Será o destino?

50 3 0
                                    

     A vida é como um pote de biscoitos. Tem vários chocolates dentro e ficamos felizes por comer todos, o sabor doce alegra nosso dia. Mas quando acaba do nada, ficamos tristes. Então compramos novos biscoitos, mas eles não dão a mesma sensação que o primeiro. Os biscoitos são momentos felizes que de repente vão embora, nos fazendo proucurar novas memórias. Esse é o ciclo de bilhões de seres vivos, que triste.

     Eu não quero que esse ciclo aconteça com os momentos que estou tendo agora. Quero que essa seja uma memória eterna, que vou levar até mesmo quando morrer.

----

    Presidente me levou até o último andar de seu prédio. Passamos vários minutos dentro do elevador, e subimos escadas. Quando cheguei no último andar e as portas se abriram, avistei diversas plantas. Flores tão lindas como o sol pela manhã visto de uma montanha. Como estávamos no telhando o vento era forte, quase como um assobio criado. Era um mundo completamente diferente, tão relaxante.

—Aqui é praticamente meu jardim pessoal. Vamos plantar Rosas brancas nesse lugar.
—Eu... Não sei o que dizer.
—Não precisa dizer nada. Eu não sou apenas um homem bilionário que tem carros importados e aviões. Digamos que esse é meu hobbie pessoal, ninguém sabe dele. Exerto você.

Me abaixo para ver uma margarina mais de perto.

—Sabia, tinha que ter alguma coisa. — digo sorrindo para margarina — Ei, você é muito bonita. Seu pai deve ter cuidado de você muito bem.
—Você fala com flores agora?
—Você não fala? - digo e ele se vira envergonhado, parece que fala.

—O que quer dizer com "alguma coisa"? — Olho pra ele e me levanto. O vento está forte demais, bagunçando meus cabelos.
—Li em um livro uma vez "pessoas que tem coisas que outras anseiam, são as mais frágeis por carregarem um enorme peso". Você deve carregar uma enorme bagagem, presidente. — Ele suspira.
—Você não faz idéia. - diz ele
—Eu também li "a humildade vista daqueles que tem muito, vai também se transformar na força daqueles que não tem nada". Essas rosas eram apenas semetes, mas sua humildade fez elas se transformarem em flores fortes. — Ele me olha por alguns segundos como se estivesse impressionado, e depois sorrir.
—Você realmente é uma coisa. Bem, vamos primeiro lá embaixo. Pegar as sementes.
—Ok - digo sorrindo.

   Chegamos numa sala extremamente grande, com paredes pretas e sofás aconchegantes. No centro tinha uma mesa cheia de papéis e logo atrás uma poltrona com um aspecto caríssimo. O lugar era ernome demais pra somente uma pessoa.

    Eu olho para o presidente com uma cara pasma e ele sorrir.

—Essa é minha sala real. - Diz ele - É aqui onde tudo acontece.

   De repente entra um homem de terno com dois sacos enormes. Ele é incrivelmente bonito! Com cabelos longos pretos e uma pele quase albina. Olhos negros e um corpo de pocelana. Nunca encontrei alguém tão bonito assim. Na verdade, nunca enxerguei a beleza por fora. Mas dessa vez, é como se sua aura estivesse me atraindo.

—Yun, este é Lee. Meu secretário. Um homem bastante esperto e responsável. Não se assuste com sua cara.

—Presidente, eu apenas não jogo essas sementes no seu rosto porque você é meu amado chefe — Diz ele sorrindo. - Yun, bem-vinda. Sinto muito por ouvir o narcisismo dele, sei que é  difícil. Espero que goste da empresa. — Uoou. Sua voz é grave, mas ao mesmo tempo fina. Bastante suave e agradável. 

—Muito obrigada. - Me curvo para agradecer e ele sorrir.

—Irei me retirar agora.

   Ele sai e o presidente pega os sacos enormes. Pelo visto as sementes estão dentro. Ele sorrir e levanta os sacos. Eu nunca reparei, mas o amor que ele tem por coisas pequenas é... eu não sei explicar. Especial talvez? Cuidar de sua vó, plantar flores e ajudar uma menina com uma doença terminal, e ainda admistrar um Império, com milhões de pessoas dependendo dele. Nos conhecemos um pouco, mas é como se fossem anos.

Bem, vamos começa? 

—Sim! Vamos começar! - Digo animada.

      Voltamos para o terraço. O presidente joga os grandes sacos no chão e coloca luvas. Me oferece um par, fazendo-me coloca-lás. Ficamos sentados em cima da mesa que tem no centro. Ele me explica todo o processo de jardinagem. Ele fala com tanto amor sobre as plantas. Para ele, as flores são seres frágeis e sinceros. Mas os seres humanos as veem como objetos de enfeites que são para serem perfeitas. Como se elas tivessem que ter a perfeição e o aroma que eles não tem. Isso o irrita.

      Me levanto para pegar um pouco de água do outro lado, e não vejo um vaso encima de minha cabeça. Essa não, ele vai cair. Fecho os olhos me preparando para sentir a dor, e antes que pudesse cair vejo uma grande sombra. Ele me protegeu. O vaso marrom caiu sobre suas costas, antes que pudesse me acertar. Iria cair pra trás, mas ele me segurou, pegando-me pela cintura. Nossos olhos se encontram. Nunca estivemos tão perto um do outro assim antes, Ah... meu coração está acerelado. O que devo fazer? Sinto que vou morrer.

—Você está bem? – Pergunta ele.

—Seus olhos... parecem.... bolo de chocolate.

—Vindo de você isso deve ser um elogio, então obrigada. 

    Nossos corações estão acerelados. Posso ouvir o dele. Se alguém estiver me ouvindo, por favor... por favor faça esse momento durar um pouco mais. Deixe-me escutar seus batimentos um por mais um momento. Essa sensação, essa emoção de ser tocada. Será que se for outro homem a me proteger e segurar desta forma, vai ser igual...? Não, provavelmente não vai ser. O que devo fazer? Não quero morrer, não quero que essa sensação acabe.

   Ele me levantam, colocando-me na posição original.

—Você está bem? - Pergunta ele.

—S-sim. Graças a você. Obrigada.

—Que bom.

    Após dito, ele começa a sentir dor, colocando sua mão direita em seu ombro. Ah, o vaso. Ele me protegeu. Deve doer muito. Ele se vira e diz que vai buscar um kit de primeiros socorros. Sem nem pensar, coloco minhas mãos em suas costas, apoiando-me nelas. Sem nem perceber, começo a chorar.

O-oque...?
ME DESCULPE! ME DESCULPE! EU APENAS FAÇO AS PESSOAS AO MEU REDOR SE MACHUCAREM! ME DESCULPA! - Digo com as lágrimas caindo.

  Ele se vira e segura minhas mãos.

Você fez ao contrário de me machucar. Olhando pra você eu vi otimismo. Eu... me sentir atraído por você. Eu... simplesmente queria conhecer você melhor. Quando nós conhecemos no hospital, eu queria que o que estava sentindo fosse algo a mais do que curiosidade. Não faço ideia desse sentimento, quero descobrir-lo. Pode fazer isso comigo?

    Por que? Eu nem o conheço direito. Então por que sinto que era ele o que queria? Que sentimento é esse que faz eu acreditar no destino?

—Sim, vamos fazer isso.


Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Aug 31, 2018 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Antes de se Tornar uma Estrela Onde histórias criam vida. Descubra agora