Para a minha total desgraça, quis dizer felicidade, as minhas curtas férias de atestado chegaram ao fim.
Agora estou aqui mais uma vez em frente a bela mansão, que só tem formosura.
Pronto, chega de enrolação, que o meu castigo comece. Apertei a campainha e, esperei ser atendida.
Não demorou muito e uma senhora venho me receber. Ela é baixa, de olhos castanhos escuros, com cabelos grisalhos e pele branca. A senhora parece uma verdadeira tiazinha.
— Bom dia, sou a nova babá — falei com desgosto dessa palavra.
— Pode entrar senhorita, o patrão me informou sobre você. — Me indicou a entrada como se eu já não conhecesse o local. — Ele mandou avisar que chegará à noite e pediu para você aguardar.
Claro que ele ordenou isso, nem para ser educado e me conceder as boas-vindas. Espero que ele se arrependa, pois, sou péssima com crianças. Só não choro, porque não fui feita para esse drama de mocinha metida, se lamentar é coisa de criancinha e, como uma mulher madura que sou, não vou me comparar a uma criança.
— Aqui é a recepção da casa — falou me mostrando cada cômodo, transparecendo uma má vontade no ato, mesmo sendo contida.
— Onde estão as crianças? — perguntei para planejar a minha tática de guerra.
— Estão na escola, eles saem de casa às 6h30min e voltam às 15h. Eles têm aula de idiomas e clubes todas as tardes.
Ótimo, parece que vou ficar só umas quatro horas com as pestes, menos trabalho para mim.
— Ainda tem a princesinha da casa que necessita da sua total atenção.
— Que princesa? — perguntei me fazendo de desentendida.
— É mesmo, você ainda não a conheceu. Venha, ela deve estar dormindo, mas daqui a pouco estará acordada. — Um sorriso surgiu dos seus lábios aparentando estar se divertindo com a situação.
E eu pensando que estava livre, doce engano, que desgosto! Enquanto me encontro em devaneios macabros, o rosto da mulher iluminou-se, como se estivesse encarnado uma hiena sorridente.
Ela abriu a única porta rosa da casa, me mostrando um quarto todo decorado em um formato de princesa, em todas as categorias de rosa.
— Venha, essa é Tiana — proferiu, mostrando uma menininha que parecia ter mais ou menos dois anos.
Ela está dormindo serenamente. A bebê não é gorda nem magra, tem o peso normal para uma criança de sua idade, pelo menos no meu ponto de vista. Pele branca como uma porcelana e cabelo loiro escuro.
— É melhor irmos, para não a acordar — pronunciei rezando para a menina não despertar. Não sirvo para cuidar de criança, quanto mais uma bebê, Deus me livre.
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O Chefe da Megera
RomanceCapa feita por: @CennaNunes 2° Lugar em romance no concurso estrelas do wattpad. 2° Lugar em romance no concurso CNH. A vida é como um labirinto, cada caminho que você escolhe te levará a um novo rumo, caso faça a escolha errada, poderá se perder. E...