Capítulo 5

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Até parece que a vida é como a onda do oceano, você sabe que um dia ela retornará para você, mas isso não significa que você vai saber o tempo que levará para isso acontecer

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Até parece que a vida é como a onda do oceano, você sabe que um dia ela retornará para você, mas isso não significa que você vai saber o tempo que levará para isso acontecer. Eu sei, é pensamento de gente desocupada, porém, neste momento encontro-me divagando por essas reflexões contraditórias, que à primeira vista podem parecer enfadonhas e pouco específicas, mas com uma análise completa pode revelar grandes segredos.

Ao acordar, analiso o ponteiro do relógio indicando 6h05min da matina. Ângela já desceu para o café e Lúcia está se arrumando, sem dúvida começou a minha correria.

Tomei um banho rápido, fiz minhas higienes e me vesti. Os meus três terninhos não serão usados hoje, em vez deles optei por algo que não chame atenção, afinal, tenho que ser excepcional na entrevista. Tendo em vista, a minha situação atual. Insisti em usar uma blusa branca de manga, sem detalhe algum, para contrastar com minha saia lápis marrom. Para completar, calcei um sapato confortável baixo, prevenindo qualquer incidente. Aprontei um coque baixo bem apertado e passei um batom marronzinho nude. Estou confiante, hoje finalmente as coisas vão dar certo.

Peguei minha bolsa e saí. Ao chegar à cozinha, encontrei algumas pessoas tomando seus respectivos cafés como de costume.

— Então menina, vai se alimentar? — perguntou ao ver minha negação em tomar o café pela manhã.

— Sim, Dona Linda — confabulei apressada.

A senhora colocou o meu café na mesa e apressei-me em comer cada colherada do ovo mexido e um gole de chá-verde bem amargo. Eu sei, não é uma mistura perfeita, mas é o que temos para hoje, infelizmente.

Enquanto me alimento, Lúcia desce as escadas, esbaforida.

— Vou para o trabalho. Dona Linda, até mais tarde — falou olhando para a senhora, que se despediu com um aceno. Quando ela virou para o lado percebeu a minha presença — Oi Bela, você já está indo? Vamos juntas? — Transmitiu simpatia. Como não sei o lugar corretamente, será mais adequado ir com ela, então, engoli o desjejum rapidamente, peguei minha bolsa na bancada e saí.

Graças a Deus até agora não aconteceu nenhum incidente, peguei o metrô tranquilamente na estação, que não demorou a chegar. Mas como nem tudo é perfeito, em compensação o metrô está igual a uma lata de sardinha.

Quando saí do transporte, um abençoado pisou no meu pé, logo no mindinho, dando a entender que ele quer fazer um purê com o meu pedacinho de anjo. Desgraçado de uma figa.

— Você está bem? — perguntou após ver minha cara de dor.

— Estou. — Dei um sorriso forçado.

— Virando a esquina você irá sair em uma rua muito movimentada, logo a direita você verá o prédio, não tem erro. Boa sorte! — proferiu me pegando de surpresa com um abraço de despedida.

— Obrigada — agradeci quando ela já estava longe.

Enquanto estou atravessando a esquina, como Lúcia aconselhou. De uma hora para outra, caiu uma chuva de açoite me molhando por completo.

O Chefe da MegeraOnde histórias criam vida. Descubra agora