M A N O E L AAs sete e meia eu já estava pronta e havia descido para tentar tomar café com quem estivesse em casa tomando.
- Bom dia. - Disse ao me sentar.
- Bom dia querida! Como se sente?
- Bem e você? - Sorri sem mostrar os dentes.
- Tales me disse que vocês vão ir olhar alguns apartamentos hoje, Manoela.
- Sim papai, Lucas vem me buscar!
- Então é melhor tomar café bem, essas coisas costumam nos deixar bastante cansadas.
- Não estou com muita fome. - Disse bebiricando meu suco.
- Tomei a liberdade de agendar uma consulta para você segunda feira após a aula, espero que não se importe.
- Não, tudo bem!
- Se você não se importar, eu gostaria de ir com você!
Ela parecia sem graça e eu sorri. Rita tem sido pra mim melhor do que eu imaginava e eu era grata a ela por isso e me sentia até um pouco envergonhada por ter pensando mal dela no começo.
- Claro, seria um prazer!
- Ótimo, eu te busco depois da escola então! De manhã vou ver algumas coisas do meu casamento e passo lá.
- Falando em casamento, quando será o meu?
- Assim que arrumarmos o apartamento marcamos a data.
- Ah sim, tudo bem!
- Acho que no meu casamento sua barriga já estará evidente querida!
- É, acho que sim!
- Ai você vai ficar tão linda grávida! As mulheres tendem a ficar mais bonitas quando estão nesse período e você já é tão linda!
- Obrigada.
Mordi o canto da boca e olhei pro meu pai que lia um jornal eletrônico, alheio a nossa conversa.
- E os enjôos?
- Estou mais calmos eu acho! Deve ser porque tenho comido menos.
- Isso não é bom, você tem que alimentar direito e estou achando você tão magra, não é querido?
Ela tocou na mão do meu pai que desviou seus olhos pra mim.
- Sim! - Se limitou a dizer. - Preciso fazer uma ligação.
Ela deu um beijo na Rita antes de se levantar e saiu da sala, respirei fundo.
- Seu pai nem aos finais de semana para de trabalhar.
- Eu já me acostumei! Desde que o conheço ele é assim!
- Mas já deixei avisado para ele, que depois que casarmos, nada de trabalho em casa ou aos finais de semana, precisamos ter uma vida.
- Acho justo.
Senti meu celular vibrar e paguei o mesmo, era o Lucas. Limpei a boca com o guardanapo e me levantei.
- .. Lucas chegou, até mais tarde.
- Até querida, divirta-se.
- Obrigada!
Peguei minha bolsa e guardei meu celular nela, sai andando e fui andando em direção a saída e lá estava o Lucas, dentro do carro com o celular na orelha, entrei no carro e fechei a porta.
- Por que não me atendeu?
- Porque eu já estava saindo?
Ele não disse nada, apenas deu a partida, coloquei o cinto e me ajeitei no banco.
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Doce Ilusão
RomanceAs vezes construímos sonhos em cima de grandes pessoas .. O tempo passa.. e descobrimos que grandes mesmo eram os sonhos e as pessoas pequenas demais para torná-los reais! Bob Marley.