Ah, é aquele homem. O mesmo que conversei ontem, ele por algum motivo está surpreso.
-Você... de ontem...
-Acho que sim.
-Ora, vocês se conhecem?
-Sim, como se fosse ha muito tempo...- ele disse isso enquanto me olhava. Um olhar que nunca vi antes, como se estivesse enxergando algo precisoso. Essa é a primeira vez, que alguém me olha assim, ou que alguém me olha.
-Ótimo! Querido, sente-se ao lado dela!
Ele sentou numa cadeia que estava do outro lado da cama da vovó.
-Vocês se conhecem da onde?
-Há muito tempo atrás...- Ele continua me olhando, com o mesmo olhar. Por que sinto que já o vi antes? - Quer dizer, nos vimos ontem no hospital.
- Ora, huuummmm. O destino é algo incrível mesmo - A vovó começa a sorrir.
-Senhorita Yun, o medico quer vê-la - aparece o interno me chamando. Um homem de cabelos castanhos e olhos azuis, uns 9cm maior que eu. Ele quem sempre me chama.
-Ok! Já irei.
Quando vou dar adeus para vovó e seu filho, me deparo com meu coração acelerado, ao olhar Daniel. Ele está me olhando com o mesmo olhar novamente. Por que está me olhando assim? Que sentimento é esse? Nunca sentir nada em toda minha vida, então por que este homem estranho me deixa assim?
A vovó começa a me olhar e sorrir
-Yun, vá. Você deve ir, volte logo
Me levanto e vou em direção a porta, quando escuto Daniel
-EI! YUN, VOCÊ..- Olho para atrás rapidamente, diretamente em seus olhos - ...Seu cadaço está desamarrado...
-Ah! - Me abaixo para amarrar e saio em direção a sala do medico
Abro a porta e lá está um senhor de 52 anos, um medico que cuida de mim desde que era pequena. Bem, até hoje sou pequena. Ele é o que chamam de bonzinho, sempre me deu doce. É a parte da minha rotina que eu mais gosto.
-Yun, como está? - Diz ele sorrindo
-Bem, conheci pessoas novas hoje.
-Isso é otimo! Faz bem pra mentalidade, ajuda no seu coração. Então, eu andei pesquisando muito e tem uma cirugia que pode ajudar muito, mas um doador será fudamental. Seu coração está fraco demais.
-Medi, eu já tentei viver muito. Não tem nada nesse mundo que me faça querer continuar, eu apenas... quero aproveitar os anos que restam, vendo o céu e sonhando com sonhos alheios. Não posso fazer isso? Se é pra mim ir, que eu vá como um ser humano feliz.
-Vamos apenas tentar conseguir um doador, por favor. Esses anos não serão em vão, eu prometo.
Eu aceno com a cabeça e saio do hospistal. Indo em direção a minha casa, pego o metro e ando um pouco, passando por várias esquinas e avenidas. Começa a chover, por sorte trouxe um guarda chuva amarelo. O céu está nublado, e por conta da noite, as luzes estão mais forte. Os carros com seus retrovisores indo pra lá e pra cá, as pessoas andando com um destino em mente, os predios com enormes propagandas. Esse cenário é bom, quando for embora irei vê-lo?
Andando e andando, passo por uma loja do subway. Vendo as pessoas comendo aqueles sanduiches gigantes, quando era menor sempre quis vim aqui e experimentar. Será que consigo comer um daqueles sozinha?
-Que bonitos - digo sorrindo pra mim mesma.
-As pessoas ou os sanduiches?
É o homem de antes, o que me olha estranho, ele está segurando um guarda chuva azul e usando um terno preto. Olho pra baixo para ele não ver meu rosto.
-Ei, por que você está se escondendo? Eu sou muito bonito sabia? Pessoas dariam milhões pra ver meu rosto por mais de 10 segundos.
-Você deixa meu coração fraco... - digo olhando pra baixo
-Isso foi uma declarão? Bem, não importa. Estou com fome, vamos comer.
-Minha professora disse para não sair com estranhos.
-Ya! Quantos anos você tem? Além disso, eu não sou estranho. Sou muito famoso, basta olha pra cima. - Ele começa a aponta para o predio com um gigantesco anúncio. Seu rosto está lá, mais uma vez ele usando um terno ao lado de um carro vermelho.
Eu olho para cima e ele coloca seu rosto na frente, eu me assusto e volto a abaixar a cabeça
-Ei, você olhou pra mim.
-...
-Vamos comer, eu pago. Estou morrendo de fome
Vejo ao meu lado a vitrine e dentro estão as pessoas comendo, eu sou fraca demais com comida. Perco, e entro junto com ele. Sento numa mesa enquanto ele pede sanduiches. Ele volta com dois sanduiches enormes e senta na minha frente.
-Eu quero... muito...- Digo com um desejo enorme
-Coma
Eu pego com minhas mãos e mordo o pão. Como isso é bom! Nunca experimentei algo assim antes. Queria sonhar com isso todos os dias. Me sinto numa nuvem com milhões de sanduiches ao redor.
Ele rir
-Você está fazendo uma cara engraçada. Realmente isso é muito bom - Ele morde um pedaço e olha pra mim novamente. - Por algum motivo, o que estou sentindo agora é melhor ainda.
Estranho, meu coração está acelerado, mas não dói. Ao contrário, é uma sensação boa. Será que ele finalmente está se curando?
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Antes de se Tornar uma Estrela
Lãng mạnUma menina de 16 anos, pobre, tem uma doença terminal da qual não irá passar dos 18 anos, escreve uma lista com 10 coisas para fazer antes de morrer. Ela conhece o bilionário e arrogante CEO de uma empresa, junto com ele, irá realizar sua lista.