Num momento em que sentimos que não precisamos de alguém e estamos sozinhos, pensamentos aleatórios invadem a nossa mente, sentimos que nada faz sentido e que até aquilo que te levante pode te deixar cair, assim sentimos quando temos a necessidade de ter alguém para nos apoiar como uma muleta, alguém que vai nos ver a chorar e mesmo assim conseguir olhar para o nosso potencial, a quantos dias andamos? Não sei, só sei que me apetece andar por Belém sem paradeiro e sem rede, me apetece olhar para o céu e sentir que a minha companhia é necessária para sentir a tua falta, tu, alguém que ainda não cruzou o meu caminho, amor desconhecido, último ponto da linha da felicidade, acredito que para chegares tenho que cair mais e me afundar para quando não puder mais me dares a mão ou não? ou é uma mera esperança de alguém que vai chegar e não mudar a estação no meu estômago para aparecerem as inesperadas borboletas, senti-me à beira do rio e sinto a brisa em mim, brisa que um dia quero sentir ao pé de ti, desconhecido amor que me completa e que me enche de vida ao ter esperança de um dia encontrar.
Se desse eu iria até o fim do dia, o por do sol eu via só para te beijar, e sentir que posso e contigo consigo tudo aquilo que consigo e que de bandeja não me vais dar, contigo quero estar viva e não iludida navegar no amor e não ter fim, só quero que um dia olhe para os teus olhos e sinta a vontade de te ter ao meu lado, com dor dentro de mim e cheia de amarguras consigo dizer que te preciso, mas amanhã acordo e sinto a contrariedade em mim de não precisar de ti para estar bem, então eu te digo se eu fosse um labirinto por favor luta para não sair, encontra estabilidade e amor de verdade que o meu coração consegue dar, mas de momento eu sinto um aperto que tenho que melhorar por no final, só quero sentir aquilo que não vivi e sentir contigo que posso viver mais.
E por fim, são 4 da manhã e tudo não passou de uma imaginação, se pudesse realmente ter alguém ao meu lado eu juro que não escolhia essa solidão.