Capítulo 35.

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Enzo Callegari

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Enzo Callegari.

Após Isabella se retirar do quarto fechei os olhos novamente, tentando controlar a forte dor que eu sentia por toda a minha extensão.

Como algo assim poderia ter acontecido? De uma hora para outra? Eu não entendo.

A vida é realmente um sopro e hoje eu me vi nascer de novo. Apesar de estar me sentindo mal, eu agradeço por ainda estar aqui.

Nos meus últimos momentos, a única pessoa que tomava conta dos meus pensamentos era Ella, sabia que se eu morresse, ela cuidaria de Laura, faria de tudo para ajudar Lexie a se recompor e cuidaria de todos que eu amo, Isabella se tornou tudo aquilo que preciso, eu não consigo me ver sem ela. E depois desse acidente tive a certeza de que tudo pode acabar num piscar de olhos e os dias que ainda me restam eu quero passar ao lado dela e é isso que irei fazer, irei pedir ela em casamento.

Abri os olhos interrompendo meus pensamentos e esbocei um enorme sorriso ao ver Ella passar pela porta segurando uma bandeja e colocando-a sobre mim.

— Desculpa pela demora, acabou sendo um pouco difícil achar algo que prestasse à essa hora mas... Eu consegui.

Me ajeitei na cama e soltei um riso fraco ao observar dois pratos com sopa, dois copos de suco e claro, dois potinhos de gelatina.

— Isso seria...

— Um jantar, isso mesmo. Você não pode ir até ele mas ele veio até você — Disse ela rindo e mesmo sem acreditar em sorte, naquele momento eu me senti o homem mais sortudo do mundo.

— Eu não sei nem o que dizer — Suspirei encarando seus olhos e ela apertou minha mão.

— Não diga nada, só aproveite o nosso tão esperado encontro.

Dito isso nós passamos a conversar sobre diversas coisas enquanto comíamos nossas sopas e claro, reclamávamos do gosto.

— Obrigado — Disse e ela sorriu terminando de  saborear sua gelatina de uva.

— Estou com você! — Exclamou se levantando e colocando a bandeja em cima da cômoda — Mas agora o mocinho precisa descansar, estarei aqui quando acordar.

— Fico feliz por isso — Disse meio sonolento.

— E como todo o fim de encontros... — Ela se aproximou e me beijou delicadamente, da melhor forma possível e ali eu senti pela milésima vez que Ella era minha única esperança — Tenha uma boa noite, amor.

(...)

Após algumas horas o efeito da minha medicação para dor passou, ao acordar sorri ao ver Ella dormindo na poltrona com Laura no colo, que ao me ver soltou um gritinho fofo e começou a sacudir Isabella:

— Acorde Bella, acorde, o papai não morreu, ele está vivo, olha — Laura sorria, aquele sorriso inocente e singelo que me alegrava desde de o dia de seu nascimento.

Quando conheci Ella - Duologia CallegariOnde histórias criam vida. Descubra agora