Prólogo - 2 parte

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E aí estão ansiosas para saber tudo que aconteceu?

comentem, e deem minhas estrelas, não custa nada.

Essa parte é a mais triste , acho que vamos entender muita coisa agora .

*****

Minha mãe chegou e eu vi como uma mulher verdadeiramente russa funciona quando está sobre estresse. Contida e sem sorrir. Nos anos passados, quando eu era um garoto ela sempre quebrou aquele ditado que diz: um sorriso desnecessário é um atitude tola. Na Rússia, existe esse tipo de merda, e o pior, pessoas que realmente acreditam. Cresci com uma mulher animada, que ria de tudo e sempre vivia para o amor. Prova disso sou eu e minha irmã mas então, eu a conhecia e por mais que ela tentasse manter as emoções controladas, era o seu olhar que traia seu estado.

Pude ver claramente que ela estava apavorada, a forma como me tocava transmitia o desespero mudo que ela sentia.

― Filho...

O simples chamado me dizendo tudo que seus lábios não eram capazes. Apertei suas mãos, sorri de lado na tentativa de segurar a emoção. Não era para estarmos naquele lugar.

― A senhora sabe que vaso ruim não quebra não é? ― Seus olhos negros foram alagando de lágrimas. ― Mãe, eu sobrevivi a Roman, lembra que eu tentei rouba-lo? ― Acenou, fungando. ― E lá estava aquele gigante, todo tatuado me erguendo pelo pescoço. Sabe o que ele me disse: Que eu tinha culhões e merecia respeito. Eu vou sobreviver. É só um pequeno probleminha de nada.

Era o que eu esperava, fiz os exames, todos eles inclusive a biopsia e estava esperando os resultados.

― Onde estão as meninas?

― Lá fora, eu não sabia se você queria vê-las então...

― Como não? Eu adoro aquelas duas pestes. Mande-as entrar.

Ela não se mexeu. Não parou de me tocar, tentando checar temperatura, se o lençol estava bem colocado, o travesseiro confortável.

― Mãe, traga as meninas aqui.

― Não consigo te deixar, não sabe como foi horrível sair para buscar Annya e Lara. ― Tocou meu rosto. ― Filho, eu queria tanto trocar de lugar com você. Não te quero aqui, tampouco nessa cama sendo cutucado o tempo todo.

― Mãe, eu sou forte, posso passar por tudo. Vamos lá, chame as meninas para mim.

― Certo, mas eu vou ficar. ― Decretou, concordei e ela foi até a porta, antes de sair me olhou. ― Você é meu único filho homem, meu amor. Sofri durante muitos anos longe de você, não posso ficar nem mais um minuto afastada.

Soprei um beijo e ela saiu. Instantes depois, um furação ruivo e outro moreno adentraram correndo.

― Cuidado com ele! ― Minha mãe grunhiu mas elas jogaram os braços a minha volta.

Ambas choravam intensamente.

― Eu pensei que você tinha morrido! ― Lara me olhou, os olhos lindíssimos cheios de lagrimas. ― A tia Anastásia falou que você estava no hospital e eu pensei pior.

― Esse é o se problema pirralha. ― Agitei seu cabelo e ela fez um bico, chorando ainda mais.

― Você não pode morrer entendeu? Eu te mato!

― Assim fica difícil, de todo jeito eu morro. ― Apertei seu nariz e ela fez careta, escondendo o rosto no meu peito.

― Dimitri, estou com dor de barriga de nervoso! Que susto horrível.

Incertezas - Dimitri Romanov (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora