Capítulo 28

2.1K 161 9
                                    


M A N O E L A

As sete e meia eu já estava pronta e havia descido para tentar tomar café com quem estivesse em casa tomando.

- Bom dia. - Disse ao me sentar.

- Bom dia querida! Como se sente?

- Bem e você? - Sorri sem mostrar os dentes.

- Tales me disse que vocês vão ir olhar alguns apartamentos hoje, Manoela.

- Sim papai, Lucas vem me buscar!

- Então é melhor tomar café bem, essas coisas costumam nos deixar bastante cansadas.

- Não estou com muita fome. - Disse bebiricando meu suco.

- Tomei a liberdade de agendar uma consulta para você segunda feira após a aula, espero que não se importe.

- Não, tudo bem!

- Se você não se importar, eu gostaria de ir com você!

Ela parecia sem graça e eu sorri. Rita tem sido pra mim melhor do que eu imaginava e eu era grata a ela por isso e me sentia até um pouco envergonhada por ter pensando mal dela no começo.

- Claro, seria um prazer!

- Ótimo, eu te busco depois da escola então! De manhã vou ver algumas coisas do meu casamento e passo lá.

- Falando em casamento, quando será o meu?

- Assim que arrumarmos o apartamento marcamos a data.

- Ah sim, tudo bem!

- Acho que no meu casamento sua barriga já estará evidente querida!

- É, acho que sim!

- Ai você vai ficar tão linda grávida! As mulheres tendem a ficar mais bonitas quando estão nesse período e você já é tão linda!

- Obrigada.

Mordi o canto da boca e olhei pro meu pai que lia um jornal eletrônico, alheio a nossa conversa.

- E os enjôos?

- Estou mais calmos eu acho! Deve ser porque tenho comido menos.

- Isso não é bom, você tem que alimentar direito e estou achando você tão magra, não é querido?

Ela tocou na mão do meu pai que desviou seus olhos pra mim.

- Sim! - Se limitou a dizer. - Preciso fazer uma ligação.

Ela deu um beijo na Rita antes de se levantar e saiu da sala, respirei fundo.

- Seu pai nem aos finais de semana para de trabalhar.

- Eu já me acostumei! Desde que o conheço ele é assim!

- Mas já deixei avisado para ele, que depois que casarmos, nada de trabalho em casa ou aos finais de semana, precisamos ter uma vida.

- Acho justo.

Senti meu celular vibrar e paguei o mesmo, era o Lucas. Limpei a boca com o guardanapo e me levantei.

- .. Lucas chegou, até mais tarde.

- Até querida, divirta-se.

- Obrigada!

Peguei minha bolsa e guardei meu celular nela, sai andando e fui andando em direção a saída e lá estava o Lucas, dentro do carro com o celular na orelha, entrei no carro e fechei a porta.

- Por que não me atendeu?

- Porque eu já estava saindo?

Ele não disse nada, apenas deu a partida, coloquei o cinto e me ajeitei no banco.

Doce IlusãoOnde histórias criam vida. Descubra agora