Chego a casa por volta das 11 da noite. Aquele jantar foi horrível. A cada dia que passa aquela mulher impressiona-me ainda mais. Não sei como ela consegue ser assim. Parece que gosta de ver os outros sofrer ou de apreciar as guerras que ela provoca. Ela é um perigo.
Vou até ao meu quarto, tranco a porta, preparo-me, tomo a minha medicação para dormir e deito-me.
Um silencio profundo predomina naquela casa. Todos já estão a dormir ao contrario de mim, que estou apenas a olhar para o teto e a relembrar no quão péssimo foi o meu dia. Primeiro os olhares, segundo as memorias, terceiro os ataques de ansiedade, quarto aquelas conversas estranhas com o Arthur e por ultimo aquele jantar "maravilhoso". Eu realmente estou a viver no inferno, onde o único sitio seguro é o meu quarto. Contudo até ele por vezes aparenta pertencer ao inferno.
No meu quarto é onde liberto os demónios que vivem dentro de mim, os meus medos, as minhas angustias, a minha alma por completo e o meu coração (ou o que resta dele). Ele é ao mesmo tempo um bom e mau lugar para se estar. Bom porque estou isolada de tudo e todos, sinto me protegida. Contudo é mau porque eu a partir do momento que liberto tudo ele passa a ser um pouco mórbido e deixo de ter controlo nele, pois quem passa a reinar é a escuridão. E isso me provoca um tanto de medo.
Com a lamina na minha mão direita, preparo-me para mais uma secção de "libertar toda a dor". Respiro bem fundo e começo. O sangue escorre-me pelo braço e pela minha face lagrimas. Novas feridas e novas lagrimas. A minha voz quer gritar por socorro, no entanto não consegue até ela está fraca. Eu só quero que isto acabe.
Troco de mão e agora a lamina encontra-se na minha mão esquerda. Os cortes, a cada lagrima que cai, são mais profundos. O meu corpo está todo a tremer. Estou a perder o controle. Os cortes passam dos braços para a minha barriga. E o sangue sempre a escorrer.
Sem forças para continuar escondo a lamina e limpo com papel todas as minhas novas feridas. Sinto que vou desmaiar a qualquer momento. A minha visão começa a ficar torva, a minha respiração a falhar e o meu coração a palpitar fortemente. Será que cortei fundo demais e agora estou a morrer lentamente? Pelo menos vou morrer na minha cama.
Fecho os olhos e apenas tento relaxar por mais difícil que seja. Sinto cada uma das minhas feridas a arder. Uma dor já minha muito conhecida porem sempre de intensidade diferente.
Tudo o que eu quero agora é um pouco de paz, um pouco de sossego. Quero voltar atrás no tempo, quando eu era forte, independente, mas principalmente feliz. Mas isso é impossível, eu cheguei a um ponto que eu nunca imaginava que poderia chegar. Estou no limite dos limites. Onde a única solução para tudo é o suicídio.
São 3h30 e sono começa a bater à minha porta. Ou é a morte? Eu não sei, só descobrirei isso amanha de manhã. Será que vou acordar para mais um dia ou vou dormir para sempre num sono profundo?
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Olá, como estão?
Desculpem pelo pequeno capitulo.
Não se preocupem o Yoongi daqui a pouco aparece , só queria que voces primeiro conhecessem um pouco da vida da s/n.
Espero que tenham gostado deste capitulo.
Não se esqueçam de comentar o que acharam.
Bjs.
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Still Alive ||Yoongi|| (Livro1)
FanfictionS/n está a passar por uma das piores fases da sua vida,sem forças para continuar pensamentos como a morte surgem na sua cabeça. Até que Yoongi, um rapaz que se mudou para sua a cidade, aparece e tenta mudar a sua situação.Mas será que ele vai conseg...