Quando conheci Ella - Duologia Callegari

2T| Capítulo 01.

"Então quando eu estiver
pronta para ser corajosa e
meus cortes curados com o tempo,
o conforto irá descansar em meus ombros.
e vou enterrar meu futuro para trás.
Eu sempre irei lhe guardar comigo
você sempre estará em minha mente..."
Home – Gabrielle Aplin.

Enzo Callegari.

Desde acidente de Isabella, à um ano atrás, nós dois temos vividos coisas maravilhosas juntos. Ela tem sido minha companheira independente da situação...

E nesse momento eu me encontro num hospital, sem acreditar no motivo pelo qual eu estava aqui.

Como Elena poderia estar viva depois de exatos três anos e reaparecer num dia tão importante para mim?

Minha mente martelava as mesmas coisas e eu sentia como se fosse explodir a qualquer momento.

Toda a cena de anos atrás parecia estar se repetindo mas dessa vez eu chorava por saber que todo esse tempo eu me sentia culpado sem nenhum motivo aparente.

— Enzo? — Escutei uma voz conhecida chamar pelo o meu nome e me virei faltando pouco para revirar os olhos.

— Mas é claro que você viria — Bufei desviando o olhar.

— Elena é minha filha — Disse Marie num tom ríspido e lotado de preocupação.

— Sério? Não sabia disso, descobriu a muito tempo ou só hoje?

— Você não muda nunca, não é? — Riu debochada — Mas graças aos céus todas as minhas preces foram ouvidas e Elena está viva enquanto você está quase se casando. Apesar que isso nunca foi problema para você.

Fingi não escutar as baboseiras que saiam de sua boca e assim permaneci esperando noticias de algum dos médicos.

Eu estava apreensivo não só pela situação em que eu me encontrava mas também por ter deixado Isabella sozinha no nosso noivado, a mente dela deve estar num enorme turbilhão assim como a minha nesse momento.

Depois de um tempo foram autorizadas visitas no quarto onde Elena repousava. Alguns de seus familiares chegaram, deixei que todos passassem em minha frente pois ainda não estava preparado para conversar com ela e ter a certeza de que não era mais um de meus pesadelos.

Não tinha mais como evitar, era necessário que eu fosse até lá.

Respirei profundamente e em passos lentos fui até seu quarto. Minhas mãos soavam de uma forma estranha assim como meu coração que parecia que iria pular do peito.

Ela sorriu ao me ver mesmo com diversos machucados em seu corpo, como se tivesse sido espancada de uma forma brutal.

Seus olhos continham o mesmo brilho de antes que aumentavam ainda mais quando os fixava em mim.

— Me perdoe por atrapalhar... — Disse ela com um certo embaraço na voz — Não era minha intenção.

— Você não atrapalhou — Eu continuava assustado com tudo aquilo mas mesmo assim me aproximei cautelosamente — Por todos esses anos eu pensei que estivesse morta...

— Antes a morte do que passar por tudo o que eu passei — Ela fechou os olhos como se quisesse esquecer de algo — Me sequestraram e me levaram pra um cativeiro longe daqui, foi horrível e eu não entendi o motivo até hoje. Eu estou ferida e não são ferimentos somente físicos... T-tudo dói, cada parte de mim... Não queria ter sobrevivido.

Meus olhos se encheram d'água escutando-a dizer todas aquelas coisas. Por que as pessoas eram tão cruéis umas com as outras?

— Tudo isso irá passar, você está segura agora — Acariciei sua mão enquanto a mesma se debulhava em lágrimas.

— Minha filha... Como minha filha está? — Ela mordeu o lábio tentando conter seu choro.

— Está bem e a cada dia mais esperta — Disse com um sorriso de canto — Sem dúvidas tudo isso será confuso para ela.

— Eu preciso vê-la mesmo sabendo que ela não se lembrará de mim... — Suspirou desapontada — Mas, eu prefiro esperar um pouco mais.

— Eu acho isso melhor, irei conversar com ela sobre tudo — Disse e ela assentiu com dificuldade.

— Mas... E você? Como está? — Ela me encarou e eu fiz o mesmo demorando um pouco para responder suas pergunta.

— Eu... Eu... Segui em frente.

— Entendo — Disse ela com um sorriso frouxo — Espero que tenha apreendido e mudado desde minha "morte".

— Você não tem noção do quanto esse acontecimento me fez crescer como pessoa e amadurecer.

— Fico aliviada ao ouvir isso... Espero que a mulher lhe faça bem, minha intenção não é atrapalhar e muito menos acabar com o que vocês têm. Então, não se preocupe — Disse forçando um pouco para que sua voz saísse de uma forma séria.

— Está tudo bem — Sorri e ela fez o mesmo apertando minha mão ainda fitando meus olhos.

Seu toque era firme mesmo que ela não estivesse em condições para isso. Não posso negar que eu estava feliz por vê-la respirando e me olhando como se eu fosse tudo o que ela quisesse ver.

Elena foi o meu primeiro amor mas infelizmente não foi o único.

Eu amo a Isabella mas sei que essa situação iria afastá-la de mim, por mais que eu não quisesse, isso iria acontecer.

Não sei se vocês lembram quando eu mencionei aqui que estava cheia de trabalhos, enfim, hoje eu entreguei meu TCC e tirei 10 na apresentação, meu coração tá explodindo de felicidade, vocês não têm noção!

Sem contar o fato de vocês terem aceitado super bem o combinado e com isso comentaram interagindo. Eu amo demais quando vocês fazem isso pois sempre mostra o quanto estão gostando e etc.

Enfim, agora está aí o capitulo que eu havia prometido. Amo vocês!

E agora, uma indicação de um livro maravilhoso no qual sou completamente apaixonada:

"Sem limites para viver" da _Ella_S2 . Eu super recomendo e gostaria muito que fossem dar uma olhada ❤️

Beijinhos💋