𝑡𝑖𝑙𝑙 𝑎𝑙𝑙 𝑚𝑦 𝑠𝑙𝑒𝑒𝑣𝑒𝑠 𝑎𝑟𝑒 𝑠𝑡𝑎𝑖𝑛𝑒𝑑 𝑟𝑒𝑑

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Olá.

Esse capítulo foi revisado por uma pessoa - eu - que caía de sono ás três e quarenta da manhã. Me perdoem se conter algum erro.

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Segunda, 25 de Dezembro.

O relógio ao lado da cama marcou dez e quarenta e cinco da manhã quando Liam sentiu um peso aquecer suas costas nuas. Remexeu-se debilmente, tateando através dos lençóis o corpo que estaria ao seu lado, mas o frio tocou seus dedos e, antes que o escritor pudesse se questionar, sentiu a pele do rosto arder com beliscões.

Hammy – o homem murmurou meio sonolento quando reconheceu a risada do afilhado ao pé de seu ouvido, fazendo-o sorrir junto com o beijo de bom dia que recebeu no rosto. – Bom dia para você também, agora me deixe dormir.

Charlie não lhe disse nada, apenas desceu de suas costas para o colchão e pulou sobre ele, ainda rindo, fazendo com que seu primo mais velho bufasse alto e puxasse o edredom até que cobrisse a cabeça.

Payne inspirou, não iria ser impaciente, principalmente com uma criança como Charlie. Apenas engoliu a seco a vontade de gritar e virou na cama, caindo para fora dela enrolado ao edredom.

— Ai...

— Pense muito antes de querer ter filhos, porque é dessa maneira que você irá acordar todos os dias.

Ouviu a risadinha divertida de sua mãe atrás da voz melodiosa de Patricia.

— Por que invadiram o meu quarto? – o maior tentou disfarçar o humor em sua voz, porque ele sabia que a presença daquelas mulheres anulavam sua frustração, como elas também reconheciam os poderes que tinham sobre ele.

— Porquê são quase onze horas da manhã e o preguiçoso está dormindo. – Retrucou Marta, puxando o edredom que cobria o corpo do mais novo.

— Não, ainda é muito cedo. – Liam se levantou, relaxando os ombros e chutando os sapatos pelo caminho – costumo acordar as duas da tarde em feriados e finais de semana. As dez é só durante a semana, porque sou obrigado a tocar a minha editora – coçou o peito nu, ainda chutando os sapatos.

— Nós vamos trocar presentes, então deixe de birra. – Trisha mostrou língua para o sobrinho após ele fazer o mesmo. Pegou o filho no colo e jogou os cabelos longos do mesmo para trás com a mão. – E Hannah e a noiva do seu primo querem falar com você, elas parecem apaixonadas por você.   

— Diga a elas que sou gay... e que morri.

— Liam...

— Não, mãe. Não vou descer, eu dei os meus presentes para quem merecia ontem, e vocês pareceram bem satisfeitos com eles. – O homem caminhou até uma das malas sobre o sofá, pegando uma muda de roupas e sua escova de dentes. – E voltarei para Nova Iorque ainda essa tarde.  

— Você não irá voltar para Nova Iorque essa tarde, eu cancelei o seu voo. – Marta acariciou o colar de um floco de neve delicado banhado a ouro branco e com cristais azuis, pousado sobre o peito. Havia ganhado de presente do filho noite passada, e ainda podia sentir o nó na garganta e os olhos arderem - amava mais que tudo o inverno, e Liam sempre havia reparado muito bem em seus gostos. – Você vai passar a semana aqui, e só irá embora depois do réveillon.

— Nunca achei que eu diria isso, mas mãe; a senhora acabou de partir o meu coração. – Liam formou um bico e pousou a mão sobre o peito de forma dramática. – A senhora me odeia, só pode ser isso. Eu tenho um prazo para terminar o meu livro... e eu ainda não terminei.

— E o que te impede de terminar aqui? –  a mais velha retrucou, cruzando os braços e erguendo as sobrancelhas para o primogênito que se segurou para revirar os olhos – chega de drama, Liam. Você não tem mais dez anos. – Ela se aproximou do filho e lhe deu um beijo no queixo – e vista o suéter.

「a.té o fim do ano」+ ziam. au!shotficOnde histórias criam vida. Descubra agora