Dor e mais dor. É tudo o que sinto, além do grande vazio dentro de mim. Por quê que ele me deixou? Eu achava que estava tudo bem, mas afinal era tudo uma ilusão. A culpa é toda minha. Eu sabia que era uma má namorada, uma má pessoa. Eu confiei num sonho, um sem esperança, e agora vejo as flores a murcharem. Já devia saber. Eu não valo mesmo nada.
Toda a minha felicidade (a que restava dela) foi substituída por grande sofrimento. Não consigo fazer nada. Não como há dias, não consigo nem dormir, estou constantemente a tremer, sinto que estou a ser vigiada a todo o momento e a única coisa que faço é ingerir comprimidos e respirar.
Sinto tanto a falta dele, do seu perfume, dos seus carinhos, da sua presença. Sem ele sinto-me cada vez mais morta, sem forças. Só queria voltar atrás no tempo. Voltar atrás para quando eu era feliz e não tinha problemas. No tempo aonde tudo fazia sentido, e eu era outro alguém, uma pessoa bem mais alegre, sempre com um sorriso no rosto e brilho nos olhos.
São 4h30 e aqui estou eu, no quarto, sozinha, com uma lamina na mão e na outra com uma caixa inteira de comprimidos para a ansiedade. Talvez seja esta a hora. Eu reconheço, esta é a hora. A hora do adeus. Eu desisto.
Pego na garrafa de água perto de mim, abro a caixa dos comprimidos e começo a ingeri-los todos. Eles descem facilmente pela minha garganta. Quando pego finalmente no ultimo, olho para ele fixamente, esperando que talvez alguém se importasse o suficiente para me parar neste momento. Contudo ninguém aparece. Ele desliza lentamente com alguma dificuldade pela minha garganta, quase tapando as minhas vias respiratórias.
Levo a lamina para o meu braço esquerdo e pressiono-a profundamente com toda a força que tenho contra. Deslizo-a com um algum esforço desde o inicio do meu antebraço, sentindo as minhas veias a romperem-se e o sangue a cair a uma velocidade inexplicável. Na cama começam a surgir enormes manchas de sangue como se alguém tivesse sido assassinado. Chego ao pulso e olho para o enorme corte. O sangue não pára de cair. Aquilo dói tanto que só me apetece gritar, porém nada se compara à minha dor interior. Sinto a minha respiração a falhar, no entanto não desisto da minha ideia e continuo. Passo para o braço seguinte e faço a mesma coisa. As dores são insuportáveis. Os meus braços mais parecem cascatas de tanto sangue que sai de lá de dentro. Deito-me e apenas espero pela morte. Como é que ela será? Será assim tão feia como costumam dizer? Uma coisa tenho a certeza, por vezes as coisas "feias" são as mais bonitas. Logo não preciso de ter medo da morte, afinal ela é uma velha amiga e confidente que já me espera há algum tempo. Nos iremos encontrar não tarda nada.
Uma hora passou e começo a sentir grandes tonturas e os batimentos do meu coração a diminuírem. É agora, eu estou pronta. Adeus.
~tum-tum, tum-tum, tum-tum, tum-tum, tum-tum, tum...~
(batimentos cardíacos)
[...]
Abro os olhos e tudo o que sou capaz de ver é um lugar escuro e vazio. Aonde é que estou? Estarei sozinha?
Toco no meu corpo e sinto-o normal, nenhuma parte fora ou desaparecida, até mesmo os cortes continuam lá. Levo os meus dedos até ao meu rosto, tocando em cada traço, desde os meus olhos molhados ate ao meu lábio inferior ferido.
No entanto, a única diferença é que eu não sinto o chão, meramente os meus pés a flutuar, sinto me muito leve e bem calma. Sei que deveria ficar assutada com o que está a acontecer, todavia julgo que este sitio não me é estranho, como se já conhecesse antes, como se já estivesse aqui antes.
Tento-me habituar à minha nova forma de caminhar e dirijo-me em frente. O lugar continua escuro e vazio. O silencio reina todo o espaço, por um lado até se torna agradável, por outro assustador devido aos perigos iminentes que poderei encontrar pelo caminho.
Subitamente uma voz, vinda do desconhecido, começa a citar as seguintes palavras:
Finalmente nos encontramos. Estava à tua espera há já algum tempo. Então vou começar a explicar como é que as coisas vão funcionar daqui em diante. São apenas 3 regras bem simples.
Primeira, estás proibida de contrariar qualquer das "tarefas" que eu ordenar.
Segunda, eu tenho sempre razão.
E por ultimo, terceira, não podes contar a ninguém à cerca da minha existência.
Se não cumprires estas regras serás punida fisicamente por mim, desde pequenas dores no peito até severos ataques de pânico.
olá, desculpem nao publicar há muito tempo,mas bem aqui está.
espero que gostem.
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Still Alive ||Yoongi|| (Livro1)
FanficS/n está a passar por uma das piores fases da sua vida,sem forças para continuar pensamentos como a morte surgem na sua cabeça. Até que Yoongi, um rapaz que se mudou para sua a cidade, aparece e tenta mudar a sua situação.Mas será que ele vai conseg...