Por que não quatro?

354 32 4
                                    

GALE

— Senhor Steven?... não esperava encontrá-lo aqui. — escutei minha secretária do outro lado da porta da minha sala e respirei fundo me preparando para meu irmão.

— Gale está livre? — Lucy tentava enrolar ele dizendo que em duas horas eu teria uma reunião, mas ele não desistiu e entrou na minha sala ignorando tudo.

— Como vai os negócios? Você parece estar ganhando muito. — após se sentar no sofá que fica de frente para minha mesa, ele olha tudo em volta e faz um comentário.

— Você está parecendo o pai, observando a enorme janela de vidro e olhando os carros lá embaixo de um lado para o outro. — me virou e puxou minha cadeira me sentando, ele solta um sorriso de lado e suspira.

— Depois que você foi embora, eu fiquei cuidando dele, eu o visitava e ele me ensinava coisas do ofício. Nós conversávamos e tomamos café, ele me contava história e dizia o quanto amava o que a mãe. — vejo que ele ficou desconfortável e então ele tirou do bolso do paletó um envelope branco.

— A dois anos atrás você me ligou relendo o testamento do pai, aqui está a escritura da casa na Nova Zelândia e também segue metade dos terrenos na Austrália. — ele deixa o envelope na minha mesa e então me olha sorrindo.

— Tenho um filho e uma esposa, quero ser para o meu filho o pai que eu não tive, então preciso de tempo e cuidar de algumas propriedades do outro lado do globo não ajuda muito. — brinca ele me olhando, ele acenou com a cabeça e a passos largos saiu da minha sala fechando a porta e me deixando sozinha.

— Lucy, me faça um favor? — peço vendo ela passar pela porta com um caderno em mãos.

— Sim, o que desejas? — sorrio e ela me olhou como quem já sabia o que iria dizer, revirando os olhos ela se dirigiu até a mesa dela e pegou o telefone.

— Seu irmão iria desaprovar isso, você é doida, sabia? — sigo até a mesa dela, enquanto ela ligava para uma pessoa.

— Eu sei, mas eu acabei de "ganhar" uma casa na Nova Zelândia, quer que eu deixe ela pegar poeira? — digo pegando minha bolsa e meu casaco.

— Vou até o Joseph, avisa meu tio que tive que sair. — entro no elevador e apertei o botão para o estacionamento, peguei meu carro e segui até a empresa de Joseph.

Nem sonhando que não vou voltar para a Nova Zelândia, amo aquele lugar e conheço alguém que também vai amar, mas antes falar com um velho amigo.

Joseph e Lohan cresceram junto da família, os gêmeos sempre prontos para uma loucura, acabou que um se formou em administração e outro seguindo a carreira do pai e hoje é famoso no motocross e nas corridas de kart.

Fui até a empresa dela que não ficava muito longe da minha, lá você podia encontrar posters e coisas do irmão dele já que os dois se ajudam Joseph patrocina o irmão nas corridas, passando pela recepção eu recebi uma camiseta e um adesivo do número de corrida do Lohan, quando cheguei na sala de Joseph ele me olhou surpreso e logo correu para me abraçar.

— Olha só você, está linda. — dizia ele me olhando e me analisando de cima a baixo.

— Eu poderia te dizer o mesmo se você não fosse tão igual ao Lohan. — ele riu da piada e se sentou em uma das cadeiras, me sentei de frente para ele deixando os negócios que eu tinha ganhado na mesinha ao meu lado.

— O que traz você aqui? Precisa de algo ou só veio ver um velho amigo? — o encaro dando a entender que o conteúdo do assunto é sério e ele me olhou revirando os olhos e se aconchegando no pequeno sofá.

II Rosas no inverno (português BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora