Capítulo 27

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Após esse surto de emoção tentei me recompor, enquanto Anthony volta rapidamente para os irmãos, na intenção de contar algo, imagino

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Após esse surto de emoção tentei me recompor, enquanto Anthony volta rapidamente para os irmãos, na intenção de contar algo, imagino. Não acredito, o que deu em mim nesse momento?

Respirei fundo e voltei para o meu local de tortura, enquanto a madame da minha falsa sogra está igual a uma doida atormentando os funcionários. Me encontro em meus próprios pensamentos, como se meu subconsciente fosse uma casa que me atraísse para morar permanentemente, pelo menos, seriam somente os meus problemas e eu. Não haveria intromissão de ninguém e as minhas emoções estariam completamente estabilizadas. Entretanto, isso seria real se a minha vida continuasse a mesma de sempre?

Olhei para uma mãe que caminha com o seu filho em seus braços e me fiz a seguinte pergunta: o que aconteceria se deixasse o meu filho nascer? Sem pensar em ter ele para que Sebastian fica-se comigo, será que realmente isso aconteceria? Não sei como responder a essas perguntas, desde nova nunca me dei bem com crianças, e isso não é drama, quero ressaltar. Me lembro de uma vez que tentei brincar com um bebê de 11 meses e ele golfou em mim, fiquei morrendo de raiva, sei que parece infantil, mas é um sentimento estranho não gostar de um ser totalmente inocente. Sinceramente, após essa frase estou me sentindo uma tremenda otária.

Na verdade, esse era o meu pensamento até conhecer Tiana. No começo a minha rejeição por ela era aparente, mas depois... Por que sempre tem o depois para estragar a nossa vida?

Após mais algumas horas andando feito condenados, finalmente chegamos à loja de roupas. Helena foi com as crianças comprar roupas e eu fiquei com a cópia da Penélope Charmosa.

— Então, minha linda agora é a sua vez, preparada? — Deu um sorriso de orelha a orelha.

Coloquei minha melhor cara de animada, e fiz uma oração pedindo força, dada a essa situação, vamos à luta.

Sinceramente não entendo essa mulher, pelos meus cálculos, entramos em mais de dez lojas de roupas, sapatos e joias, sendo que em todas, saímos com sacolas na mão. Chega a ser desnecessário esse desperdício de dinheiro, tem muito mais para ser usufruído na vida, como viagens. Meus braços não têm nenhum espaço para mais uma bolsa, chega! Alguém tem que dar um basta nessa mulher, ou ela vai falir alguém.

— Dona Serena, acho que terminamos por hoje — afirmei querendo terminar logo com isso.

— Mas ainda precisamos escolher o vestido perfeito para você usar amanhã no jantar de família, afinal de contas, minha nora tem que ser... — E começou uma ladainha chata de como ser uma perfeita nora, enumerando as qualidades que eu nem sabia que tinha e muito mais babaquices.

— Acabou? Temos roupas o suficiente para mil jantares. Estou no meu limite, as crianças estão cansadas e já anoiteceu — falei tomando posição, afinal, alguém tem que bater firme nessa situação.

— Tudo bem, acho que exagerei um pouco. — Um pouco? Ela só pode estar de brincadeira. — Gostei de você, meu filho precisa de uma mulher assim. Uma pessoa que saiba o que quer e não uma anta que abaixa a bola para aquela crista de galo dele. — Saiu à procura das crianças.

O Chefe da MegeraOnde histórias criam vida. Descubra agora