O enorme prédio

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   Ontem tive um pesadelo, que se transformou num lindo sonho. Estava parada na frente a uma padaria, com fortes luzes e estava chovendo. Não tinha carros e nem pessoas passando, estava sozinha. Fiquei com medo, com um pressentimento ruim. Comecei a chorar muito, o medo tomou conta, era como se estivesse morrendo. Os prédios começaram a tremer, preste a desabar. Então bem na hora, um homem apareceu. Ele me olhou de longe e caminhou até mim. Quando mais se aproximava, mais os prédios paravam. Ele parou em minha frente, eu estava assustada demais. Ele disse que tudo iria ficar bem, enxugou minhas lágrimas e me abraçou. Então apareceram casais, mulheres com vestidos floridos amarelos e homens com paletós azuis. Eles começaram a dançar e o céu ficou com um lindo nublado. Bem na hora, eu acordo.

  Aquele homem, eu tinha certeza, era ele. O homem que está sentado bem na minha frente.

- Então você decidiu aceitar minha ajuda - diz ele.
-Antes tenho uma pergunta. Por que está fazendo isso por mim? Nem nos conhecemos direito.
- Porque eu quero paz, não quero coisas complicas para lidar, ou números controlando tudo. Quero apenas fazer coisas simples, das quais não irei me magoar.
- Acho que posso entender você - digo sorrindo.
- Você tem um belo sorriso - ele sorrir e eu fico envergonhada, deixando minhas bochechas coradas.

-E-Eu tenho...? - Pergunto
- Sim, um que faz meu coração acelerar.
- Você também tem poblemas cardíacos quando me ver? - Pergunto supresa
- Como assim?
- Meu coração é fraco, por isso sempre estou no hospital. Mas por algum motivo, sempre que o vejo meu coração acelera tanto que parece que irá saltar pra fora. - Ele rapidamente fica vermelho, abaixa a cabeça tentando esconder o rosto.
- Você... tem noção do que acabou de dizer?
- O que..? - Inclino a cabeça pro lado. Não entendi, eu disse algo errado? Ele levanta a cabeça novamente.
- Bem então é assim. Estou com fome vamos comer alguma coisa - Meus olhos começam brilhar e ele sorrir. - Peça qualquer coisa, eu compro até todos os sanduíches do mundo se quiser. - Eu sorrio muito animada e peço um grande sanduíche de 30cm.

  Comemos e conversamos sobre coisas paralelas sobre nossas vidas. Ele gosta de filmes e Box, e pelo visto de si próprio. Cada vez que ele falava o quanto era incrível, eu ria. Porque realmente ele é incrível. Não sabia como era divertido ter um amigo para falar sobre coisas paralelas e contar histórias. Ele me disse que quando criança quase engoliu uma aranha, enquanto dormia de boca aberta. Todos da sua casa correram pra ajudar e sua avó ria loucamente. Ele ama muito sua avó.

  Terminamos de comer, e saímos. Estávamos parados em frente a vitrine, igual da primeira vez.

- Vamos, eu te levo pra casa. Na minha Ferrari de 2 milhões de yen. - diz ele num tom confiante

- Não precisa, eu gosto de caminhar até em casa. - Na verdade, era porque demorava mais caminhado do que de carro. Não gostava de ir pra casa.

- Ok então, aqui. - Ele me deu seu cartão e tinha um endereço atrás. - Esse é o endereço de minha empresa, é bem perto do hospital, vamos realizar a primeira coisa da lista. - Ele sorrir - até amanhã

- Até - Ele se vira de costas e acena enquanto caminha, e eu aceno de volta -  amanhã vai ser um belo dia, tenho certeza. Hoje vou pra casa feliz.

   Chego em casa e vejo minha mãe. Uma mulher de 28 anos, com longos cabelos loiros e olhos verdes. Minha mãe não é coreana, mas sim Brasileira. Antes de nascer ela se mudou para Coréia com sua mãe, mas ela faleceu antes de eu chegar ao mundo. Lembro que minha mãe era tão linda, sempre sorrindo e dando amor a outras coisas. Mas com o passar do tempo e falta de dinheiro, isso acabou. Ela arranjou um namorado extremamente violento e começou a perder peso rapidamente. Quando menor me batia muito. Sempre deixava, porque mesmo sendo apenas uma criança, podia ver que estava sofrendo.

Antes de se Tornar uma Estrela Onde histórias criam vida. Descubra agora