuou – Eu não vou acreditar que fez tudo isso para me dar a honra de sua presença na mesa do café.

-- E o que leva o Sr. Sherlock Holmes dizer esse monte de besteiras? - desafiou Edward, tirando sarro.

-- Bem, bem tudo é muito elementar meu caro irmão – aceitou a brincadeira – É tudo uma questão de observação.

-- Como pode ter observado que cheguei mais ou menos 01h00min da manhã, se todos dormiam quando cheguei e não acendi nenhuma luz e evitei qualquer barulho ao passar na porta de seu quarto? E como pode saber tudo o mais que disse se já estava aqui tomando seu café?

-- Bem você se engana ao dizer que todos dormiam, eu havia acabado de me deitar, pois tinha ficado arrumando o escritório e perdi a hora, concordo que não fez nenhum barulho na minha porta, mas derrubou um pé de tênis na porta do escritório, tênis que havia tirado para fazer menos barulho ao caminhar, a marca que deixou na porta estava muito alta para ser um esbarrão que se encontra nas paredes normalmente a no máximo 20 cm do chão.

-- É possível, mais pode ter sido outra coisa, não pode?

-- Acho difícil dizer que tenha sido.

-- Mas e o resto do que disse como pode ter tanta certeza? – falava desafiante, mas com falsa coragem.

-- Bem, vou ser rápido, afinal gosto do meu café ainda quente.

Edward se assustou ao ver um bule cheio de leite quente a sua frente, sem ter visto ou ouvido a aproximação de Albert.

-- Mais alguma coisa Sr.? - era a única frase que Edward conseguia entender quando Albert falava.

-- Não Albert, obrigado.

Esperou que saísse e continuou.

-- Bem, como eu dizia vou ser breve. Sei que acordou às 6:30hs porque todos ouvirão seu despertador, sei que escovou os dentes as pressas pois deixou escorrer creme dental até o queixo e finalmente sei que lavou o rosto também as pressas pois a creme dental ainda está no seu queixo e para confirmar a péssima higiene no seu rosto – aproximou mais a cadeira e baixou a voz – Tem uma melequinha pelo lado interno de ambos de seus olhos.

Edward esfregou os olhos enrubescido e desistiu derrotado.

-- E então? - perguntou Andrew enquanto passava manteiga no pão.

-- Então o que? - perguntou Edward ainda perdido.

-- Você vai falar o motivo que lhe tirou dos braços de Morpheu e te colocou aqui na minha frente ou vou ter de adivinhar também?

A maldição das irmãs da morte.Onde histórias criam vida. Descubra agora