Voltando

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LOUISE

— Faz uma semana que você não dorme em casa, Chloe está preocupada e eu também, por favor, Lou. — Steven tentou me tirar do quarto dela.

— Apenas me diga se minha filha está bem. — ele faz que sim com a cabeça e eu agradeço a ele saindo do quarto por alguns instantes.

Eu precisava respirar e aquele hospital estava me matando, ela ainda estava inconsciente e não respondia, ninguém sabia se ela estava me ouvindo, apenas que ela estava se recuperando e que estava inconsciente.

Andei até a cafeteria e peguei um café, pensando em todos os momentos que tivemos me mata a cada instante, uma mulher se aproxima e se senta em minha frente, ela tinha um sorriso forte como o de Gale e um par de olhos azuis profundos.

— Quanto tempo faz que você está aqui? — ela perguntou observando o anel de namoro que estava em minhas mãos, eu não tinha forcas para responder, apenas me mantive em silêncio.

— Namorado? Está aqui por causa dele? — fiz que não com a cabeça e ela sorriu mais uma vez.

— Entao namorada, ela está bem? — fiz que sim com a cabeça e depois levantei meu rosto para olhar os olhos dela.

— Você me lembra dela. — comento e ela solta um leve riso.

— Você deveria voltar para ela, em breve ela vai acordar, tenho certeza. — ela sorriu novamente e eu senti a mão de Steven em meu ombro.

— Os médicos disseram que ela está ouvindo, mas eu sinto falta dela. — um segundo que tirei a atenção dela para olhá-lo, ela simplesmente sumiu.

— Steven? Eu... Onde ela...

— Você está bem? — ele perguntou vendo que eu estava confusa.

— Sim, eu vou voltar para o quarto. — me levantei e o segui até o quarto.

Era de noite novamente, eu estava sentada ao lado dela terminando de editar algumas matérias para mandar a Laura, quando terminei, suspirei e levantei meus olhos olhando para ela.

— Acorde logo, por favor. — implorei em silêncio segurando a mão dela.

— Você faz muita falta, eu amo você. — ela apertou de leve minha mão, larguei meu computador e me aproximei mais dela.

— Gale! Hey, você consegue me ouvir? — ela apertou novamente minha mão, beijei a sua mão e vi ela virar um pouco o rosto.

— Meu deus, Gale. — ela abriu os olhos lentamente e sorrindo para mim.

— Hey, quem é você? — ela não estava brincando, ela não lembrava quem eu era e isso acabou comigo.

— Louise, sua namorada, nós temos uma filha. — ela sorriu e apertou minha mão.

— Filha? Você é muito linda, eu te namoro?

— Isso, você se lembra? — ela fez que sim com a cabeça e eu a vi ela começar a chorar.

— Como esqueceria uma mulher tão linda. — fui até ela e beijei sua testa, ela me puxou para beijar meus lábios e como eu senti falta daquilo.

— Cadê a pequena? — me deitei ao lado dela, ela me deu um pequeno espaço na cama para que eu pudesse dormir na mesma cama que ela.

— Na casa do seu irmão, ele está cuidando dela. — ela passou seu dedo indicador no meu rosto, tirando uma mecha de cabelo e colocando atrás da minha orelha.

— Quanto tempo eu apaguei?

— Uma semana.

— Você ficou todo esse tempo aqui? — segurei a mão dela e ela entrelaçou nossos dedos.

— Sim. — tirei a aliança dela que estava em minha mão e coloquei na mão dela novamente.

— Obrigada por cuidar do meu anel. — ela sorriu observando nossas mãos e nosso anéis juntos novamente.

— Amo você, não sei o que faria se te perdesse. — comentei e ela me beijou novamente.

— Você não vai se livrar de mim tão facilmente.

— Não brinque comigo, Gale. — como eu sentia falta daquele sorriso maravilhoso.

— Depois que eu sair desse lugar, eu tenho uma surpresa para você. O motivo pelo qual eu voltei para a empresa naquele dia.

— Então você não voltou para resolver negócios da empresa? — um sorriso malicioso surge em seus lábios e eu sabia o que aquilo significava.

— Também, mas tinha algo que eu estava guardando para te entregar. — encostei minha testa na cabeça dela e dormi aquela noite ao lado dela.

UM MÊS DEPOIS...

— Hey pequena. — Chloe correu até Gale feliz por vê-la novamente depois de quase dois meses, tentei levar ela ao hospital, mas as pequenas recusava com todas as suas forcas.

— Mamãe! — ela a abraça forte, fazendo ela se desequilibrar e cair.

— Devagar, você acabou de tirar o gesso da perna, não deveria estar nem ajoelhada. — ela se levantou e fui até seu irmão o cumprimentá-lo.

— Gale, é bom te ver em pé novamente. — eles se abraçam e para mim aquela foi a melhor cena que eu pude ver.

— Tenho raiva de vocês por serem altos. — brinco, ela vem até mim me beijando.

— É exatamente por isso que te amo, baixinha. — nossas testas encostadas novamente e o coração pulsando tão rápido quanto nunca, eu amava aquela sensação.

— Mamãe! Mamãe! Quando vamos para a casa nova? — Gale me olha sem entender o que estava acontecendo.

— Enquanto você estava desacordada e todos esse tempo que você ficou no hospital, Steven e eu levamos algumas coisas para a nossa casa nova, ele, a esposa e o Arthur estão aqui em casa até terminamos o seu apartamento. Bom Steven ajudou mais do que eu... — digo contando a ela as novidades.

— Sério? Por que não me contou nada? — pego Chloe no colo e ela nos entrega para Gale.

— Mamãe disse que você não sabe guardar segredo e que você iria ficar ansiosa, mas isso é segredo em. — só podia ser minha filha mesmo, até para ser uma péssima mentirosa.

— Parece que ela tem um pouco de você, irmã. — diz Steven, seu filho Arthur vem logo atrás.

— Tia Gale. — ela se abaixa abraçando o garoto que estava feliz em vê-la novamente.

— Eai garotão, se divertindo com sua prima? — ele faz que sim com a cabeça e eu coloco Chloe no chão para ir brincar com ele.

Almoçamos todos juntos e ver Gale em pé e sorrindo novamente era tudo que eu precisava, ela passou a tarde comigo, nós andamos um pouco em um parque, tomamos um sorvete, conversamos sobre o futuro e trocamos olhares apaixonados, coisa que a dias eu sentia falta.

— Então podemos ir para a casa, "nova"? — perguntou ela me olhando nos olhos.

— Bom... já temos uma cama lá, e também temos uma geladeira, sofás, caixas e mais caixas... — ela desiste antes de eu terminar de falar.

— Quanto falta no meu apartamento? — perguntou sorrindo por poder sair daquele lugar.

— Algumas caixas, e Steve não quis mexer em um quarto que estava fechado, posso saber o que tem lá? — ela não teve êxito em me responder, então entendi que não era muito importante.

— Livros, alguns instrumentos musicais, e algumas coisas que você vai gostar. — diz ela sorrindo.

— Você comentou que quando saísse do hospital iria me entregar um presente. — ela ri lembrando e segura minha mão.

— Tudo tem seu tempo. — ela beija minha mão e sorri em seguida.

II Rosas no inverno (português BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora